Marvel’s Guardians of the Galaxy | Crítica – No jogo Marvel’s Guardians da Galaxy o jogador embarca em uma jornada singleplayer com os Guardiões abordo da nave Milano para resolver um grande problema que está ocorrendo na galáxia, um culto misterioso comandado por Raler está se espalhando pelos mundos e sugando as energias vitais de seus seguidores que passam por uma espécie de lavagem cerebral.
Entrevista com os desenvolvedores do jogo
Holding out for a Hero
O jogo se inicia com um rápido flash de Peter durante seu aniversário com a sua mãe na Terra e após acordar desse sonho, o jogador se depara com os outros Guardiões: Gamora, Drax, Rocky e Groot, onde ao longo da jornada você será o responsável por estreitar ou aproximar os laços com esses personagens com diálogos distintos.
Como os desenvolvedores de fato já haviam falado, no jogo é possível encontrar várias referências de filmes como Tron no quarto de Peter, além das diversas músicas conhecidas e mundialmente aclamadas dos anos 80/90.
Por falar em música, um ponto que não pode passar batido é que o jogo apresente um modo streamer, onde o player poderá stremar sem se preocupar com direitos autorais das músicas, porém sinto lhes avisar que o jogo perde sua essência com esse modo. Marvel’s Guardians of The Galaxy é um jogo feito para se jogar com as músicas que estão disponíveis, já que as mesmas foram escolhidas minuciosamente para cada situação conversando diretamente com as cenas.
Ainda Marvel’s, porém diferente!
O jogo que ao todo conta com 16 capítulos que podem ser completados com cerca de 15 – 20 horas jogando com calma, demora um pouco para engrenar. Os seus dois primeiros capítulos introdutórios parecem cometer os mesmos erros de Avengers por não apresentar “monstros” muito atrativos, mas ainda bem que o rumo que o jogo toma é bem diferente!
Apesar de apresentar alguns bugs em lutas contra chefes principalmente em cenas onde o jogador deve ativar o arremesso de algum objeto no mapa com os outros Guardiões para ativar o checkpoint do combate, o jogo é extremamente fluido o que o torna praticamente cinematográfico – caso isso ocorra, basta retornar para o último save, mas o que facilita é que o jogo tem auto save a todo momento!
Em Marvel’s Guardians of The Galaxy você certamente morrerá muitas vezes, mas não pela dificuldade de combate, e sim pela distribuição de alguns mapas, seja por causa dos saltos ou pelas bordas traiçoeiras. Apesar de apresentar um modo “hard”, o jogo de fato não é um grande desafio, o que torna a experiência mais e mais cinematográfica e relaxante – se alguém fizer cortes das cutscenes já teremos um novo filme.
Os diálogos do jogo tornam a sua jornada ainda mais imersiva, já que a pluralidade de conversas dentro e fora da Milano é bem extensa. Outro ponto positivo é que o jogo apresenta um modo “acessibilidade” permitido que TODOS consigam jogar o jogo. A Eidos Montréal também fez um excelente trabalho possibilitando que o jogador altere o tamanho da fonte, além de fornecer uma dublagem em português-BR maravilhosa.
Marvel’s Guardians of The Galaxy conta com vários easter eggs de personagens já conhecidos da Marvel, além de fazer referências a certas HQs dos Guardiões – atenção fãs hardcore, essa é para vocês! Caso o jogador opte por procurar alguns itens-chave, ao chegar na Milano o Peter destrava conversas extra lore bem interessantes com os membros.
Everybody Wants To Rule The World
A história começa a se desenrolar de fato após o primeiro encontro com Lady Hellbander, onde os Guardians conseguem uma certa quantia de dinheiro roubando essa conhecida e bruta figura e retornam para a base da Tropa Nova e percebem que esse culto da Igreja Universal de Raler é mais perigoso do que parece.
Após isso o jogador vaga entre vários planetas trombando com figuras como Cosmo, Capitão Glória (Gla-Ree), Mantis e vários outros personagens emblemáticos das HQs.
Cada personagem que aparece é motivado por seus desejos e princípios, e uma das figuras que rouba a cena e faz as engrenagens da história girarem é Adam Warlock, que já havia sido confirmado anteriormente. A lore do jogo respeitou fielmente a essência do “meio herói, meio vilão” com o seu alter ego Magus.
Hit Me With Your Best Shot
Em um primeiro momento a jogabilidade pode assustar o jogador, já que há uma grande quantidade de comandos o que te faz usar praticamente todos os botões do controle. Ao longo da jornada o jogador já realiza os comandos quase que por osmose – experiência própria.
Os comandos basicamente são resumidos em: fixar a mira, modo guardiões no L1, disparo elemental, impulsão, R3 para ativação de visor onde você usará para se guiar e L3 que são as habilidades do Peter.
Os elementais o jogador vai desbloqueando ao longo do game e ele se tornam ferramentas essenciais para liberar passagens e conquistar itens. Além disso é possível juntar componentes para desbloquear beneficiadores – não são obrigatórios, mas facilitam bastante já que desbloqueiam habilidades como fortalecimento do escuto, recarga rápida e etc.
As ações de batalha preenchem o medidor de “Agrupamento” e quando cheio o jogador faz com que Peter possa convocar o grupo para ativar o modo “Guardiões”. Dependendo de como a resposta do “agrupamento” é respondida, há duas opções onde: o grupo pode ganhar um upgrade temporário ou a “incorreta” onde você só terá os ataques do agrupamento.
No jogo também é extremamente fácil recuperar sua vida e também recarga elemental, já que quando o jogador derrotas os inimigos várias “recargas” para disparos elementais e vidas são dropadas.
Os combates mais legais do jogo estão nos chamados “combate-puzzle” que são lutas que envolvem desafios no mapa juntamente com um combate ocorrendo simultaneamente. Os combates consistem em ler o campo de batalha e tirar o melhor proveito possível das diferentes habilidades dos companheiros.
Don’t Worry Be Happy
O jogo apresenta alguns bugs pontuais como os já citados e também em algumas cenas de interação dentro da Milano, onde a câmera não acompanha o personagem, porém no geral esses bugs não são suficientes para atrapalhar a experiência do jogador.
Marvel’s Guardians of The Galaxy acerta em cheio em trazer acessibilidade e se apresenta como um jogo mais cinematográfico com uma história bem elaborada e recheada de referências a HQs como Marvel Presents #4 de Steve Gerber e Mary Skrenes e Strange Tales #89 de Stan Lee e Jack Kirby.