Dauntless é um RPG de ação com multiplayer online cooperativo, gratuito para jogar, com crossplay e disponível para as principais plataformas (PS4, Xbox One, PC e Switch) com a possibilidade de continuar o seu progresso de uma plataforma em outra, por meio de uma conta da Epic Games que no caso distribui o jogo desenvolvido pela Pheonix Labs.

Em Dauntless, seu personagem é um Slayer, um caçador que em conjunto com outros enfrenta monstros ferozes e (na maior parte do tempo) muito maiores que você chamados Behemoths. Ao derrotar estas feras o caçador recolhe partes de seus corpos e as utiliza para criar armas e armaduras que além de trazerem características das bestas derrotadas, como efeitos associados a algum elemento específico, fortalecem o seu personagem permitindo ao jogador enfrentar inimigos cada vez mais fortes.

Em Dauntless você pode se reunir com outros aventureiros para derrotar monstros conhecidos como Behemoths

Sim, eu sei o que provavelmente está passando pela sua cabeça. As semelhanças com Monster Hunter estão presentes e claras até pra mim que nunca joguei um jogo sequer do triple A da Capcom. E é exatamente por isso que trazer esta experiência para um público maior através de um jogo acessível para os mais diversos jogadores, mesmo que de forma limitada, é uma ideia incrível. E a proposta parece ainda melhor quando você traz ela para a experiência híbrida do Switch, mas só parece mesmo, pois é justo aí que começam os problemas.

A minha experiência com Dauntless no Switch foi uma montanha russa. Se por um lado a premissa de caçar monstros em grupo me conquistou, a execução da mesma no console da Nintendo sendo bem generoso foi sofrível. 

Quando fiz a missão introdutória, confesso que no primeiro momento achei o combate com a espada, a primeira arma a qual o jogador é apresentado, um tanto quanto repetitivo, mas quando mais a frente fui apresentada a outras 5 opções de armamentos, cada qual com suas próprias mecânicas e possibilidades de combos, genuinamente comecei a me divertir. Sério, devo ter ficado uns bons 30 a 40 minutos testando as possibilidades com cada arma na área de treinamento.

Mas mesmo nos momentos em que eu estava curtindo a experiência de enfrentar um dos Behemoths em conjunto com outros jogadores em um canto qualquer do universo de Dauntless estava sempre ali um problema incapaz de ser ignorado, o péssimo desempenho do jogo no console da empresa de Mario e Cia. 

Sei bem que o Switch tem suas limitações em comparação aos seus concorrentes, mas é inaceitável que até mesmo em áreas pouco movimentadas do mapa havia momentos em que o jogo apresentava cenas em slow motion que quase eram dignas de um filme do Zack Snyder. Acho que só faltou um filtro sépia. 

O simples ato de abrir um menu aparentava ser um esforço gigantesco pro console, ao ponto de a todo momento eu achar que o jogo iria crashar, até que efetivamente aconteceu. O Switch não aguentou a conversa com um NPC e crashou. Simplesmente desistiu. Do NPC, de mim e do jogo. 

Jogador derrotando um Behemoth em Dauntless
Mesmo com os problemas de desempenho, enfrentar os Behemoths em Dauntless foi uma experiência divertida.

Em suma, mesmo com as limitações que um jogo free to play impõe, eu gostei do game em si, mas a versão do Switch tem problemas técnicos demais com os quais são difíceis de não se incomodar, novamente, sendo bem generoso com a análise. 

Qual é a minha recomendação? Olha… Se você curte este estilo de jogo e tem um outro console ou um PC talvez seja melhor você aproveitar para experimentar Dauntless por lá, afinal já que o cross progression nos permite continuar a aventura sem iniciar do zero vamos fazer uso do que estão nos oferecendo, né? Só sei que é o que eu vou fazer.

REVER GERAL
Jogabilidade
Visual
Desempenho
Replay
dauntless-para-nintendo-switch-criticaExperiência divertida prejudicada por uma versão muito mal otimizada para o hardware do Nintendo Switch