Desenvolvido e distribuído pela Fat Gem, Primal Light é um jogo de ação e plataforma 2D no estilo 16-bit. O protagonista é uma criatura azul chamada Krog que precisa cruzar um mundo cheio de personagens bizarros e perigosos para poder reerguer sua vila que foi dizimada por uma força do mal.

Krog é um personagem azul de tanga vermelha, quase um Tarzan alienígena.

Inspiração no passado

Logo que o jogo é iniciado fica claro as inspirações por trás dele – clássicos como Castlevania, Ghost ‘n GoblinsMegaman. A arte em 16-bit faz um belo trabalho em levar o jogador de volta aos tempos áureos dos jogos de plataforma e ação dos anos 90.

A inspiração não fica somente na arte do jogo – seus controles simples e dificuldade também são traços marcantes da gameplay. Um ponto negativo fica por conta da trilha sonora, que não é capaz de passar o mesmo impacto que seus antecessores 8-bits e 16-bits passavam.

Jogar Primal Light é como voltar no tempo e reviver os clássicos de ação e plataforma.

Mecânicas, fases e inimigos

Os controles são bem fáceis de entender, pois os comandos são simples – inicialmente com apenas pulo normal e ataque. Conforme a gameplay avança, o jogador pode encontrar algumas runas que facilitam sua jornada e acrescentam movimentos como o slide, ou habilidades como dar mais danos nos inimigos quando estiver com a vida baixa.

As fogueiras são os pontos de save e que também permitem o jogador equipar as runas desejadas – apenas duas por vez são permitidas.

Um pouco de exploração é necessário para encontrar essas runas, mas o jogo é essencialmente linear, com as fases temáticas sendo compostas basicamente de desafios que se repetem ao longo de cada uma e inimigos não muito inteligentes – nesse sentido, as fases não são muito difíceis e com apenas algumas tentativas o jogador já consegue entender como cada fase funciona e quais são as habilidades de cada inimigo.

Alguns cenários são divididos em dois caminhos, o que geralmente indica que tem algum segredo esperando para ser encontrado ali.

A variedade de inimigos é razoavelmente grande, o suficiente para gerar algum tipo de dificuldade durante a jornada, mas não o bastante para incomodar. A verdadeira dificuldade do jogo está nos chefes de cada fase.

Após algumas tentativas, o padrão dos inimigos e dos desafios de cada cenário se torna simples de entender.

Chefes

Ao fim de cada fase, o jogador encontrará um chefe. Nenhum deles é impossível de ser derrotado, mas eles possuem uma dificuldade bem mais elevada do que as suas respectivas fases.

Cada chefe tem um padrão que muitas vezes parece aleatório, exigindo mais atenção e habilidade do jogador (talvez com exceção do primeiro chefe) – e é esse o maior trunfo do game, ele desperta uma vontade de entender e derrotar cada boss. A dificuldade não está no nível dos clássicos nos quais o jogo se inspira, mas definitivamente apresenta um desafio ao jogador.

Cada chefe apresenta uma escalada de dificuldade em relação a sua fase, o que pode se apresentar como desafiador para um jogador mais desatento.

Veredito

Os últimos tempos tem trazido uma onda de games de plataforma e ação com estilo retrô, como os famosos The MessengerKatana Zero, por exemplo, e o game da Fat Gem é mais um dessa leva. Apesar disso, a história do jogo não se destaca, nem a jogabilidade ou a trilha sonora. A estética definitivamente apela para a nostalgia daqueles que passavam horas jogando os clássicos dos anos 90 e 2000, então com certeza é um jogo divertido para relembrar os velhos tempos – mas nada além disso. Primal Light está disponível para Windows, Linux e macOS via Steam.

Nota: 3,0/5,0