Com o lançamento de Naruto X Boruto Ultimate Ninja Storm Connections no último dia 17, a franquia Naruto está, novamente, nos holofotes no mundo dos games.
Para continuarmos no clima do novo jogo, a equipe d’O Mega foi atrás de dois jogos menos conhecidos da franquia que não foram produzidos pela CyberConnect2, estúdio que trabalha nos games desde o início da série Ultimate Ninja no Playstation 2; mas sim pela Ubisoft Montreal, empresa responsável por franquias como Far Cry e Assassin’s Creed.
Ao invés de ser mais dois simuladores de luta baseado na série, os games da Ubisoft seguiram uma linha diferente, propondo aos fãs uma revisita à história em jogos de mundo semiaberto com missões, minigames, exploração e mais.
Então vem com a gente conhecer – ou talvez relembrar – os exclusivos de Xbox 360 Naruto: Rise of a Ninja e The Broken Bond.
Naruto: Rise of a Ninja
Lançado em 2007, Rise of a Ninja foi o primeiro game a trabalhar o mundo de Naruto nesta fórmula proposta pela Ubisoft. A história do game seguia de forma mais lenta, levando seu tempo para explorar situações como a relação de Naruto e Iruka, algo pouco feito nos jogos da franquia, indo até a batalha entre Naruto e Gaara no clássico.
Em termos de gameplay, os jogadores podiam explorar a vila de Konoha e seus arredores, indo atrás de missões, de itens, segredos, participar de minigames e mais. Além disso, o game logicamente também contava com momentos de lutas, mas feitos com mudanças significativas na lógica da franquia até então.
Apesar de não ser exatamente profundo, o sistema de combate recriava os selos de mão usados pelos personagens no anime através dos botões do controle ou mesmo dos direcionais, que poderiam ser usados em sentidos diferentes para criar diferentes selos.
Ao realizar esses selos, os jogadores poderiam carregar o chakra dos personagens para realizar os jutsus: esse sistema também levava tempo, fazendo com que os jogadores pensassem bem sobre o melhor momento para tentar um jutsu sem ser impedido pelo oponente.
Rise of a Ninja apresenta uma ideia de gameplay extremamente original, mesmo nos padrões de hoje, se mantendo fiel ao material fonte e oferecendo formas de imersão para os jogadores muito bem feitas – coisa que só melhoraria com sua sequência.
Naruto: The Broken Bond
Como era padrão na época, a Ubisoft não levou muito tempo para lançar a sequência de Rise of a Ninja: em 2008, Naruto: The Broken Bond chegou ao mercado para continuar a história do game anterior e melhorar suas mecânicas.
Continuando de onde seu antecessor parou, a história de The Broken Bond começa no duelo entre Orochimaru e o Terceiro Hokage, indo até o resgate de Sasuke. Devido a quantidade de arcos que o game cobriu e os locais onde eles se passam, a Ubisoft pôde aumentar mais o escopo do game, introduzindo mapas muito maiores e indo além de Konoha e seus arredores.
A história permite aos jogadores levarem um grupo com diferentes personagens, o que fazia com que a exploração fosse pautada pelas diferentes habilidades de cada um, mudando as interações com enigmas, minigames e a exploração no geral.
Quando falamos das lutas, a principal mudança está nas batalhas em equipe, que leva muito em consideração os arcos apresentados durante o game. Além disso, houve uma restrição no uso dos jutsus, visando diminuir sua utilização durantes os combates – a ideia era que os jutsus deveriam ser algo que definisse a luta ao invés de pautá-la completamente.
Presos no tempo
Assim como um número gigantesco de jogos antigos, Rise of a Ninja e The Broken Bond estão presos no seu console original, o Xbox 360, já que os games não fazem parte da retrocompatibilidade que a Microsoft emprega no Xbox One e no Series X|S. Portanto, para ter acesso aos jogos, é necessário ter um 360 que funcione, além dos próprios jogos em mídia física.
Essa dificuldade de acesso aos games é uma perda para o público, que não pode rejogar ou mesmo conhecer games tão originais quanto esses, que fogem da fórmula Ultimate Ninja que reina nos dias atuais. Seria muito interessante, por exemplo, ver o público comparar a forma como Rise of a Ninja e The Broken Bond lidam com a história do game em relação ao novo Connections que, como falamos em nossa crítica, tem sérios problemas na construção de um modo offline convincente.
Não sabemos se a Ubisoft ou a Microsoft tem algum tipo de plano para esses jogos ou mesmo se as empresas lembram que eles existem de fato – tudo que podemos esperar é que talvez, um dia, eles possam retornar aos holofotes de alguma forma que seja benéfica para o consumidor.
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