Se você também foi um dos haters de Titans antes mesmo da série começar, não se culpe! As fotos das gravações que tivemos acesso de fato não foram muito empolgantes.
Apesar de terem gerado diversas polêmicas, Titans foi uma agradável surpresa, por certo, a série não é perfeita, mas tem uma narrativa forte e envolvente acompanhada por um tom bem sombrio e banhado de sangue. Um ponto que já não foi tão agradável assim foram os efeitos de CGI, mas para uma primeira temporada está bem aceitável.
Um dos benefícios de se adaptar “vagamente” aos quadrinhos é poder alterar as coisas para obter as histórias mais eficazes dos eventos existentes, possibilitando encontros que até certo momento seriam impossíveis. A trama faz questão de deixar claro que a maioria de sua equipe é formada por jovens adultos que estão enfrentando seus próprios conflitos pessoais. Em nenhum lugar isso é mais claro do que com Raven (Ravena), uma adolescente que está completamente “perdida”, e não tem ideia de quem ela é no começo da série, só tendo o conhecimento que ela é “diferente” dos outros.
A série Titans faz uma mudança radical, permitindo que a personagem de Anna Diop seja mais durona e perigosa, disposta a tirar uma vida se alguém ficar no caminho das respostas que ela está procurando. Não é nada parecido com que vimos anteriormente, mas dada a história de Starfire (Estelar) como uma princesa em cativeiro, não é exatamente irracional ver um lado mais ardente dela.
Anna Diop de fato é uma ótima atriz que está fazendo seu melhor com o papel que lhe foi dado, mas o problema aqui não está com ela, e sim como a série que aparentemente decidiu ignorar a ideia de Starfire ser um alienígena por enquanto. A atuação do casting no geral não deixou a desejar, assim como os núcleos que ficaram bem amarrados com historias bem desenvolvidas. Logo no início da série temos a introdução de Hank e Dawn que assim como Dick, aparecem como super-heróis completamente formados.
Uma parte divertida sobre Titans é que a série faz o espectador ver que o Universo DC é amplo. Ao longo da trama vemos referências a personagens já conhecidos pelos os fãs e amantes de HQ’s e uma dessas principais referências é a Nuclear Family.
Em comparação com os androides que teriam poderes baseados em armas nucleares, na série o grupo sofre uma espécie de lavagem cerebral que os enfraquecem, mas essa mudança era de se esperar, já que são vilões iniciais e sem necessidade de um alto orçamento.
Geoff Johns afirmou que essas estrelas do universo DC serão mais regulares do que pensamos, fazendo com que as coisas pareçam tão grandes ou maiores que a CW, que tende a ter apenas heróis de outros programas.
Apesar dos figurinos heroicos de Dick, Hank e Dawn terem ficado excelentes, não podemos falar o mesmo dos outros personagens. Ravena, Estelar e Mutano estão parecendo mais civis do que “heróis”. Com certeza, é só uma questão de tempo antes que eles encontrem algo mais apropriado.
E por fim o episodio final nos da um excelente gancho das aparições e sobre que podemos esperar na próxima temporada.
NOTA: 4,6 / 5