A franquia The Last of Us, desenvolvida pela Naugthy Dog, viu a luz dia pela primeira vez em 2013 ainda no PlayStation 3. Desde de então, ela foi considerado um grande sucesso, recebendo sequencia e inúmeros relançamentos (para os consoles e PC). Além disso, o game não se limitou em seu nicho, assim, se expandiu para outras mídias ao ganhar adaptação em série televisiva pela HBO.

Entretanto, estamos em um ponto crítico, pois após tantos anos será que já não se esgotou a eficiência de lançamento?  Qual é o limite para remasterizar um título e sua sequencia em um curto espaço de tempo?

The Last of Us

Confira a cronologia de lançamentos do game para as plataformas da Sony:

  • The Last of Us (PS3) – 2013
  • The Last of Us Remastered (PS4) – 2014
  • The Last of Us Part II (PS4) – 2020
  • The Last of Us Part II (PS5) – 2021
  • The Last of Us Part I (PS5) – 2022
  • TLOU Part II Remstered (PS5) – 2024
  • The Last of Us Complete (PS5) – 2025

Primeiramente, é interessante abordar o tópico de quando um remaster/remake é necessário. Normalmente eles se justificam bem quando há um salto geracional considerável, por exemplo do que vimos do PS1 para PS2 e de forma mais sútil – mas ainda sim impactante – do PS3 para o PS4. A partir do PS4 e PS5, as mudanças visuais não foram significativas o suficiente para um grande salto, proporcionando melhores de desempenho, mas bem mais sutis que as transições anteriormente comentadas.

Dito isso, acho que fica claro que remsterizar um jogo lançado em 2013 para PS3 focando no PS5 pode fazer sentido, mas e quando falamos em uma diferença de apenas 3 anos? Pois é justamente o que acontece com a Part II, que foi lançada em 2021 para PS5 e ganhou uma “versão melhorada” logo em 2024. Essas decisões parecem mais uma muleta para suprir a falta de first party após decisões executivas desastrosas sobre os jogos GAAS.

The Last of Us online

O que se estenderem para além de decisões feitas para encobrir péssimas decisões de engravatados é a falta de respeito com o consumidor. Uma empresa não é ONG, então o lucro faz parte e é esperado. Porém, tratar consumidor como idiota é o segredo para cair aos poucos e abre espaço para serviços melhores e mais competitivos. Por exemplo, a falta de respeito pode ser vista na venda de melhorias nas versões entre consoles. O patch pode mudar o visual, mas trata-se de um conteúdo que poderia ser adicionado para quem já possuía a versão anterior.

Mas é isso … parece que a “casa dos exclusivos” se tornou mesmo a casa dos remster/remake e ficou presa na glória de lançamentos antigos. Aos consumidores: caso queiram, comprem logo sua versão de TLOUs antes que a empresa tire as versões mais baratas e deixe somente a nova e mais cara tal qual fez com Horizon Zero Dwan.