[ENTREVISTA] “Muitos personagens da Marvel aparecerão” afirma desenvolvedor – A convite da Square Enix, O Megascópio foi convidado para entrevistar o Patrick Fortier, Senior Gameplay Director e Jean-François Dugas, Senior Creative Director, do jogo Guardians of the Galaxy. Confira abaixo a entrevista:
[Thai] Olá, pessoal! Primeiramente gostaria de dar os parabéns pela DEMO, me diverti bastante com o capítulo 5 e com as músicas. E por falar nelas, como foi o processo de seleção de músicas licenciadas, até porque temos vários hits conhecidos mundialmente. Há alguma música em particular que vocês acharam essencial ter no jogo?
Jean-François Dugas: Bem, quando começamos a desenvolver o jogo, definitivamente sabíamos que a música teria um papel super importante na trama, mas não sabíamos exatamente como. E em algum momento percebemos que teríamos que licenciar algumas músicas porque Peter é uma criança dos anos 80, eu acho que precisamos “capturar” essa era. Então, de certa forma, sabíamos que queríamos que a música desempenhasse um papel importante na jogabilidade. Então esse foi o primeiro passo: “Ok, anos 80.”
Nós fomos assistir alguns vídeos no YouTube, escutar essas músicas, e nós estávamos tentando não selecionar apenas um gênero. E ele (Peter) deveria ter também aquelas músicas que você não conhece ou não lembra, como um: “Meu Deus, não ouço isso há muito tempo. Isso foi tão bom!”.
Então queríamos que atingisse um ponto emocional que fosse gratificante. Mas, ao mesmo tempo, as músicas, as letras e a vibração que precisavam ser também para nos ajudar a contar nossa história no jogo. Toda vez que estávamos assistindo, às vezes tínhamos escutávamos músicas que estávamos tipo, “OK, adoraríamos ter essa. Mas, porque? E a letra? Eles nem sequer falam sobre algo que estamos tentando alcançar na trama do jogo”. Então não pegamos algumas por causa disso. Queríamos realmente imergir jogadores além de apenas, “oh, é um tipo legal de música”. E o próximo passo foi ir para as aprovações para obter essas músicas, a logística…, ah a logística! Foi outro pesadelo por si só. Mas posso dizer que temos a maioria das músicas que queríamos!
[Thai] No capítulo 5 não tivemos a oportunidade de ver outros inimigos (além dos Nova Corps), mas pudemos ver alguns desses “combat puzzels” quando tivemos que destruir os arcos que seguram a Milano. Podemos esperar mais batalhas desse tipo?
Patrick Fortier : Sim! Esse é um combate baseado principalmente em um objetivo enquanto a luta está ocorrendo, é uma das ferramentas que tínhamos em nosso arsenal para o combate. Mas no geral, nós fomos super centrados em como desenvolvemos os capítulos. Então alguns são mais longos, as cenas são mais curtas, às vezes um pouco mais de combate ou até mesmo mais elementos sociais para contar mais da história. É um jogo muito narrativo e está cheio desses momentos, às vezes eles são muito baseados em jogabilidade e às vezes eles são baseados em história, e todos esses momentos fazem com que você deva interagir com a situação para saber o que vai ocorrer a seguir.
Quanto aos inimigos, aqui temos os Nova Corps e depois enquanto exploramos alguns outros planetas, temos alguns quadrúpedes e monstros rastreadores e coisas assustadoras que fazem sentido para esses planetas particulares à medida que a história evolui. Há muita variedade de inimigos e ambientes.
Jean-François Dugas: Também ajuda a justificar em alguns lugares que você terá outros objetivos baseados em diferentes ações, você vai estar lutando e terá que tentar alcançar outra coisa ao mesmo tempo. Nós realmente fomos muito orgânicos, você pode esperar outros momentos como esse.
[Thai] O combate neste jogo é muito dinâmico e te dá a oportunidade de combinar diferentes combos. Qual foi a maior dificuldade durante a criação desse sistema? Até porque temos muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo.
Patrick Fortier: *muitas gargalhadas* Ele está rindo de mim porque a resposta é tudo!
Jean-François Dugas: *muitas gargalhadas*
Patrick Fortier: Mas o mais importante é ter tantos personagens na sua equipe! Queríamos que os Guardians estivessem cientes do que estavam fazendo e também pensando na equipe.
E então mecanicamente falando, o Star-Lord é um personagem ranger, e não queríamos deixar a Gamora e o Drax como apenas mais um personagem no campo. Então construímos arenas elaboradas que podem fazer você ficar muito envolvido ou não, e se caso você não for auxiliar o time, a situação começa a ficar um pouco caótica.
Marvel’s Guardians of the Galaxy | Primeiras Impressões Hands-On
É possível de uma maneira simples acessar todos os Guardians e você é lembrado quando eles estão disponíveis para utilizar os combos. Você pode analisar o campo de batalha, tomar um fôlego e então acionar algum para ter um efeito imediato.
Sabíamos que teríamos que criar tipos de ambientes e coreografias e em seguida, criar todas as demais ações como os “especiais” e combos variados (automáticos e os manuais). Não queríamos ter muita microgestão da parte dos jogadores porque ainda queremos que esses personagens “sejam vivos”, mas que também seja necessário que você os utilize para sobreviver.
Jean-François Dugas: Quando você está na nave é a mesma coisa, como vamos mantê-los vivos? Como fazemos os jogadores se sentirem engajados com eles constantemente? Nós começamos a encontrar personagens onde temos discussões maiores. Como fazemos isso com os Guardiões? Não é só sobre O Star-Lord? E essas eram todas as coisas que precisávamos descobrir o todo o tempo. Então isso foi um monte de tentativas para alcançar esse resultado.
[Thai] Por último, mas não menos importante, podemos ver que vocês inseriram muitas referências de quadrinhos. Com isso em mente, como um jogo singleplayer, podemos esperar enfrentar mais de um vilão conhecido dos quadrinhos?
Jean-François Dugas: Ah, ahá! *muitas gargalhadas* Então… minha resposta é sim. Eu odeio quando eu vou ver um filme e já sei tudo sobre ele antes de vê-lo. E com o nosso game, acredito que temos um tipo de experiência muito divertida, ousada e cheia de arte que oscila entre humor e momentos mais tristes ou dramáticos – com um monte de reviravoltas.
Respondendo a sua pergunta, sim. Mas acho que esse prazer você terá quando jogar. Eu acho que podemos dizer que certamente nós nos divertimos muito moldando o Universo Marvel, e Guardians será o tipo de jogo que vai fazer valer a pena o tempo que você passou explorando. Quando você fala com os personagens ou encontra objetos, dá para perceber várias referências. Os fãs que realmente conhecem o Universo Marvel vão ver um monte de referências e serão capazes de fazer algumas conexões. Muitos personagens da Marvel aparecerão.
[Thai] Obrigada pela entrevista pessoal, gostariam de deixar algum recado para os leitores d’O Megascópio?
Jean-François Dugas: Bom, Guardians of the Galaxy estará disponível no dia 26 de outubro. Se você gosta de um jogo narrativo de aventura e com muito humor… um jogo bom uma vibe positiva, esse jogo é para você!
Marvel’s Guardians of the Galaxy estará disponível nos consoles PlayStation5, PlayStation4, Xbox Series X | S e Xbox One, no PC em 26 de outubro de 2021. Versão para Nintendo Switch também será lançada em 26 de outubro em regiões selecionadas. Confira também: