O primeiro tempo do jogo-treino contra o Instituto Kunogi, o melhor time feminino do Japão atualmente, foi um verdadeiro desastre: Suo, a princípio a única esperança da Warabi de marcar gols, foi completamente bloqueada e o resto do time não pode fazer muito, resultando num gritante 7 a 0. Em Os Portões do Inferno, Nozomi Onda descobre o quanto o futebol feminino pode ser incrível e recupera toda sua vontade de jogar.
Farewell, My Dear Cramer EP 02 – Review
Vs. Instituto Kunogi – Segundo Tempo
Um pouco antes do segundo tempo iniciar, Nozomi vai até Soshizaki pedir para que passe a bola para ela sempre que tiver a oportunidade. Nozomi está animada e confiante de que vai conseguir marcar um gol, com a mentalidade de que não faz diferença perder de lavada ou de enxurrada e que ao menos a Warabi deveria revidar um pouco – ela sente que finalmente chegou ao futebol feminino.
Após algumas poucas jogadas, o time de Kunogi percebe que Nozomi está diferente do primeiro tempo. Os amigos dela que assistem do lado de fora até comentam que “o rei acordou”, mas, apesar das excelentes jogadas e passes dela, Shiratori, a centroavante do time, erra todas as finalizações por enfeitar demais.
O tempo continua passando e o Instituto Kunogi continua marcando mais gols, mas Nozomi não se abala e continua levantando a moral do time com suas palavras e jogadas. O técnico do time adversário, Washizu, fica muito impressionado com a habilidade que Nozomi demonstra em posse de bola, posicionamento e capacidade de passe, percebendo que ela, sozinha, está mudando o ritmo do jogo. Porém, Suo, a número 10 do time, não está acompanhando essa mudança.
O Demônio e a Estrela
Nozomi continua tentando fazer passes para Suo, que continua sendo marcada de perto pelo time adversário e não parece fazer muito esforço para conseguir passar. Soshizaki tenta confrontá-la, mas é Nozomi que realmente chama a atenção de Suo, que se explica: com o placar em 16 a 0, é inútil tentar fazer algo para revelar mais do time para as adversárias e tudo que ela está fazendo é preparar terreno para uma vitória surpresa em um próximo jogo. Nozomi fica muito irritada com esse pensamento, o que deixa Suo curiosa.
Depois de ser provocada por uma jogadora do Kunogi e se sentir diminuída por ela, Suo levanta e decide mostrar para elas o que é o verdadeiro inferno. Determinada, ela passa a correr mais rápido e se esforça para alcançar os lançamentos de Nozomi. Ela passa para Soshizaki, que acerta a trave.
O segundo tempo está quase no fim. O time do Kunogi pressiona com sua estratégia de posse de bola, porém, elas estão cansadas e acabam sendo desarmadas. Nozomi lança para Suo, que faz um cruzamento para Shiratori, mas ela acaba trombando com a goleira e a bola sobra no vazio. Nozomi entra em cena e, mesmo cercada por três jogadoras, ela mantém a posse e abre espaço para chutar, marcando o único gol da Warabi no jogo. É o início da vida de Nozomi no futebol feminino.
Veredito
Finalmente Nozomi Onda, a suposta protagonista maior da história, mostrou suas garras. Seu impacto não só em seu próprio time, mas também nas adversárias, abre caminho para um desenvolvimento que pode ser muito interessante no futuro. O enredo caminho a passos de tartaruga, mas isso pode não ser ruim, dependendo de como as coisas serão trabalhadas.
Além do enredo, a produção do anime tem um claro problema: a animação. Apesar da fluidez nos movimentos não passarem aquela impressão travada que animes de futebol geralmente tem, os detalhes deixam a desejar: cabelos atravessando olhos, rostos que conseguem apagar a grade ao seu redor, entre outras pequenas coisas que, no conjunto, desagradam. Não parece que a Liden Films está conseguindo trabalhar com calma no projeto.
No mais, o anime consegue ser divertido, apesar de lento, com bastante insight para quem curte futebol. Esperamos que a qualidade da animação melhore nos próximos episódios para que possamos aproveitar melhor.
Farewell, My Dear Cramer tem episódio novo todo domingo, na Crunchyroll.