O jogo brasileiro Ruff Ghanor, em desenvolvimento pelo DX Gameworks e lançado pelo Jovem Nerd, apresenta as esperadas mecânicas de um cardgame roguelite mesclado a uma história interessante que adaptada do primeiro livro homônimo. Durante a Brasil Game Show 2023 pudemos testar o game e trazer aqui nossas primeiras impressões.

Além de testar o jogo, também conversamos com Alexandre Ottoni e Deive Pazos para saber mais de detalhes que envolvem o game e sua produção.

Do que se trata o game?

O game cobre a história completa do primeiro livro, intitulado “A Lenda de Ruff Ghanor – O Garoto Cabra”. Nela, Ruff é encontrado próximo a um mosteiro e adotado pelos clérigos devido a seu grande poder. Treinado desde jovem, ele se vê frente ao destino de enfrentar Zamir, um tirano Dragão Vermelho, e assim libertar o reino de seu domínio opressor.

Em nossa entrevista perguntamos a partir de que ponto o grupo Jovem Nerd e Leonel Caldela se sentiu confiante para dar um passo a mais e partir para criação do jogo. De acordo com Alexandre Ottoni, a história do primeiro livro se conectava muito bem a progressão de um jogo, sendo uma “história perfeita para um arco de evolução de game”.

Ottoni também acrescentou: “A narrativa combinou muito com o que queríamos construir de jogo. O primeiro livro acabou sendo a base perfeita para adaptar a história para todos que não conhecem o livro e o podcast entenderem ela do início ao fim. Então é um jogo para todo mundo.”

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Gameplay e suas decisões

Em relação a gameplay estavam disponíveis na demonstração recursos que mostram as diversas possibilidades que a versão final promete. Entre os pontos de destaque estão os impactos de decisões, por exemplo com a escolha de companheiros e suas diferentes habilidades. Assim, possibilitando ao jogador montar equipes de forma estratégicas que foquem mais em cura, danos mágicos ou força bruta.

A questão do deckbuilding se mostrou equilibrada, com cartas características para as especificidades dos personagens e que exigem mais do que simplesmente jogar as cartar. Muitos dos inimigos possuem rodadas de ataques e buffs que podem dar um feedback ao jogador do movimento que será feito. Treinar essa percepção pareceu ser fundamental para passar por desafios mais árduos do game.

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Mais detalhes da publicação do game 

O grupo Jovem Nerd já publicou anteriormente outros materiais, como livros e quadrinhos. Porém, em relação ao mercado de jogos é o primeiro projeto. Perguntamos quais os maiores desafios e diferenças entre os tipos de publicação, Ottoni disse que:

“no mundo dos games iremos atingir um publico que já gosta, mas é um mundo muito mais competitivo e com muito mais potenciais jogadores que podem não conhecer nada da IP, mas gostam do tema e deckbiulding.” 

Deive Pazos acrescentou que outra grande diferença também está na relação do consumo com o material. Enquanto que um livro ou podcast é consumido a pronta entrega e da forma  foi feito, um jogo precisa de acompanhamento constante. Ele também reforçou a importância dos testes.

“Diferente de um livro ou Nerdcast RPG, em que a gente lança e a partir dai é consumo e interpretação, no caso de um jogo também existe a parte técnica e possíveis melhorias. Não acaba no lançamento, um trabalho que continua. É uma nova dinâmica, diferente do que estamos acostumados.” 

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Mesmo sem uma data exta para seu lançamento, Ruff Ghanor tem previsão para ser disponibilizados em 2024. Segundo conversamos com Deive Prazos, em relação ao desenvolvimento, o jogo está completamente implementado e agora se encontra-se em fase de testes para que seja entregue a experiência completa e mais polida.

Ruff Ghanor será um lançamento global e já pode ser adicionado a lista de desejos na Steam e na Nuuvem. Em relação as plataformas, ele chegará para PlayStation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e Nintendo Switch.