Life is Strange: True Colors | Entrevista com os desenvolvedores  – Hoje (13) durante o painel da Square Enix na E3 foi mostrado uma nova prévia do game Life is Strange: True Colors que havia sido divulgado durante o último Square Enix Presents, a apresentação da empresa.

Na trama temos Alex Chen, uma jovem asiático-americana que cresceu em uma família adotiva e teve uma infância conturbada, e que após 8 anos se reúne com seu irmão Gabe. Depois que Gabe é morto em um acidente misterioso, Alex resolve investigar a verdade por trás do ocorrido usando seu poder de empatia psíquica que lhe permite ler e manipular fortes emoções.

A convite da Square Enix pudemos conversar com os desenvolvedores sobre esse novo trailer onde vimos Alex Chen em ação usando seu poder da empatia e um pouco mais do cenário do game. Nessa entrevista com a Thai, Rebeccah Bassell, Felice Kuan e Jonathan Zimmerman falaram sobre a influência das cores nessa trama, a pluralidade de diálogos e também as inspirações para o game, além de mandarem um recado para os nossos leitores d’O Megascópio!

1) Olá gente, como estão? Obrigada por nos receberem!

Rebeccah Bassell: Estou bem

Jonathan Zimmerman: Bem!

Felice Kuan: Estou bem também

2) Além dessa nova prévia, também pudemos ver que até mesmo no primeiro trailer mostrado as cores de fato são bem importantes nessa trama, até porque o título do jogo é “True Colors”. Como foi para a equipe o estudo acerca das cores e qual foi o maior desafio de implementar isso no game?

Rebeccah Bassell: É uma excelente pergunta…

Jonathan Zimmerman: Realmente, foi uma boa pergunta! Pode deixar que eu respondo essa, mas há vários pontos de vista nessa resposta. Todas essas representações de cores e auras das emoções, isso estava com a gente desde o início do conceito do jogo, até mesmo antes de termos o nome do título. Ele surgiu a partir de várias coisas, uma delas foi o estudo da empatia, fenômeno de auras, e como as cores são representadas através do tempo e de culturas com diferentes sentimentos e sensações.

Outra é o fato da jornada da Alex ser uma jornada para uma nova casa, ou seja, para Haven Springs e queríamos que isso fosse vibrante e cheio de cor, um lugar para criar a sensação de como Alex se sentiu. Acho que muitas pessoas já passaram por isso, indo para algum lugar novo e querer aproveitar tudo aquilo. Toda emoção está escondida, toda cor é vibrante, todas as sensações. A cor de fato tem um papel muito importante aqui.

Life is Strange: True Colors
Reprodução: Square Enix

3) No material que a gente pode ver eu não pude deixar de lembrar um pouco da vibe de Midsommar, onde tudo começa lindo em uma cidadezinha colorida e depois vai tudo por água abaixo. Gostaria de saber, se possível, quais foram as principais inspirações para a criação de “True Colors”?

*boas risadas nessa hora *

Rebeccah Bassell: Falando sobre o conceito, certamente, não acredito que é de fato “Midsommar”, posso falar isso com certeza *risadas*. A jornada da Alex é nessa pequena cidade de Colorado e tem esse display vibrante, cores, flores, árvores e elas estão por todo o canto.

O que eu posso dizer é que realmente passa essa vibe de Colorado, eu digo pela minha primeira experiência, quando eu vim para cá eu não tive a experiência de ir para essas pequenas cidades montanhosas e vi Haven Springs e pensei “okay, isso não é verdade”.

Mas isso não é verdade, eu visitei a cidade novamente depois especificamente o lugar que inspirou Haven que é Northwind onde eu estou agora nas minhas férias. É uma Colorado dourada! Todas essas pequenas cidades montanhosas do Colorado têm suas pequenas tradições e eles têm bastante orgulho disso.

Aqui deveria ser um deserto, mas é um lindo deserto florido já que tem vários biomas, que inclusive foi uma das coisas que conversei com o time de “meio ambiente” durante todos os dias *risadas*. De fato, são lugares reais, é realmente vibrante, diversificado e convidativo. Um “céu seguro” *risadas*.

4) Por nesse novo título assumirmos o papel de Alex Chen com o poder da “empatia”, podemos esperar uma gama maior de desfechos e diálogos em comparação com os outros títulos da franquia?

Felice Kuan: Não necessariamente menos, até porque Haven Springs é mais explorável, é um local mais aberto, permite que o jogador vá onde ele desejar ir e definitivamente são locais que você deve explorar, pois cada local tem algo para você descobrir. Grande parte deles tem conexão com os seus poderes. É… eu acho que haverá mais, até pelo fato de termos essa trama sobrenatural que tudo que é visto e falado é absorvido.

5) Qual foi a maior dificuldade que vocês desenvolvedores enfrentaram até esse momento?

Jonathan Zimmerman: Bom, não apenas para a gente, mas certamente foi a pandemia. Definitivamente foi um desafio. Felizmente já estávamos bem adiantados na produção do jogo, mas estávamos bem no início da DLC “Wavelengths” e além dos problemas técnicos que são muitos já que focamos em uma “full performance”, o maior deles foi na captura de movimentos, já que fazemos isso em nosso estúdio.

Também temos todo esse desafio emocional de terminar esse ciclo, escrever a última linha de diálogo e termos sido separados e não podermos estar todos juntos nos divertindo. Além de não podermos jogar juntos e ter essa recepção dos primeiros fãs após todo esse tempo de jornada colocando o melhor de nós nesse projeto depois de tê-lo guardado por tanto tempo. É realmente algo muito especial quanto está todo mundo junto, mas vamos fazer o nosso melhor e manter tudo isso especial.

Felice Kuan: De fato eu não poderia concordar mais! E ter você aqui por exemplo conversando conosco, podemos sentir um pouco mais dessa conexão.

Life is Strange: True Colors
Reprodução: Square Enix

6) Por fim, vocês gostariam de mandar um recado para os leitores d’O Megascópio e também para os fãs de Life is Strange aqui do Brasil?

Jonathan Zimmerman: Acho que todos nós teremos mensagens diferentes, mas eu espero que os jogadores que já jogaram os outros jogos ou os que vão conhecer agora pelo “True Colors” fiquem animados para explorar uma trama com uma grande conexão emocional. Até porque é um tópico muito importante e uma montanha-russa de emoções intensas que queremos levar os jogadores. Eu espero que todos estejam realmente animados para ver o que temos para vocês.

Rebeccah Bassell: Na verdade eu comecei como uma fã dos jogos de Life is Strange durante a minha faculdade. Jogando pela primeira vez eu fiquei “ai meu deus, parece um game feito para mim”, é realmente um game que falou diretamente comigo e me fez ser vista. Agora trabalhando com a equipe do jogo, eu espero que todos também possam se identificar com o “True Colors”, não só com suas experiências vividas, mas também com algo que gostariam de vivenciar e se conectar.

Felice Kuan: Eu não tenho mais o que acrescentar, e vocês dois foram incríveis! *risadas*

Thai: Pode apostar que sim, vocês têm muitos fãs aqui no Brasil! Obrigada pela entrevista, pessoal.

Life Is Strange: True Colors é mais novo jogo desenvolvido pelo estúdio Deck Nine e publicado pela subsidiária europeia da Square Enix. O game será lançado no dia 10 de setembro de 2021 para plataformas Microsoft Windows, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e Stadia.