Platinum End é um mangá muito aclamado por todos, já que seus autores são nada mais, nada menos, que Takeshi Obata e Tsugumi Ohba, os responsáveis por Death Note (que dispensa apresentações, né?!).
A adaptação dessa obra finalmente começou, então hoje, vamos dar uma olhada em como ficou e vou dar aqui, minhas primeiras impressões sobre este primeiro episódio.
O COMEÇO
Logo de cara o anime já nos dá uma visão sobre todo o tema que a obra vai abordar, e ele faz isso de maneira direta, mostrando várias estátuas do que eles chamam de ”anjos” e mostrando um visual que é extremamente fantasioso. É interessante perceber os dizeres logo no começo do episódio – ”Todas as pessoas nasceram para serem felizes, todas as pessoas vivem para serem ainda mais felizes”.
Essa frase junto do quadro pintado, que é da família do nosso protagonista, faz um foreshadowing bem interessente com o final do episódio, onde temos a epifania do nosso protagonista.
Mirai Kakehashi, o protagonista da história, é apresentado como uma pessoa bastante reclusa e que claramente tem problemas. O anime não segura muito tempo, e não deixa o personagem ali remoendo os problemas dele, então já corre pra parte principal do episódio, a tentativa de suicídio do personagem.
LIBERDADE OU AMOR?
Após a tentativa de suicídio, Mirai é salvo por um anjo que aparentemente sabe tudo sobre a sua vida e está disposto a mudar a atual situação da vida do Mirai. Esse ponto da obra é extremamente parecido com Death Note, em questão do protagonista ser surpreendido por uma criatura e essa criatura ajudar ele, concedendo certos poderes. A infame diferença, pelo menos por enquanto, vem do fato desses poderes não terem nenhum tipo de custo ao protagonista. O Anjo faz Mirai escolher entre liberdade ou amor, sendo liberdade o poder de dar asas a ele, e o amor ser o poder de controlar o coração de qualquer pessoa, mas para isso, essa pessoa precisa ser acertada por uma flecha.
RECURSO NARRATIVO
Além de ser um dos pilares da obra, o anjo também ajuda bastante o roteiro como um todo, principalmente agora no começo. Nós acabamos conhecendo mais sobre o protagonista por falas diretas do anjo ou simplesmente por ele questionar o Mirai e ele acabar se lembrando de momentos péssimos de sua vida, como por exemplo, a principal causa de seus problemas, os seus tios. Isso poderia facilmente ser taxado de diálogo expositivo, já que o anjo faz o protagonista revelar informações bem importantes, mas também acho fácil de perdoar pelo simples fato de que, no momento, faz um completo sentido essa chuva de informações. Além do que, isso acabou poupando bastante tempo do episódio, que poderia ser gasto só explicando essas coisas.
A REVELAÇÃO
Temos então a primeira motivação para o uso dos poderes do nosso protagonista, a revelação dos culpados pela morte de seus pais. Mirai sempre teve problema com seus tios, que passaram a adotar ele depois da morte de seus pais. Porém, ele não sabia que os culpados pela morte de seus pais eram seus próprios tios, que fizeram isso por dinheiro.
Mesmo tendo sua vingança concluída praticamente sem querer, Mirai ainda se vê sem rumo algum na vida. O anjo consegue mais desculpas para ele usar os poderes, falando sobre matar os filhos de seus tios, para assim ele conseguir dinheiro e sobreviver. Com isso vem um fato muito curioso, do anjo revelar uma maneira mais simples do Mirai matar as pessoas, usando uma flecha branca, que basicamente mata qualquer pessoa instantaneamente. O assunto da flecha branca também gera a informação de que existe mais pessoas por aí, com seus anjos, e que todos estão concorrendo a chance de se tornarem o próximo ”Deus”.
O uso da flecha branca para matar pessoas causa um diálogo com bastante informações também, informações essas que não deixaram o episódio maçante ou algo do tipo, já que são simples e diretas. Então esse foi um primeiro episódio padrão mesmo, tem muita coisa pra acontecer, e claro, a gente vai ficar de olho por aqui.
Se fosse para reclamar de algo da obra, já no primeiro episódio, eu reclamaria da história mesmo. Sinceramente, um roteiro mais obscuro, envolto de vingança, onde um personagem é muito recluso, ganha poderes de deuses, e sai por aí fazendo coisas irresponsáveis, não é lá dos mais criativos…(ainda mais para os autores de Death Note, rs). Eu acho esse tipo de história bastante batida já, mas vamos ver como ela segue e descobrir se vai nos surpreender.
PRODUÇÃO
A adaptação de Platinum End ficou nas mãos do estúdio Signal.MD, estúdio esse que foi responsável pela produção de FLCL Progressive e Cider no You ni Kotoba ga Wakiagaru, um dos animes mais bonitos da Netflix. A produção no primeiro episódio até tem alguns frames bonitos e em alguns momentos a fotografia é sim bem bonita, mas é tudo muito simples na verdade, e eu sinceramente não acho que vá melhorar não. Então, infelizmente, não podemos esperar muito da produção e direção do anime. Mas claro, sempre que tiver algo relevante para falar, eu vou citar nas próximas críticas do anime.
Confira o lançamento dos episódios de Platinum End na Crunchyroll, todas as quinta-feiras. E para mais detalhes, fique de olho aqui no Mega!
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