Fena: Pirate Princess episódio 6 | Crítica – Após saírem de Libar-Oberstein onde descobriram mais segredos sobre a pedra encomendada por Joana d’Arc ou La Pucelle d’Orléans, o nosso grupo de viajantes seguiu rumo a Orleans, na França, para encontrarem mais informações sobre o mistério da pedra e sua ligação com Joana onde acabaram se separando após o sequestro de Fena.
O caminho para El Dorado na verdade era para o Éden!
O episódio de inicia com os guerreiros Goblin presos na caverna após a explosão causada pelo grupo de O’Malley, porém conseguem escapar após Yukimaru achar um explosivo que não foi ativado pela explosão principal.
Em “Caos no Blue Giant” temos um episódio mais focado no núcleo de Abel, já que ele nos revela a maioria dos segredos ventilados nos episódios passados. Enquanto Yukimaru confronta seus parceiros de equipe – principalmente Shitan, ao dizer que se separará para ir em busca de Fena que é o que dá sentido para sua vida, o resto do grupo fica receoso após ser revelado que o irmão mais velho de Shitan, Kei, vai se juntar a eles.
Logo na chegada de Fena ao barco Inglês, Abel a recebe com todo cuidado a chamando de “minha princesa”, o que faz com que a pirata O’Malley fiquei extremamente desconfortável com a presença da jovem – o famoso ciúmes.
La Pucelle
Abel logo nos primeiros momentos com Fena se mostra bastante cortês, mas certamente ele esconde um segredo maior por trás de todo essa tratamento. Ao final do episódio Abel além de ressaltar as semelhanças de Fena com a mãe Helena des Armoises, a qual ele chamava de “La Pucelle”, o Oficial aproveita para fazer elogios apaixonados e admirados a sua então falecida amada.
Ele revela a jovem que estava a sua procura há 10 anos, o tempo em que ela se perdeu e foi parar na ilha do primeiro episódio. Todo esse discurso apaixonado e carregado de sentimento de Abel é coroado com uma trilha sonora de tirar o fôlego – por favor, alguém disponibiliza isso no Spotify?!
“Os Goblins estão vindo te pegar”
Na visão de Abel, os Cavaleiros Goblin são apenas um impiedoso grupo de demônios que vieram do Oriente e que assassinam crianças e mulheres sem misericórdia. Eles são assassinos que vagam por onde o vento os levar.
Após essa declaração é quando vemos o grupo se importando de fato com Fena, porém há também o lado daqueles apenas interessados no seu principal propósito, o de recuperar a sagrada relíquia perdida que se esconde no Éden e para isso eles utilizaram Fena.
Na verdade toda aquela história contada no primeiro episódio não passou de uma grande farsa! Os ancestrais Goblin receberam uma missão importantíssima da Corte Imperial da época e partiram da terra natal para recuperar o tesouro lendário que foi retirado do país no final do século II, um dos três tesouros sagrados do Japão, a espada Kusanagi que é capaz de derrubar uma nação inteira. Por um acaso acabaram sendo auxiliados pela família Houtman que tinha ligação direta com o local onde esse tesouro se encontrava, o Éden.
O Éden
O Éden é uma terra perdida que muitas pessoas influentes estão procurando incansavelmente por séculos. Essa terra é um santuário que esconde um tesouro que pode governar o mundo e alguns o chamam de Abóbada da Terra. Em resumo, os tesouros das lendas de todo o mundo estão escondidos nesse local.
Os Houtmans vem de uma linhagem com grandes ligações com o Éden, o que torna Fena uma peça chave tanto para os Ingleses quanto para os Cavaleiros Goblin – tadinha da bichinha, sendo usada por todo mundo. Agora já nos foi revelado o motivo pelo qual os Goblins querem Fena, mas e Abel?
Vamos teorizar?
Ao que tudo indica, Abel de fato amava Helena e certamente espera utilizar-se de alguma mágica que envolva a filha para trazer ela de volta – ou algo do tipo.
A teoria ainda pode se estender pelo fato de Abel ser extremamente apaixonado por Helena pode ter causado o naufrágio proposital do barco Hope, ou seja, assim Franz que é o pai de Fena –até onde nós sabemos- seria assassinado por aliados ingleses e consequentemente por Abel por vingança ou por não ter conseguido ficar com a sua amada.
O que pode nos levar a pensar assim é que de acordo com a história real, o suposto pai de Joana D’Arc -que na trama tem ligação com Fena- foi assassinado assassinado por aliados dos ingleses em 1407.
Um detalhe muito importante que também não podemos esquecer é que no sonho de Fena no início do episódio 4, ela chamada de “Virgem Alva” que é semanticamente parecido com a tradução do nome “Alba Regina” que explicamos no episódio passado – A Senhora Branca Absoluta ou A Rainha Branca.
A trama está se estreitando
Ao final do episódio Fena tem uma curiosa conversa com Cody, que atualmente é ajudante de Abel após ter sido resgatado de Shagri La. Cody revela para Fena que é impossível obter “mar cerúleo e nuvens chuvosas”, ou seja, indicando que ela deverá escolher qual caminho vai seguir em sua vida.
O’Malley por fim é tomada pelo ciúmes após ver o colar que ela deu para Abel com Fena (ela claramente não sabe que ambos tem colares iguais), e em uma tentativa frustada de machucar a protagonista, é enxotada por pelo Oficial e seus guardas e retornar para o seu barco com uma informação muito importante, aquela localização não era para El Dorado e sim para Éden.
O episódio se encerra com o grupo o grupo separado, Yukimaru indo salvar a Fena e O’Malley prometendo um bombardeio à embarcação de Abel. Infelizmente não foi dessa vez que vimos mais cenas de luta, mas o anime segue mantendo a boa qualidade de fluidez, até mesmo em cenas sem grande relevância para a construção da trama – sem contar que a direção desse episódio foi perfeita!
Figuras históricas
Já deu para notar que o plot de Fena vem utilizando várias figuras históricas reais do nosso mundo como por exemplo a La Pucelle d’Orléans, que nada mais é que o poema satírico de François-Marie Arouet, mais conhecido por seu pseudônimo, Voltaire.
Essa foi uma sátira épica e escandalosa sobre a vida da ainda não canonizada Joana d’Arc (“a Donzela de Orléans”). Mas quem foi ela? Joana d’Arc, foi uma camponesa e santa francesa canonizada pela Igreja Católica, considerada uma heroína da França pelos seus feitos durante a Guerra dos Cem Anos.
Outra figura que também aparece no plot é a Grace O’Malley ou Gráinne Ní Mháille, que foi uma pirata irlandesa. Também era conhecida como Gráinne O’Malley. Era filha de Eoghan Dubhdara Ó Máille, lorde da dinastia Ó Máille, Grace se tornou uma figura histórica bem conhecida no século XVI, antecipando a atuação de outras piratas famosas como Anne Bonny e Mary Read.
Dando sequência, no episódio 6 descobrimos que o sobrenome de Helena é: des Armoises, igual a figura histórica Claude des Armoises que foi uma aventureira francesa que viveu no século XV. Ela teria sido um soldado do exército do Papa na Itália e após a execução de Joana, várias jovens se apresentaram afirmando ser a Donzela, incluindo Claude des Armoises.
E por fim temos a Kusanagi, uma lendária espada japonesa e um dos três tesouros sagrados do Japão. Foi originalmente chamada de 天叢雲剣, mas seu nome foi posteriormente alterado. No folclore, a espada representa a virtude da coragem. No livro das crônicas do Japão consta que em 688 a espada foi acusada de causar a doença do imperador Tenmu e então foi removida do palácio imperial e transferida para o santuário de Atsuta. Junto com a joia “yasakani-no-magatama” e o espelho “yata-no-kagami”, é um dos três tesouros imperiais do Japão e representa a virtude da coragem.
Ficha técnica de Fena: Pirate Princess
História: Kazuto Nakazawa e Production I.G
Diretor: Kazuto Nakazawa
Screenplay: Asako Kuboyama
Música: Yuki Kajiura
Distribuição: Crunchyroll
- Confira a review dos episódios 1 e 2!
- Confira a review do episódio 3
- Confira a review do episódio 4
- Confira a review do episódio 5