Nesse filme que marca a estreia de Brie Larson (Capitã Marvel, O Quarto de Jack) como diretora nós acompanhamos a história de Kit, que após fracassar na escola de artes ela aceita um emprego entediante em um escritório, mas após um misterioso convite ela tem a chance de realizar seu grande sonho, adotar um unicórnio.
A premissa desse filme a primeira vista mostra-se bem boba e te leva a crer que será apenas mais um filme bobo, mas o longa mostra-se totalmente o oposto trazendo um assunto de grande importância, a maturidade.
O roteiro peca por ter um desenvolvimento lento e por não ter explorado de forma proveitosa atos cômicos, que poderia até mesmo ter tornado a narrativa mais fluida; já a direção não consegue deixar muito clara a proposta do filme. Em compensação, o longa conta com uma dupla de qualidade que já tem um grande entrosamento: Brie Larson e Samuel L. Jackson. Brie Larson parece bem confortável no papel de Kit, tendo em vista que a atriz tem uma grande predisposição para trabalhar com filmes que exaltem o emocional.
Logo no início nos deparamos com uma criança chamada Kit (Brie Larson) que sonha em ter um unicórnio, ama desenhar, pintar e é muito criativa, porém os anos vão se passando e Kit cresce e esse seu grande sonho ainda a acompanha.
Após Kit ter fracassado na escola de artes e retornado para casa de seus pais, ela entra em um escritório que é totalmente oposto de seu sonho. Kit se depara com pessoas adultas, sérias, vestidas com roupas sociais e que tiveram seus sonhos frustrados de alguma forma. Podemos ver que a protagonista ainda resiste a alguns aspectos da maturidade, como trabalhar até tarde, ter que vestir roupas sociais que se encaixem no padrão ou até mesmo tomar café.
A todo momento temos as cores mais frias e sérias do escritório em contraste às cores que Kit usa. Temos também os colegas de trabalho que mostram a faceta ruim de trabalhar em um ambiente corporativista, apesar do tom abobalhado.
Ao longo do filme temos “O Vendedor da Loja”, que é interpretado por Samuel L. Jackson que designa a Kit certas missões para que ela possa finalmente ter seu unicórnio. No decorrer dessas tarefas a nossa protagonista vai redescobrindo sua relação com seus pais e construindo laços de amizade com pessoas que ela se vê capaz de dividir sua visão de mundo.
Por fim, Kit era uma adulta que ainda está fortemente ligada à alegria da juventude e que resistia a certos aspectos da maturidade, mas quando ela finalmente cumpre suas tarefas e consegue enxergar o unicórnio, ela então percebe que já consegue aceitar esses aspectos da vida adulta com mais naturalidade. No final podemos perceber que a “Loja” é uma espécie de ajuda para aqueles que precisam enfrentar seus medos e deixa uma mensagem que não é necessário ter que perder sua personalidade para que você “cresça” e se torne uma pessoa madura.
NOTA: 3,2 / 5