Meninas colegiais, escuridão, arte linda e muitas mortes em Lost Ruins.
Lost Ruins, desenvolvido pela coreana Altari Games é um metroidvania indie que teve uma ótima campanha no Kickstarter em 2020 e agora está pronto para podermos explorá-lo.
Introdução
A história do jogo é bem simples, você é uma protagonista sem nome e sem memória que de repente acordou nesse mundo fantástico e cabe a você descobrir quem está por trás disso.
Os diálogos entre personagens são bem pontuais e espaçados um do outro, vez ou outra te dão uma informação útil e existe um detalhe muito bom na história que te faz repensar algumas coisas, mas isso não redime o resto do jogo que a narrativa meio que não importa.
Jogabilidade e Particularidades
A jogabilidade, por outro lado, é um pouco mais empolgante. Você pode equipar duas armas ao mesmo tempo, além de duas magias e acessórios que dão habilidades passivas. Isso permite uma liberdade bem grande no leque de opções que você tem para lidar com ameaças ou até criar builds no fim do jogo.
A protagonista é bem frágil e o jogo tem uma grande variedade de status positivos e negativos que podem a afligir. No começo da minha jogatina eu morri diversas vezes, mas aos poucos fui me acostumando ao quê cada chefe pedia de mim e a explorar maneiras que eu poderia causar o máximo de dano possível nas minhas oportunidades de atacar. Aos poucos os desafios do jogo se tornaram algo muito satisfatório.
Diferente dos seus colegas no gênero Metroidvania, Lost Ruins não tem muitas surpresas com armas especiais, técnicas de movimentação ou até um backtracking muito proeminente. A experiência é bem direta ao ponto mesmo o jogo tendo um mapa labiríntico.
Seu grande diferencial é interação de elementos com o cenário bem na moda de Divinity: Original Sin como, por exemplo, um cenário com água pode receber influência de artefatos venenosos e logo toda a água estará envenenada ou usar um ataque elétrico na água que causará uma corrente elétrica e dano a tudo tocando a água.
Arte, Música e Replay
Lost Ruins consegue ter uma pixel art incrível, mas ela fica relegada só aos chefes e alguns inimigos comuns como os slimes e demônios, cada variedade desses tipos de monstros são interessantes de seu próprio jeito. O jogo é ambientado em sua maioria por ambientes subterrâneos e escuros sem muitos detalhes, isso definitivamente contribui para um impacto toda vez que um cenário mais claro e detalhado na superfície aparece, mais ainda assim é um pouco decepcionante metade do jogo ter só um fundo chapado preto como cenário ou escuro o suficiente para não poder apreciar os detalhes.
A trilha sonora não se destaca muito, não há nenhuma música que rouba a atenção do jogador do que ele realmente deveria se preocupar que é o gameplay. O jogo tem poucas faixas e elas funcionam de modo perfeito a ajudar a pintar o cenário até um pouco claustrofóbico que o jogo tem e redime um pouco alguns dos piores ambientes do jogo.
Enquanto fator replay, Lost Ruins é um jogo bem curto, eu demorei por volta de 8 horas para fechar a primeira jogada e além de dois finais diferentes, o jogo também tem modos diversos com limitações específicas para quem busca um desafio além de diferentes dificuldades e um modo Chefe em que você pode jogar pelo jogo todo novamente alternando entre alguns dos bosses que você encontrou pelo caminho na sua primeira jogada.
Veredito
Lost Ruins é um jogo muito charmoso com seus personagens e pixel art, está disponível em Português e tem uma gameplay muito maleável que o jogador pode se adequar do jeito que preferir e o mais importante é que ele além de ter batalhas de chefe muito divertidas. Ele certamente saciou minha fome de um metroidvania com desafio.
Lost Ruins está disponível para PC via Steam e terá versões para PS4, Xbox One e Nintendo Switch lançadas no fim de 2021.