The Tale of Bistun foi lançado em janeiro de 2025 para Nintendo Switch, já estando disponível para as plataformas PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC (via Steam) desde 2022. Desenvolvido e publicado pela Black Cube Games, o título adapta um romance trágico persa e apresenta gameplay simples, visual um pouco repetitivo e narrativa que prende pela forma com que é contada.
Narrativa eficiente
Com sua narrativa baseada no romance persa chamado “Khosrow e Shirin”, o jogo traz como protagonista um entalhador de pedras que se encontra sem nenhuma memória. Ouvindo sussurros estranhos, nosso protagonista viaja em busca de respostas entre o mundo real e o Reino das Revelações, um lugar misterioso que está corrompido por um mal poderoso.
Tal qual o entalhador, o jogador também não sabe a história do protagonista, assim, relembrando os acontecimentos e avançando pouco a pouco com muitas descobertas. A partir deste plot, devemos recuperar a memória do entalhador e ajudar a combater o mal que domina o reino místico.

Esse mundo que mescla mistérios, divindades e mitologia é bem construído pelo ritmo que os acontecimentos são revelados. Sendo as revelação mostradas de forma a sempre clarificar de forma eficiente os eventos para desfazer a inicial confusão que a condição inicial do personagem pode causar. Desta forma, o enredo garante que ganchos eficientes, não surpreendentes, porém que prendem a atenção.
Entalhar e batalhar
Utilizando uma câmera fixa angulada superior, temos uma visão ampla do cenário para a realização das atividades de entalhar pedras e derrotar inimigos. As pedras são encontradas em pontos específicos do cenário, ajudando a compreender a narrativa em seus pormenores ao contar elementos das histórias. Elas não estão necessariamente nos caminhos principais, podendo requerer um pouco de exploração por caminhos alternativos bastante óbvios.
Já as batalhas funcionam no formato de arena. Ao adentrar no espaço de batalha temos as saídas bloqueadas e o confronto com os inimigos. Os inimigos são representados por criaturas da fauna local corrompidas e estão presentes cerca de 4 variedades. O número por si só não é um problema, porém se torna repetitivo por não haver chefes que não seja o final.

Com duas variedades de armas na maior parte do jogo, temos como diferenciação entre elas a velocidade do ataque e especial que a arma pode executar. No final das contas, o maior impacto que elas causam é o estilo que o jogador vai preferir jogar, pois em relação a dano não apresentam diferenciais muito significativos.
Ainda sobre as armas, temos que tomar cuidado com as melhorias e pontos de troca. Isso porque, a mudança só pode ocorrer em pontos específicos representados por uma bigorna. Uma terceira arma é disponibilizada para a batalha final, por ter seu uso limitado não foi contabilizado no parágrafo acima.

Desempenho
Por estar presente em praticamente todas as plataformas, o título apresenta naturalmente diferenças em cada uma delas, respeitando suas limitações. A principal variância ocorre entre os consoles Xbox, PlayStation e PC em contraponto ao Nintendo Switch. Visivelmente The Tale of Bistun apresenta maior polimento e definições nas plataformas inicialmente citadas.
Focando no Switch, mesmo com aparentes gargalos para trazer definições mais claras, o jogo não decepciona e proporciona uma experiência divertida e direta em relação a contar sua narrativa. Sem possuir missões secundárias, a campanha pode ser completada em cerca de 5 horas na sua dificuldade normal.
Veredito
The Tale of Bistun é um jogo interessante e que explora uma mitologia que muitas vezes é deixada de lado. Sua narrativa é consistente e direta para chamar a atenção do jogador. Sua gameplay é simples, mas funcional, carecendo apenas momentos mais marcantes de combate além do chefe final. Em relação a seu visual, ele é o que se pode esperar para um título independente sem muita personalidade.
*Chave para análise enviada para Nintendo Switch pela Black Cube Games