Após o baque da primeira partida oficial, o torneio continua e a permanência do time da Warabi depende unicamente de suas vitórias. Em O Passado Não Some, a fase eliminatória termina de uma forma boa para Nozomi e suas colegas de time, que também acabam aprendendo mais sobre o passado do Treinador Fukatsu.

Farewell, My Dear Cramer EP 07 | Crítica

Final da fase eliminatória

O episódio começa com uma partida de softball que acontece durante a aula de Educação Física. Shiratori está dominando a partida com lançamentos impressionantes, e descobrimos que ela é extremamente talentosa em todos os esportes – menos futebol. Ela foi a responsável pelos gols do time durante o segundo jogo contra o Colégio Misato, que terminou em 3 a 1 para a Warabi.

Nozomi, que não pôde jogar, tenta se vingar de Shiratori, já que a centroavante implicou muito com ela. Nozomi então rebate um dos lançamentos de Shiratori com um chute certeiro, mas acaba machucando a perna – tudo isso antes da terceira partida da Warabi, decisiva para sua classificação.

Já durante a partida, que dessa vez é contra o Kotasashi Seirin, tudo está empatado e Nozomi não consegue jogar direito devido sua lesão, que ela escondeu dos técnicos para não ser tirada da partida. Fukatsu percebe que ela está machucada, mas ao invés de substituí-la, a chama para uma conversa e a deixa fazer uma última jogada para que ela não se arrependesse.

Inspirada pela situação de Franz Beckenbauer na Copa do Mundo de 1970, onde ele optou por continuar em campo apoiando o time mesmo com um ombro deslocado, Nozomi faz um último passe preciso para Shiratori marcar o gol da vitória da Warabi por 5 a 4, classificando o time para a próxima fase do torneio.

Shiratori e Soshizaki durante a partida contra a Kotashi Seirin.

O passado de Fukatsu

No dia seguinte ao jogo, o time da Warabi sai para treinar no campo próximo ao rio e, no caminho, percebem que estão sendo seguidas por um homem suspeito. Elas bolam um plano rápido e o capturam.

Quando a confusão está instaurada na rua, Fukatsu aparece e percebe que o homem suspeito é na verdade seu antigo colega de seleção, Kazuo Takahagi, um grande lateral esquerdo da seleção japonesa e conhecido internacionalmente. Ele aproveita o tempo com o time da Warabi para ajudá-las um pouco no treinamento.

Ao fim do dia, Takahagi se senta ao lado de Fukatsu e acaba lhe dizendo as garotas do time tem potencial mas que a presença de Fukatsu no time só atrapalharia seu desenvolvimento. Concordando com o colega, ele decide ir embora.

Takahagi pede para as garotas o acompanharem até a estação e aproveita para lhes contar como conheceu Fukatsu: nas divisões de base da seleção japonesa, Fukatsu era considerado o próximo gênio do país, sendo comparado ao jogador espanhol Xavi, muito respeitado por seus companheiros e um líder em campo. Porém, em um treinamento ele acabou machucando seriamente sua perna e foi obrigado a se aposentar muito novo.

Vendo sua carreira ir por água abaixo, Fukatsu decidiu se tornar treinador, mas seu método não foi aceito no clube e ele acabou sendo demitido, perdendo a esperança no futebol. Porém, Takahagi enxerga a possibilidade de Fukatsu ser curado pelas meninas da Warabi, que tem um grande potencial e acreditam em seu treinador. Com isso, Takahagi vai embora, deixando as garotas inspiradas para continuarem sua jornada – no seu caminho está o poderoso time da Urawa Hosei.

Takahagi quando ainda era jogador de futebol profissional.

Veredito

Mais uma vez Farewell, My Dear Cramer optou por apenas contar os resultados dos jogos, sem mostrá-los na íntegra. Novamente, esse tipo de escolha não passa a sensação de importância para as partidas – muito pelo contrário, elas passam a não significar nada mais que números. Preferir dar ênfase em uma partida amistosa de softball na aula de educação física ao invés das partidas que são a estrada para o sonho das personagens é uma escolha no mínimo inusitada.

Por outro lado, o aprofundamento no passado do treinador Fukatsu foi bastante interessante: ver ele pelos olhos de alguém que o admira e saber que ele já foi muito mais do que um cara rabugento acrescenta na profundidade de seu personagem. É um bom e confortável clichê que foi muito bem executado.

Já na parte da animação, podemos perceber que a qualidade continua baixíssima, o que dá a entender que esse será o padrão do anime até o seu fim e que nada será feito para melhorá-lo – ao menos, é o que parece. Curioso para saber se a animação do filme que adaptará Sayonara, Football será do mesmo nível.

Farewell, My Dear Cramer tem novo episódio todo domingo, na Crunchyroll.