Eternos | Crítica – Ela chegou lá! Sim ela mesmo, Chloé Zhao depois de ganhar um Oscar, atingiu a maior grandeza que os diretores de Hollywood podem atingir; é algo que diretores como Scorsese nunca alcançarão: dirigir um filme da Marvel!

Brincadeiras à parte, a Oscar Winner com Nomadland, veio trazer sua visão para o MCU em um dos filmes que talvez junto com Guardiões da Galáxia (2014) seja uma das maiores apostas do estúdio.

Confira 7 curiosidades sobre o filme

O início da fase 4 da Marvel demonstra claro amadurecimento na famosa fórmula da Marvel -Viúva Negra a gente finge que é de 2015 mesmo e não falamos mais disso ok? Ok! e temos como exemplo disso a escolha dos Eternos como protagonistas de uma fase de reestruturação de universo.

Eternos | Crítica

O filme traz toda a história dos Eternos do momento que chegaram na terra 5.000 AC até os dias atuais onde eles são a peça chave de um dos fenômenos mais importantes do Universo Marvel que é o nascimento de um Celestial -Lembra de Knowhere de Guardiões da Galáxia? É bastante semelhante, mas com o resto do corpo.

O filme também faz a pergunta que todo mundo queria saber: Onde estavam os Eternos quando o Thanos chegou? Acho que podemos dizer que a resposta é meio preguiçosa, mas é um dos poucos momentos que o roteiro se presta a ter que fazer acontecer algo para que a história possa andar.

Quanto a essa ”preguiça”, o plano é facilmente passado dado que a Marvel sempre consegue justificar erros de filmes anteriores com detalhes muito sutis em filmes de sequência -Sim, estou falando da Manopla falsa no cofre do Odin.

O Roteiro

E já que é pra falar de roteiro, falemos de roteiro. Vamos lá, é possível fazer um filme de iniciação com diversos heróis que tem suas próprias histórias, que são como deuses, sem anos de planejamento e sem fazer um filme com quatro horas? Sim é possível, Chloé utiliza o primeiro ato de forma magistral, contextualizando como chegaram os Eternos e como se encheram de dúvidas sobre seu propósito numa vida melancólica infinita ao lado dos humanos.

E é aí que entra nossa protagonista Sersi, vivida por Gemma Chan, que passa o longa inteiro tendo que lidar com as incertezas de seu passado e com as inseguranças do seu futuro dado as responsabilidades que lhes são passadas no filme.

Eternos | Crítica

É IMPOSSÍVEL falar desse filme sem falar na surpresa positiva que foram os uniformes e o figurino em geral, que causaram grande apreensão ao serem revelados para o público fervoroso dos filmes da Marvel que está acostumado com uniformes mais ”puxados para a realidade”, com cores mais neutras e escuras.

Nós temos inclusive o vislumbre de diferentes culturas e civilizações com figurinos que não podemos colocar no mesmo patamar de Pantera Negra, mas que mostraram que o estudo de milhares de dólares não foi em vão -Talvez exceto pela parte da Amazônia.

É necessário pontuar também a sorte que o Richard Madden que interpreta Ikaris teve ao ser escalado pra esse papel, porque todo o orçamento com fotografia foi gasto para que esse homem virasse um Deus em tomadas com pôr do sol, sério, vocês vão sair deslumbrados pela beleza dos cenários e pela delicadeza com que os protagonistas são inseridos em todas elas, pois bem, para você que estava achando que Shang Chi tinha sido bonito, prepare-se para ver um filme realmente novo da Marvel em quesitos técnicos.

Diversidade de verdade? 

É impossível falar desse filme sem citar a gama de diversidade de atores e atrizes que temos nesse longa. Começamos com a primeira heroína surda do cinema, Makkari interpretada por Lauren Ridloff; Depois para o primeiro beijo gay em um filme da Marvel, estrelado por Phastos que é interpretado por Brian Tyree Henry e seu marido, e só quem faz parte dessas minorias sabem o quanto é importante ter esse tipo representação em tela. 

Eternos | Crítica

Desde SpiderVerse, quando Miles Morales entrou pro Mainstream este tema é debatido com mais fervor e depois de mais de 20 filmes do MCU a hora disso acontecer já tinha até passado, mas felizmente nossa diretora ser uma mulher não branca com credencial e carta branca na Marvel fez esse momento chegar sem mais atrasos e com a sutileza e gentileza que os personagens mereciam.

Os Eternos vieram para ficar!

Com a reestruturação do universo e tendo seus horizontes expandidos, podemos esperar não  só uma continuação do longa, mas também a aparição de outros Eternos e desenvolvimento dos que menos foram utilizados no filme -Como por exemplo nossa deusa Thena vivida pela Deusa Angelina Jolie, em alguns grupos da Marvel, assim como easter eggs e aparições em cenas pós créditos já que uma das últimas cenas mostra que teremos os Eternos novamente em papéis de MUITO destaque no futuro da Terra, do universo e de toda nossa amada franquia do MCU. 

Pós Créditos 

Para aqueles que assim como eu evitei todos os spoilers do filme, estão reservadas duas surpresas agradáveis, então esperem pelas duas cenas pós créditos que nos confirmam a entrada de dois atores incríveis -Em qualquer sentido da palavra que vocês quiserem utilizar, no elenco principal do MCU.

Os Eternos me surpreendeu positivamente, além de cumprir sua função como um dos percursores da nova fase, também funciona como filme solo que nos faz nos importar com a maioria dos personagens e nos mostra algumas das cenas mais bonitas de ação já feitas no MCU.

Essa review foi escrita pela colaborador: Renan Jordao 

*Material analisado na cabine de imprensa realizada pela Disney*

REVER GERAL
Roteiro
Direção
Fotografia
Figurino
Trilha Sonora
Casting
Thai Spierr
Crítica, criadora de chocobo e consumidora de animes e games em tempo integral. Especialista em estudos sobre acessibilidade e classificação etária em jogos
eternos-critica "Eternos" além de cumprir sua função como um dos percursores da nova fase, também funciona muito bem como um filme solo e traz algumas das cenas mais bonitas de ação já feitas no MCU.