Estamos começando a sair do início da temporada e as séries de só 12 episódios estão começando a se preocupar com um jeito de deixar sua premissa clara. E Yashahime, apesar de o planejamento seja para uma exibição de 2 cours de uma vez, significando que talvez essa temporada só termine em 2021, não tem essa preocupação mais. A premissa foi estabelecida no segundo episódio e essa semana só tivemos desenvolvimento e detalhes que acrescentaram à história.
O episódio começa de onde parou na última semana, com Setsuna e Moroha incapazes de lutar contra a Youkai centopeia que atravessou o tempo com elas, deixando o trabalho para Towa, que apesar de reconhecer o cheiro de sua irmã e de ela não ter nenhuma memória da sua infância, ainda não tem ideia dos poderes sobrenaturais que seu sangue meio-demônio lhe proporcionam.
Ela tenta atacar a Youkai para salvar sua irmã, e sua espada quebra. Towa se vê sem opções, sem poder recuar e sem poder atacar, e nessa situação de desespero, sua jóia brilha e seus poderes se manifestam em uma lâmina, que consegue atravessar a youkai, mas nada foi resolvido ainda.
Ainda conseguindo lutar, a monstra contra-ataca, dessa vez mirando a família de Towa, que não sabe exatamente como manifestou seu poder e como repeti-lo, mas baixa sua guarda e permite que Setsuna, agora com forças para lutar, desfira o golpe final. Towa tenta dizer que a reconhece e que é sua irmã mas Setsuna não tem memórias e age na defensiva. O momento de reencontro já estava sendo agridoce quando um outro yuokai que estava nas raízes da árvore eterna, e possui Towa, utilizando seus poderes.
O confronto
Setsuna finalmente entende o potencial dos poderes de Towa e começa a tratá-la como uma oponente digna. Essa luta, narrativamente, serve para mostrar o quão poderosa Setsuna se tornou e o quanto os anos de experiência combatendo monstros serviu para ela aperfeiçoar suas habilidades, mas também mostra como o poder de Towa pode ser versátil se bem treinado e bem utilizado, como foi nas mãos do yokai. O que acabou sendo poder demais, fazendo com o que o demônio desistisse de possuir Towa e fosse em direção de sua irmã adotiva, que não apresentava ameaça nenhuma, por ser só uma criança.
Setsuna usa uma de suas habilidades e faz todos dormirem, permitindo que ela exorcizasse e derrotasse o demônio. Mais tarde, elas são acolhidas pela família Higurashi, mas isso não faz com que Setsuna ainda se sinta confortável nesse novo mundo onde elas acabaram parando. Enquanto isso, no “velho mundo”, Kaede explica que Setsuna passou por um ritual de Coragem e Covardia, uma espécie de batismo de fogo, onde só o mais apto sobrevive. Moroha, por outro lado, abraçou o novo mundo como se sempre estivesse ali –e acho que já dá para concordar que é a melhor personagem-, tomando banho no chuveiro quente, aproveitando ao máximo.
No fim do episódio, Moroha acaba confrontando Setsuna sobre aceitar que Towa é realmente sua irmã, enquanto ela dorme. Setsuna conta que não consegue dormir, mas vê isso como uma praticidade, e Moroha fala que ela foi amaldiçoada por uma borboleta do mundo dos sonhos, que não a permite dormir e roubou suas memórias de infância, e ainda está no período Sengoku. Towa acaba acordando e escutando a conversa, e se culpando por ter deixado sua irmã ter sido amaldiçoada.
Esse final do episódio acabou gerando várias incógnitas para serem resolvidas nos próximos, e apesar de eu achar que o rumo que o enredo vai tomar vai ser de descobrir como fazer as meninas voltarem no tempo, para onde elas vieram, eu gostaria de ver um pouco mais delas interagindo com o tempo presente, seria uma excelente mudança de ares comparado ao romance feudal que era Inuyasha. Isso são só conjecturas, seria um desperdício perder essa oportunidade com personagens tão carismáticas, mas independente do rumo que a história tomar, eu já estou investido.