No Limite Do Mundo | Crítica – Jonathan Rhys Meyers interpreta James Brooke, um aventureiro britânico que se tornou o “Rajah Branco” de Sarawak, em um filme que falha em investigar a complexidade de seu assunto fascinante.

Apesar da narração cativante e frequentes cortes na natureza e foco na descoberta, o roteiro perde a excelente oportunidade de explorar o assunto mais interessante da trama, a cultura local. No filme “No Limite Do Mundo” seguimos um explorador inglês que encontra mais do que esperava ao chegar em uma terra estrangeira.

O Sir James Brooke (Johnathan Rhys Meyers), chega a Bornéu em 1839 e rapidamente conhece dois príncipes que disputam o poder – ocorre também um casos de família já que eles são primos e isso apenas aumenta a intriga e tensão.

Para a surpresa deles, Brooke não parece ter navegado tão longe para conquistar, apenas para explorar e catalogar os novos ambientes pelos quais ele está estranhamente atraído. Evitando a difícil questão de se Brooke é um salvador branco, a visão superficial da narrativa parece sugerir que ele é um imperialista “benevolente” simplesmente porque, ao contrário de seus iguais, ele não diz coisas racistas em voz alta.

Enquanto isso, as políticas e o estilo de governança reais de Brooke permanecem amplamente inexplorados, ofuscados por um enredo de romance e representações intermináveis ​​de costumes nativos sangrentos.

O roteiro nem sempre está no mesmo nível de sua performance (Johnathan Rhys Meyers), no entanto: o diálogo e a narração de Brooke incluem pérolas como “não importa o quão longe você corra, você nunca pode escapar de si mesmo” e “para ter paz, devemos fazer a guerra.”

O filme apresenta Brooke, que foi um verdadeiro aventureiro que inspirou “Lord Jim” por Joseph Conrad e Rudyard Kipling em “The Man Who Would Be King. O longa se distingue com seus visuais evocativos da beleza intocada de Bornéu (cortesia do diretor de fotografia Jaime Feliu-Torres) e na intensidade vivida de Meyers.

*cabine de imprensa virtual*

REVER GERAL
Roteiro
Direção
Fotografia
Figurino
Thai Spierr
Crítica, criadora de chocobo e consumidora de animes e games em tempo integral. Especialista em estudos sobre acessibilidade e classificação etária em jogos
no-limite-do-mundo-criticaApesar da excelente fotografia e atuação de Johnathan Rhys Meyers, "No Limite Do Mundo" evita a difícil questão de se Brooke é um salvador branco, e traz uma visão superficial da narrativa que parece sugerir que ele é um imperialista “benevolente”