Após receber um majestoso remake de sua antiga animação, Dragon Quest: The Adventure of Dai se consagrou de vez com um game onde podemos revisitar o rico universo da clássica animação. Personagens conhecidos, músicas familiares, momentos marcantes da série, tudo está presente nesse jogo — na verdade, quase tudo.
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Dragon Quest sempre foi uma franquia de RPG’S conhecida pelos seus games de turno e alguns spin-offs diferenciados, como é o caso de Dragon Quest Builders.
Porém agora, vemos uma proposta diferente: um game de Dragon Quest, onde a ideia é adaptar o anime, contudo, em um formato de RPG de ação.
Como Funciona?
O game em si funciona de uma forma bem simples: os jogadores vão poder revisitar o universo da série e passar por vários dos momentos icônicos dela, para não dizer quase todos. Esses momentos são divididos em capítulos, e a jogabilidade reveza entre assistir cenas estáticas do anime e buildar um dos personagens principais para alguma luta memorável da série.
No geral, o jogo funciona apenas com cenas estáticas do anime, alguma cutscene pré ou pós batalha, que utiliza dos gráficos do jogo para reviver alguma cena do anime fielmente, e acredite você ou não, o jogo não possui exploração.
O único momento de exploração do game, ou algo parecido com isso, é quando entramos no Temple of Recollection, um lugar onde você pode cumprir uma série de desafios, enfrentando diversos tipos de inimigos, para assim fortalecer o seu personagem.
Sistema de combate
O combate funciona de uma forma bem simples, e para ser sincero eu gostei bastante de sua simplicidade, é algo que acaba viciando a gente por longas horas de jogatina.
Todo o sistema envolve esmagar botões com classe, enquanto você tenta quebrar a postura de seus inimigos com os seus ataques especiais. Existem 3 botões de ataques especiais, que variam entre ataques na curta distância e na longa distância. Com esses ataques, você acaba por quebrar a postura de seu inimigo mais rápido, e com isso, você tem a liberdade de atacar ele sem qualquer tipo de interferência.
Além disso, um ataque supremo também está a disposição do jogador, e esse ataque pode ser usado assim que a barra amarela (localizada no canto inferior esquerdo, logo abaixo da barra de saúde do personagem) estiver cheia. Contudo, se você quiser usar o verdadeiro potencial desse ataque supremo, basta usá-lo quando os 3 níveis da barra estiverem completos.
É justo mencionar inclusive que por mais que o combate seja simples, e essa simplicidade possa agradar gregos e troianos, existem momentos onde a falta de criatividade dos desenvolvedores para criar um moveset de inimigos mais complexo, acaba deixando o game um pouco cansativo, visto que os combates, em sua grande parte, são muito parecidos e nada desafiadores.
O moveset dos inimigos não são dos mais criativos, podendo assim decorar rapidamente como o boss funciona e acabar com ele em um piscar de olhos. Para um jogo onde a exploração é inexistente, ter um combate fraco e fácil, pode se tornar um problema.
Personalização
O jogo é bem honesto, você consegue adquirir muitos recursos durante a sua gameplay, entre eles, o mais importante, que são as Bond Memories, que vem em formato de um card com artes originais do mangá.
Equipando as Bond Memories você consegue agregar alguns status para o seu personagem, então dentro de todo o sistema de combate, pode-se dizer que é a mecânica mais importante do jogo. Para conseguir esses cards basta jogar normalmente o modo história, ou se preferir, você pode cumprir os desafios no Temple of Recollection.
Os níveis das cartas são definidos por suas cores, geralmente quanto mais rara a carta, ao receber, ela vai fazer uma animação de alguma página marcante do mangá.
As animações também variam de complexidade, conforme o nível da carta.
História
Como citado anteriormente, o jogo segue a história base do anime, e ele adapta exatamente até o episódio 41 do remake. Assistir pelas cutscenes do jogo momentos marcantes do anime sendo refeitos, é até que bem legal, porém isso pode não funcionar para as pessoas que não tem nenhum tipo de ligação com o anime.
Acompanhar a história de Adventure of Dai pelo jogo acaba se tornando até meio que maçante, pela quantidade de imagens estáticas do anime. Para um fã, claro, é uma ótima maneira de revisitar essa história, mas para novos jogadores, acaba não sendo uma boa pedida, é um jogo completamente nichado.
Opções de acessibilidade
Esse não é o ponto forte desse jogo, o game se mantem apenas com suas opções simples de troca de dificuldade e alguns idiomas (Português brasilero não incluso).
Sobre seus modos de dificuldade, existe o modo padrão do jogo e o modo para quem só quer acompanhar a história — nesse modo os inimigos perdem a postura com qualquer tipo de ataque e você basicamente não sofre nenhum tipo de dano.
Vale a espera?
Sendo um jogo que já era esperado pela comunidade de Dragon Quest e pelos fãs do anime de Dai, certamente é um game que por mais que tenha pontos fracos, como o moveset dos inimigos ser extremamente simples, ele ainda assim pode agradar certo público. Entretanto, para novos jogadores, seja uma pessoa que não conhece Dragon Quest ou uma pessoa que conhece, mas não assistiu ao anime, o jogo acaba não servindo.
A quantidade de cenas estáticas do anime, a falta de exploração e o jogo ser apenas um corredor de batalhas simples, vai afastar qualquer tipo de jogador, até mesmo aqueles que estão no nicho dos RPG’S. Entretanto, para os fãs, é certamente uma das melhores maneiras de revisitar esse universo e reviver momentos marcantes dessa história.
Infinity Strash: Dragon Quest The Adventure of Dai será lançado para PlayStation 5, Xbox Series, PlayStation 4, Switch e PC (Steam e Microsoft Store) em 28 de setembro.
Chave para Ps4 cedida por: Square Enix