As histórias em quadrinhos do universo de The Witcher servem como um complemento e uma extensão para este universo. Em todas as produções neste tipo de mídia, o enredo conta com a presença   do bruxo Geralt não como um protagonista, mas sim, como alguém importante em um universo que está em constante movimento. Atualmente, as histórias do lobo branco são publicadas pela editora Dark Horse Comics fora do Brasil, sendo lançadas no território tupiniquim pela Editora Pixel. Vale ressaltar que as histórias são feitas em parceria com a CD Projekt Red, assim, seguem o cânone dos jogos da franquia de forma geral.

Entre os conteúdos publicados em quadrinhos está a obra The Witcher – A Matter of Conscience, lançada em outubro de 2015, juntamente com a DLC Hearts of Stone, exclusivamente no formato digital. O formato da publicação foi em uma história curta com 29 páginas e contando com Michael Galek nos roteiros, Arkadiusz Climek e Nikodem Cabala, respectivamente, na arte e colorização.

Uma forte ligação com o jogo

O enredo de Matter of Conscience se passa no ano de 1271, após o final do cerco do Rei Henselt a cidade de Vergen e o embate final entre os bruxos Geralt e Leto (final de The witcher 2). Entre as celebres figuras da cidade está Sankia, que se revelou a todos a sua forma verdadeira, o dragão dourado Saesenthessis, a filha de Borch Três Gralhas. A região é conhecida pela convivência pacifica de humanos, elfos e anões, porém após a revelação de sua real forma muitos habitantes acabaram deixando a cidade.

Neste cenário, Saskia e o conhecido grupo de anões comandado por Yarpen Zigrin contratam Geralt para acompanha-los n a caçada um Dracotartaruga. A criatura feroz e de grande porte está em uma região importante para a cidade. Porém, se não bastasse a criatura e o cenário belicoso, a chegada do anão conhecido Barcley Els traz noticias nada boas para a cidade. Em relação a criatura, por que Saskia não volta a sua forma dragão e elimina o monstro? Bom, digamos que ela tem seus motivos.

Durante a história diversos monstros são representados, entre eles estão: Nekkers e Wayverns. Ambos são bem representados e apresentam seus comportamentos característicos, como o ataquem em grupo dos ogroides.

A mudança de tempo, Arte e Narração

Inicialmente vale comentar que a arte de toda HQ é baseada em The Witcher 2, seja na representação dos monstros e demais personagens, incluindo o bruxo Geralt que tem suas roupas como um dos sets presentes no jogo. As mudanças temporais também são caracterizadas com a ausência de colorização. Desta forma, o presente se encontra na missão do grupo, sendo representada em cores. Já o planejamento e acontecimentos passados são mostrados em branco e preto.

   

Vale ressaltar que toda a aventura é narrada pelo bardo Jaskier (ou Dandelion). Porém,  o poeta tem uma narração mais séria e cheia pesares, diferente de seu tom bem humorado habitual. Suas falas deixam a impressão de que não gostaria de contar a história como aconteceu, mas as situações correntes não permitiram fantasias mirabolantes.

Vale a pena ser lido?  

The Witcher – A Matter of Conscience é uma história bastante séria e muito ligada com a lore do segundo jogo da série. A representação dos personagens é boa e seu enredo apresenta uma seriedade condizente com a importância dos acontecimentos. Destaca-se a colocação dos dilemas morais de um bruxo frente a decisões de apoiar lados que é mostrada de uma forma rápida, mas ainda sim abordada.

De forma Geral, a história é boa e preenche uma lacuna interessante no universo de The Witcher ao mostrar mais da personagem Saskia. Os jogadores que compraram a DLC ou a versão completa do de The Witcher 3 terão acesso ao PDF da Hq nos conteúdos extras.

NOTA: 3,5/5