Desenvolvido e publicado pela Afil Games, Ziggy é um jogo de plataforma de precisão 2D aos moldes de grandes títulos como Super Meat Boy.
O game acompanha a jornada de um pequeno raio em uma tentativa de chegar em casa, já disponível no mercado desde junho de 2023 para Playstation, Switch e Steam. A novidade está por conta da chegada do game também nos consoles Xbox e na Microsoft Store.
A convite da própria Afil Games, a equipe do Mega pôde conferir o que Ziggy tenta trazer de novo ou de interessante para a mesa dos plataformas de precisão.
O caminho para casa não é tão legal assim
O pequeno raio Ziggy está tentando chegar em sua casa, mas encontra em seu caminho uma série absurda de obstáculos para impedirem sua progressão. Mesmo assim, Ziggy segue decidido a atravessar tudo que estiver na sua frente – e é aqui que o jogador entra, pulando e usando o dash para desviar dos perigos e passar de cada tela.
Essa descrição poderia servir para virtualmente qualquer outro jogo de plataforma, inclusive excelentes nomes do gênero como Super Meat Boy ou Celeste. Porém, Ziggy não consegue apresentar elementos que gerem interesse ao jogadores tais quais exemplos melhores do gênero, sendo uma experiência extremamente curta e sem inspiração, situação essa que se reflete no jogo inteiro, passando por trilha sonora, gameplay e visuais.
Pula, cuidado com o espinho, pula, cuidado com o espinho
Talvez o ponto que mais se destaca negativamente é o controle, que não passa confiança ao jogador. Ziggy pode realizar um pulo normal, pulo duplo, deslizamento na parede e também um dash para onde seu corpo estiver apontando – em si, são mecânicas normais e esperadas de um plataforma, mas que são muito mal executadas em termos de precisão, que deveria ser o principal elemento do jogo.
Controlar Ziggy exige paciência, pois ele não responde rapidamente aos inputs de mudança de direção, por exemplo, algo que impacta diretamente no dash do personagem, levando a muitas mortes que acontecem pois o jogador não consegue controlar a movimentação como deveria.
Além dos controles, outro ponto que gera problemas é a falta de inspiração nos obstáculos, que variam entre espinhos, pedras, flechas, vento forte ou lançadores de bola de neve, mas que não oferecem nenhum tipo de desafio verdadeiro que não seja oriundo dos problemas com os controles.
Mas nem tudo não são flores
Apesar dos pesares, podemos destacar como os cenários são simples mas bonitos, contando com 5 biomas diferentes distribuídos ao longo das fases e que se diferem muito bem um do outro.
Outro aspecto interessante é a velocidade em que o jogador pode tentar de novo uma vez que morrer, já que Ziggy retorna para o início da tela ou para o ponto de save muito rapidamente, permitindo uma sucessão de tentativas sem perder tempo para coisas como tempo de carregamento ou cutscenes.
Veredito
Ziggy é um exemplo clássico de um jogo extremamente independente, trabalhado por apenas uma pessoa em todos os seus aspectos. Mesmo assim, o jogo não chega a oferecer momentos interessantes de gameplay, história ou elemento sonoro e visual que costumam cativar os jogadores nesse tipo de projeto.
O grande problema está na falta de precisão dos controles, principalmente por se tratar de um plataforma de precisão, algo que gera muita frustração ao longo das fases. Esse fato não é ajudado pela falta de inspiração nas armadilhas e também pelo tamanho do game, que possui 30 fases mas que pode ser terminado com mais ou menos uma hora de gameplay.
Além de tudo isso, o jogo também não possui localização para português-brasileiro e nem opções de acessibilidade, tornando-o um game sem muitos elementos positivos para destaque.
Ziggy está disponível para Playstation, Xbox, Nintendo Switch e PC via Steam e Microsoft Store.
*Key para PC cedida por Afil Games