Finalmente, eu posso dizer com justiça que Yashahime é uma série que vai conquistar um lugar no coração de quem a assistir. O que no episódio passado me deixou com vontade de assistir mais, dessa vez me deixou muito mais empolgado com o desenvolvimento desse novo universo (que antes eu só imaginava por fanfics). O episódio começa com a infância de Towa e Setsuna até sua separação por um incêndio, e por um motivo não especificado ainda enviou Towa para o futuro, anos depois da época que Kagome viveu. E desde aí, a história começa a rumar para um caminho diferente do que eu estava esperando.

A história começa a mostrar como é o mundo onde Towa vive agora, e como ela tem dificuldade de se encaixar entre os humanos, construindo em volta dessa dicotomia entre pessoas fortes e fracas, e como ela não consegue encontrar pessoas fortes como ela. Em pequenos detalhes desde o jeito que ela se veste, até o quarto dela com vários aparelhos de exercício – que claramente não condizem com o físico de uma menina de 14 anos – a série deixa bem claro que existe uma outra dualidade interna em Towa, a de corresponder às expectativas de sua família de que ela seja feminina e não violenta, e dela mesma de querer se tornar mais forte, mesmo sem entender exatamente o motivo.

Towa me dá a mesma sensação que eu tinha acompanhando um protagonista como Yusuke, de YuYu Hakusho

E então voltamos no tempo para ver Moroha discutindo com outros matadores de Yokais e eventualmente Setsuna, agora uma adolescente, também procurando uma Yokai centopéia, que acaba roubando as jóias que as duas guardam e usa seus poderes para criar um portal na árvore eterna, o que causa o reencontro das irmãs depois de tantos anos, apesar de Setsuna não aparentar ter memórias de sua irmã. Towa tenta lutar contra a Yokai, mas ela é forte demais, e nesse clímax o episódio acaba, me fazendo querer que o tempo passe mais rápido para que chegue o próximo sábado e eu consiga ver o desenrolar dessa história.

Se eu já não soubesse de quem essa menina é filha, eu ia ter meu chute nesse momento.

Quando eu soube da produção dessa série, eu decidi entrar de peito aberto sem criar expectativas, para que caso fosse ruim, eu não me decepcionasse. Mas o trabalho até agora realmente tem sido muito bom. As inserções de temas novos combina muito com os antigos que agora tem uma versão moderna, e os temas são bem mais interessantes que o que eu estava esperando. E o jeito que eles ligam com a série antiga, é exatamente como eu queria: Sem mencionar exaustivamente personagens antigos, mas sempre deixando algo na personalidade das protagonistas que nos remeta aos personagens, e isso só aumenta minha empolgação.

NOTA: 4/5

Revisão: Thaís Spierr