A Microsoft anunciou em em seu canal para desenvolvedores, chamado Microsoft Games Dev, a nova divisão do Xbox Game Studios que ficará responsável pela produção dos jogos nativos em nuvem. O setor será chefiado por Kim Swift, que foi líder de projeto e design de Portal e design e artista dos jogos da franquia Left 4 Dead da Valve.

No vídeo, Swift disse que os jogos nativos em nuvem serão desenvolvidos por equipes compostas por desenvolvedores do mundo todo. Com isso, ela busca agregar o máximo de experiência para extrair todos os recursos da tecnologia da nuvem.  

Vale lembrar que a Microsoft busca explorar a tecnologia em nuvem desde o Xbox One, sendo feito tentativas com Crack Down 3. Mesmo não ocorrendo bem como planejado e o jogo não apresentando a recepção de público pretendida, a estratégia de uso da tecnologia estava apenas no começo. Swift fala sobre tal uso como uma estratégia  a longo prazo e cita a Netflix como exemplo:

“Jogos em nuvem ainda estão em sua infância. No momento em que a Netflix foi criada, velocidades de internet não eram o que eles precisavam para mandar os pacotes rápido o suficiente para suportar o streaming. Então, em vez disso, eles mandavam pacotes físicos no correio, na forma de DVDs, e eles tiveram que esperar a tecnologia alcançar sua visão. Mas eles estavam prontos pra isso.”

Diferenças do jogo nativos para o streaming

Atualmente o serviço Game Pass oferece diversos de seus jogos na Nuvem com o Cloud Gaming, porém o que temos hoje não é um jogo nativo. De forma sintética, neste momento a cloud é usada para o streaming de jogos, ou seja, alguma máquina está executando o jogo e o jogador o comanda de forma remota com transmissão das imagens e comandos enviados. Como ponto positivo apresenta a forma prática e fácil e jogar pela abstração do hardware, porém pode se deparar com problemas como latência e input lags. 

Já os jogos nativos na nuvem são uma mescla da computação local com o processamento online. O jogo continua sendo executado pelo console/hardware local enquanto que o processamento de efeitos, por exemplo, é feito pela nuvem. A mistura de técnicas pode permitir que novas mecânicas e uma maior exploração do potencial gráfico e partes de efeitos.