O anime Eizouken ni wa Te o Dasu na! infelizmente chegou ao seu fim no último domingo (23) com seu décimo segundo episódio. O anime foi inspirado na mangá escrito e ilustrado por Sumito Ōwara e conta com um brasileiro em sua produção.
Na obra nós acompanhamos a trama de Midori Asakusa, uma estudante que quer criar um anime, mas está desanimada demais para dar o primeiro passo sozinha. Por puro acaso, ela conhece Tsubame Mizusaki, uma socialite promissora que sonha secretamente em se tornar uma animadora. Juntamente com Sayaka Kanamori, a melhor amiga de Midori, apaixonada por dinheiro, o trio enérgico inicia o clube “Eizouken” e trabalha lentamente para tornar seu “melhor mundo” uma realidade.
Nem tudo sempre foi um “mar de flores” para o anime, que a principio foi muito “atacado” por seus traços/design (supostamente) serem fora dos “padrões”, mas logo cativou o público com seu enredo para lá de original e com suas personagens extremamente fascinantes ao seu jeito.
Desglamourização da Profissão
Além de ter esse ponto positivo citado acima, a animação é uma grande lição e um “banho” de representação para todos os animadores que trabalharam nesse meio voraz e muito das vezes obscuro. A mensagem de desglamourização é muito pertinente ao longo da obra, mas em contrapartida notamos como funciona a cabeça dos animadores durante o processo de criação, seus hábitos do cotidiano e estresses diários.
O anime traz uma mensagem muito importante para aqueles que nunca “botaram” a mão na consciência e refletiram sobre como o processo de animação é difícil e demorado. Em Eizouken frequentemente é falado sobre a mixagem de som, o acervo e sua captação, além dos muitos processos técnicos de animações que são utilizados para que um anime se concretize e seja exibido. Confira também: Você sabe a média de frames em um episódio de anime?
Como o anime é produzido por pessoas que também consumem esse tipo de conteúdo, nada mais justo do que inserir referências da cultura pop oriental e pensamentos em comum que todos desse meio já pensaram ao menos uma vez. Que atire a primeira pedra aquele que nunca sonhou com a imensidão do universo, ou tentou usar o hadouken?
Diferentes, mas não indiferentes.
Apesar de mostrar esse lado um pouco perturbador da profissão, a obra também faz questão de mostrar a personalidade de suas protagonistas, que apesar de bem distintas em todas as formas, conseguem dialogar e criar um vínculo de amizade e levar o projeto para frente. Em Eizouken podemos ver diversas barreiras sendo quebradas, como por exemplo, a superação da timidez, a lição de não ter vergonha de assumir o que você realmente ama e não ter medo de demonstrar o seus sentimentos, todas essas barreiras tendo como alicerce o objetivo em comum entre as jovens, fazer com que a animação dê certo.
Eizouken ni wa Te o Dasu na! está disponível na Crunchyroll e tem 12 episódios.