Exibido originalmente em fevereiro de 2017 nos cinemas, Sword Art Online The Movie: Ordinal Scale é uma história original baseada na light novel de Reki Kawahara.
Com acontecimentos se passando após a segunda temporada de Sword Art Online, Ordinal Scale apresenta uma espécie de conclusão para o arco de Aincraid, colocando Kirito, Asuna e os demais no centro de uma nova conspiração envolvendo um aparelho de realidade aumentada muito popular entre os habitantes do Japão.
Novamente produzido pelo A-1 Pictures, a direção do filme ficou por conta de Tomohiko Itō, que também participou da produção do roteiro ao lado de Kawahara. O elenco principal de voz dos personagens também retornou para seus respectivos papéis. A trilha sonora apresenta 50 faixas compostas por Yuki Kajiura, com o tema principal do filme, Catch the Moment, performado pela cantora LiSA. A trilha também contou com a participação da célebre Sayaka Kanda, que cantou cinco músicas como a personagem Yuna.
Em termos de popularidade, o filme se saiu muito bem: em seu fim de semana de estreia, ele ficou em primeiro lugar nas bilheterias japonesas, chegando ao total de 22 milhões de dólares arrecadados dentro do país até o final de 2017. O longa também fez sucesso nos cinemas da China, Estados Unidos, Canadá e mais – em seu primeiro dia de exibição na Itália, o filme foi mais assistido do que Piratas do Caribe: Homens Mortos não Contam Histórias e Mulher-Maravilha.
Vamos conferir mais detalhes sobre a trama do filme e entender por que ele é diferente de outros filmes de animes.
Enredo
Em 2026 a popularidade do AmuSphere, sistema que utiliza a tecnologia de Realidade Virtual FullDive, está caindo consideravelmente: o culpado por isso é o sistema Augma, que utiliza a tecnologia de Realidade Aumentada para projetar não apenas jogos, mas todo tipo de entretenimento e facilidades em cima da vida das pessoas, atuando como uma segunda camada da realidade.
O jogo mais popular do momento é o Ordinal Scale, um título baseado em combate onde os jogadores lutam contra monstros para subir de posição no rank geral do game, organizado por números ordinais. Por ser um jogo de realidade aumentada, a aptidão física é um dos maiores fatores de influência nas habilidades dos jogadores.
Kirito, grande entusiasta da tecnologia FullDive, não gosta muito do aumento de popularidade do Ordinal Scale e do sistema Augma. Asuna, Lisbeth e Silica acabam o convencendo a participar de uma raid usando o boato de que chefes de Sword Art Online estariam aparecendo aleatoriamente para os jogadores.
Ao chegar no local da dita raid, o grupo realmente encontra um chefe do mundo de SAO chamado Kagachi the Samurai Lord. Quando a luta começa, a mascote do jogo Yuna aparece para incentivar os jogadores: ela é uma Inteligência Artificial que atua como Idol, causando aumento de status com suas músicas. No meio da batalha, um novo jogador aparece com o nome de Eiji – seu rank indica que ele é o segundo melhor jogador do game inteiro.
O enredo do filme gira em torno da aparente relação entre Eiji e Yuna: o segundo melhor esconde algum segredo que está ligado à idol e ao incidente de Sword Art Online. Kirito e Asuna acabarão no centro de todos os problemas e caberá a eles entender o quais os segredos que Eiji esconde.
Padrão Sword Art Online
Assim como o padrão da franquia, Ordinal Scale não se destaca por nenhum de seus elementos audiovisuais: os visuais são simples, apesar da reimaginação do design dos personagens ser interessante; e a trilha sonora não mostra nada de especial, mas faz bem o seu trabalho no geral.
As cenas de ação são o grande destaque da produção, com coreografias bem executadas e que evidenciam bem as situações de cada personagem – por exemplo, durante a primeira luta do filme, fica visualmente clara a falta de aptidão física que Kirito tem para combater com seu corpo real; ao passo que, na parte final do filme, sua melhora nas lutas fica igualmente evidente.
Em termos de qualidade de história, mesmo com uma boa construção de mundo e com referências bem feitas ao anime, Ordinal Scale tem um enredo bastante fraco. Os novos personagens são superficiais e não tem tempo de desenvolvimento o suficiente para fazer com que os espectadores se importem com eles.
O que torna o filme interessante, entretanto, é o carisma não dos personagens, mas sim do próprio mundo criado por Kawahara – é também um dos elementos que torna a série tão famosa.
Devo ou não assistir?
Mesmo sendo uma história original e não baseada em um volume da light novel de Sword Art Online, Ordinal Scale é canônico tanto para o anime quanto para as próprias light novels – o motivo para isso está na programação de publicações do autor Reki Kawahara.
De acordo com o próprio Kawahara, Ordinal Scale sempre existiu e apenas ainda não havia recebido sua devida publicação. A diferença é que a história seria publicada após os acontecimentos do arco Alicization – por isso, no material original desse arco, não há nenhum tipo de menção aos acontecimentos de Ordinal Scale.
A produtora do anime de Sword Art Online, porém, queria produzir um filme como uma forma de publicidade para a terceira temporada do anime, que adaptaria o arco Alicization. Kawahara resolveu utilizar os conceitos que já tinha pronto, resultando na criação de Ordinal Scale. Os acontecimentos do filme, então, levam diretamente a criação da Rath dentro do universo do anime, colocando em movimento todo o enredo da terceira temporada – por isso também veremos ao longo da temporada coisas que não estavam incluídas no material original como aparições do sistema Augma ou de Eiji e Yuna.
Portanto, diferente de outros filmes de anime que costumam atuar como fillers, Ordinal Scale é de grande importância para a continuidade do universo de Sword Art Online, também sendo necessário assisti-lo para compreender completamente a história do anime.
Sword Art Online The Movie: Ordinal Scale está disponível no Brasil apenas pelo catálogo da Funimation.