Em fevereiro deste ano tivemos a oportunidade de testar a demonstração de Kao The Kangaroo, agora já lançado com desenvolvimento e publicação da Tate Multimedia. O jogo completo expande bastante o que foi mostrado, principalmente em relação aos ambientes e variedades de inimigos. Porém, também apresenta surpresas não tão boas em relação a seu desempenho e previsibilidade de sua gameplay.

Primeiramente é interessante lembrar que o título não é o primeiro a ser lançado da franquia. O primeiro jogo, intitulado Kangaroo chegou ao mercado com o arcade Kangaroo na década de 80 (1892). Posteriormente, o marsupial protagonizou outros três jogos tres jogos: Round 2 (2003 para PC), Kao The Kangaroo: Mystery of the Vulcano e Kao Challengers, ambos em 2005 para PC e PSP.

Kao - 1

Gameplay

Comparando com o que foi mostrado na demonstração, a gameplay se mostra previsível, assim, não se destacando frente a outros jogos de plataforma 3D, mas sim, mantendo padrões já testados e que funcionam bem. A exploração de itens elementais encontrados nas fases é uma ideia bem aproveitada para a adição de desafios. Desta forma, por mais que não traga inovações nas mecânicas, elas são funcionais e combinam com obstáculos propostos.

Mas não são só as barreiras e desafios na fase que o jogador encontra. Durante alguns pontos do jogo problemas técnicos podem tirar a paciência do jogador. Por exemplo, a ocorrência de carregamentos longos e trechos de travamento afetam a experiência do jogador. Durante a review, o trecho de batalha contra o primeiro chefe teve que ser jogado múltiplas vezes, pois telas congeladas o ocorreram com frequência.

A exploração dos mapas que servem como Hub para as fases foi um aspecto divertido. Com diferentes ambientações, elas propiciam diálogos e possibilidades de aumentar a vida do personagem.

Kao 2

Cenários e fases

Ainda sobre exploração, ficou claro a diversidade de cenários que o estúdio quis adicionar, elemento este que aumenta a curiosidade e deixa questões de quais ambientes e desafios serão explorados nas próximas fases. Tanto os hubs como os níveis apresentam tamanhos satisfatórios e senso de grandiosidade, porém sem desviar a atenção do jogador dos locais que ele pode ou não alcançar.

Cada fase também apresenta seus inimigos temáticos, sendo os desafios apresentados também bem contextualizados. As batalhas contra chefes são o que se espera do gênero em que o jogo se enquadram, mostrando se previsível e presa ao gênero também já explorado por outras franquias de plataformers 3D.

Kao 3

Veredito

Kao The Kangaroo cumpre bem seu objetivo quando se pensa em um jogo plataforma 3D ao focar em sua gameplay, que explora tipos elementais para passar por obstáculos, e desafios propostos. Entretanto, a parte técnica do jogo deixou a desejar com a ocorrência de travamentos que obrigaram a repetição de trechos – como a batalha contra o primeiro chefe – múltiplas vezes e loadings prolongados. Seus gráficos estão dentro do esperado e os cenários são variados e criativos. A variedade também se aplica aos inimigos, que são característicos de cada ambiente e bem contextualizados.

Em comparação com a demonstração, o título manteve a perspectiva de não trazer elementos inovadores. Assim, o título se prende bastante a fórmulas conhecidas como já apresentadas em franquias como Crash Bandcoot e Spyro, o que não torna o jogo menos divertido, mas sim, mostra uma perda de oportunidade para tornar o jogo mais único e marcante.

*Chave cedida para review cedida pela Tate Multimedia (Plataforma: xbox One)

REVER GERAL
Desempenho
Gameplay
Gráficos
Cenários
Enredo
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
kao-the-kangaroo-criticaKao The Kangaroo é um jogo divertido, porém apresentou durante a review problemas como lentidão em carregamentos e travamentos que obrigaram o reinício da fase. No demais, ele cumpre a expectativa de quem busca um jogo plataforma 3D, com desafios dentro do padrão e cenários interessantes.