Mario & Luigi: Brothership foi lançado em 07 de novembro para Nintendo Switch e traz os irmãos de volta para o estilo RPG de gameplay. Apresentando muitas mecânicas novas e um reino diferente do que estamos acostumados a ver, somos colocados em batalhas desafiadoras e puzzles que irão exigir atenção máxima do jogador. Vem conferir o que achamos do jogo e saiba mais detalhes!

Abelha
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Novo reino

O jogo inicia com uma celebração no Reino do Cogumelo, e é mostrado logo de cara os já conhecidos personagens da franquia Mario, Luigi, Bowser, Princesa Peach e os Tolds. De uma hora para outra um misterioso evento acontece e os personagens que vimos na introdução, bem como os demais habitantes do reino, são transportados para o até então desconhecido Reino de Elétrica.

Jogados em partes diferentes do Reino, não demora para que Mario e Luigi se encontrem na Unilux, guardado pela Arboguarda Tete. A guardiã da embarcação conta que Elétrica era um continente unido e conectado pela Arbolux, até que os vínculos foram quebrados e o continente se tornou diversas ilhas espalhadas. Para conectar as ilhas os seus faróis devem voltar a funcionar.

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Precisando encontrar seus amigos para retornar para seu reino, Mario e Luigi se propõem a ajudar Tete em sua missão. Agora, os irmãos irão se aventurar pelas correntes marítimas em busca dos grandes faróis e vencer desafios para reconectar o continente.

A partir do background descrito acima, somos introduzidos de forma bastante completa a narrativa básica do jogo, que não se expande muito mais do que isso durante o avançar do gameplay. Por mais que novos personagens sejam, a premissa não traz reviravoltas ou faz questão de aumentar sua complexidade. Entretanto, para jogos da franquia uma trama mais linear já é esperada e a diversão fica muito mais por conta da exploração e mecânicas de combate.   

Galera elétrica!

Seguindo uma temática diferente do Reino do Cogumelo, em Elétrica iremos nos deparar com referências, trocadilhos e caracterizações que remetem à eletricidade. Isso é válido desde elementos mais básicos como as temáticas das ilhas e seus habitantes até a utilização de algumas habilidades.

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Como exemplo podemos citar as conexões das demais ilhas com a Arbolux. Após alcançarmos o farol, a conexão é feita por um plug que sai do farol e se conecta com uma tomada da ilha principal. As mesmas referências podem ser feitas quando falamos dos inimigos, uma vez que em sua maioria são compostos por componentes eletrónicos ou plugs de diferentes conexões.

Por mais criativa e bem aproveitada que a  temática seja quando o assunto é ambientação, ocorre uma falta de carisma por parte dos personagens que se juntam à tripulação ao longo da aventura. Exceto a arboguarda Tete e o grupo do Estáticos (que se diferenciam por suas bandanas), os demais personagens apresentam a mesma cara de tomada, o que tira sua individualidade e importância da missão que está sendo passada.

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Voltando aos inimigos, o grupo de vilões apresentados na aventura e os já conhecidos estão bem. Mais especificamente para os novos, eles trazem elementos marcantes e colocam o jogador frente a batalhas desafiadoras que irão exigir bastante estratégia, precisão no apertar de botões e boa utilização de recursos.

Batalhas eletrizantes

Por mais que a gameplay de exploração e resolução de puzzles seja divertida, as batalhas estão entre as partes mais refinadas do game. Combinando a precisão no apertar de botões, uso de itens e habilidades, os combates são desafiadores e pedem para o jogador se aperfeiçoar ao enfrentarem cada tipo de inimigo.

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Começando pelo básico, Mario & Luigi: Brothership apresenta batalhas em turno, sendo possível no turno do jogador (no controle de Mario e Luigi) utilizar itens de cura/buff, ataques básicos com pulo ou martelo e ataques especiais. Seja qual for a opção escolhida é possível a realização de combinações que causam mais dano e podem desencadear efeitos como confusão, que impede o ataque do oponente.

Battle
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Já no turno do oponente, o jogador ainda deve ficar atento, pois independente do golpe utilizado é possível desviar. Para isso, basta entender o padrão para aplicar um contra-golpe que causa dano ao inimigo. Com estas mecânicas na vez do oponente o jogo se torna bastante dinâmico e pode quebrar barreiras com parte do público que vêem no combate em turnos algo chato ou parado.

Ainda sobre o gameplay das batalhas, mas limitado aos confrontos com chefes, estão as Luigi Ideias. Este recurso permite com que o jogador interaja com elementos do cenário para desencadear golpes potentes e impactantes. Pelos confrontos contra chefes serem bastante desafiadores, a utilização deste recurso é muito importante, já que pode permitir que nossos personagens ataquem consecutivamente. Normalmente, a utilização das Luigi Ideias envolvem mini games para sua execução.

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Durante a gameplay de Mario & Luigi: Brothership são desbloqueados os plugs e conectores, itens que trazem benefícios extras e desencadeiam ações de forma automática. Entre os efeitos temos a utilização dos cogumelos de vida automaticamente, danos extra em inimigos próximos quando atingimos a excelência em um golpe, maior defesa temporária, entre outros. Os conectores são desbloqueados ao longo do jogo, enquanto que os plugs podem ser construídos com a utilização dos insetos brilhantes que coletamos em nossas explorações.

Quando unimos o combate mais básico com as possibilidades que os conectores fornecem, temos combinações poderosas e que podem personalizar de forma bastante peculiar a sua gameplay. Sobre personalização, o que seria de um RPG sem a troca de equipamentos? Ao progredirmos os níveis ganhamos novos atributos e as roupas dos nossos personagens também podem ser trocadas, assim, aumentando o valor de sua defesa, ataque, velocidade e demais características. 

Ritmo chocante

Visualmente, Mario & Luigi: Brothership está bem polido e com bons gráficos tanto na docker quanto em seu modo portátil. Durante a nossa gameplay, não tivemos problemas de queda de frame ou travamentos, bem como bugs que prejudicasse o progresso no jogo. O fato do jogo apresentar câmera travada também ajuda para uma boa renderização e combina com o estilo de gameplay. 

Tão caprichado quanto o visual está a trilha sonora, que segue o ritmo do ambiente e não é enjoativa. Mantendo as músicas combinando com os momentos em que são tocadas, o game consegue trazer o jogador para mais perto, assim, aumentando imersão e a vontade de avançar com novas missões na maior parte do tempo.

Digo na maior parte do tempo, porque Mario & Luigi: Brothership parece trazer algumas missões principais que servem para fazer volume ao tempo de jogo. Em média, o game pode ser completado em pouco mais de 30 horas quando focado somente nas missões principais, sendo necessário a realização de secundárias para subir um pouco mais o nível dos personagens e enfrentar chefes com mais facilidade.

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A maior parte destas missões tentam se justificar pela parte emocional de personagens secundários. Por exemplo, levar um item a um parente que está em outra ilha e enfrentar alguns inimigos ou simplesmente buscar um pertence importante para que o mesmo npc possa te passar uma nova missão. Adicionando o fato de muitos personagens não terem um visual mais próprio, essas buscas parecem demais com missões secundárias. 

Tais missões quebram um pouco o ritmo do jogo e passam uma sensação de que não estamos progredindo. Felizmente, essa impressão é mudada quando encontramos os personagens clássicos e a história flui de forma mais natural e com eventos mais significativos.  

Conclusão da aventura

Mario & Luigi: Brothership tem uma narrativa simples e funcional na maior parte do tempo. Por mais que tenha missões principais com cara de secundário na primeira metade do jogo, a aparição de caras conhecidas – como Dorrie e a Princesa Peach – e o destaque para Tete e Os Estáticos retomam o fôlego da história de forma vigorosa. Seu visual está caprichado, com bom desempenho e apresenta uma trilha sonora marcante.

Dentre os aspectos gerais de seu gameplay de Brothership, a exploração e resolução de puzzles é interessante e estimula o jogador a buscar os recursos que cada ilha tem a oferecer. Entretanto, o que mais brilha são as batalhas e suas mecânicas incluídas para o título, como os conectores e Luigi Ideias, que adicionam uma nova camada de desafio para o jogador ao o permitir combinações para melhorar seus ataques e interações diferenciadas com os cenários. 

*Chave para análise enviada para Nintendo Switch pela Nintendo

REVER GERAL
Narrativa
Gameplay
Exploração
Trilha sonora
Ambientação
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
critica-mario-luigi-brothership-tem-combates-eletrizanteMario & Luigi: Brothership tem uma narrativa simples e funcional na maior parte do tempo. Sua gameplay é bastante divertida, porém a batalha é o seu ponto mais forte.