Lançado para PC em março de 2020, Iron Danger chegou para os consoles Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 4 e PlayStation 5 em 11 de agosto de 2023. O título, desenvolvido pela Action Squad Games e distribuído pela Deadalic Enterteiment nos mostra um mundo de confrontos onde o místico e tecnológico se misturam, sendo adicionado também elementos de gameplay que permitem a manipulação do tempo.

Sua narrativa gira em torno de um universo que mistura elementos mágicos com tecnológicos. Com estes elementos é colocado em confronto a cidade de Kalevala, lar dos humanos que se revoltaram contra os deuses e renegaram sua proteção, com o Norte Gélido, que é liderado por uma rainha feiticeira que busca vingança contra os revoltosos. Neste cenário, controlamos a protagonista Kipuna, que ao ser empalada em uma rocha mágica recebe o poder de manipular o tempo e a morte,  o que acaba por se tornar uma das principais mecânicas do título.

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Ainda em relação a seu enredo, ele é linear e sem opções de escolhas, missões paralelas e caminhos mais amplos para serem explorados nos mapas, o que acaba divergindo de seu visual que transmite a intenção de ser um denso RPG mais característico. Entretanto, a complexidade esperada nas escolhas e construção de builds do gênero são compensadas por um combate bem construído e que permite a exploração de múltiplas possibilidades com o inovador recurso de manipulação de tempo.

Vinculando a sua principal mecânica a narrativa, a interface do game apresenta uma barra que mostra o avanço do tempo. Ao realizar ações em combate podemos avançar ou voltar cerca de 5 segundos, assim, possibilitando a manipulação dos resultados da batalha. Isso implica não só em evitar que sua personagem morra, mas também mudar o ataque utilizado ou testar uma abordagem diferente para averiguar quais serão os resultados. A evolução dos personagens funciona a partir de upgrades consideravelmente simples, mas funcionais para o combate e inimigos mais fortes que serão confrontados.

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A mecânica de manipulação de tempo é um dos pontos mais importantes do jogo para a conclusão das batalhas e adiciona um grau de complexidade interessante ao título. Sua aplicação resulta em combates táticos e extremamente dinâmicos, beirando o limiar de confronto em tempo real e por turnos. Um ponto que pode se tornar um pouco cansativo é a utilização da habilidade em grupo, já que quando estamos com outros personagens na party devemos utilizar a volta individualmente para cada membro que estamos controlando.

Visualmente seus gráficos são bons e polidos. As criaturas que enfrentamos são condizentes com este mundo mergulhado no caos e a variedade de inimigos corresponde a mistura mística e mecânica proposta pela narrativa, sendo assim, Iron Danger mantém uma boa coerência na ligação de sua narrativa, visual e gameplay.    

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Veredito

Iron Danger se destaca pela sua gameplay focada no combate com a manipulação do tempo, o que permite que muitas abordagens sejam testadas sem a necessidade de retomar pontos que antecedem o combate. Tal ideia é bem aplicada e cumpre as principais propostas do título. Além disso, é interessante ver como a narrativa base se vincula de forma coerente com a principal mecânica. O resultado é um jogo consistente e que aposta na complexidade gradual sempre atrelada ao combate que mescla o tático com ação em tempo real.  

*Chave cedida pela Deadalic Enterteiment

REVER GERAL
Gameplay
Visual
Enredo
Design
Controle
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
iron-danger-manipulando-o-tempo-e-gerando-possibilidades-criticaIron Danger apresenta uma narrativa boa, mas brilha mesmo em seu combate e em sua mecânica de manipulação temporal. Tal habilidade abre inúmeras possibilidades para análises de combate sem que a dinamicidade seja perdida. Além disso, apresenta um belo visual.