No dia 27 de março, ocorreu de forma surpresa a transmissão de uma Nintendo Direct. O evento surpreendeu os jogadores, pois já estava agendado uma Direct para abril, dedicado a detalhes do Nintendo Switch 2. A transmissão surpresa teve como objetivo apresentar os jogos que serão lançados ainda este ano para a plataforma, bem como o Virtual Game Card, que mostrou de forma clara como funcionará a retro compatibilidade com os dois hardwares da empresa.

Sendo um dos recursos bastante aguardados para os jogadores da Nintendo, a retro compatibilidade é extremamente importante. Isso porque, permite que os jogos comprados na geração atual não sejam perdidos, o que traria uma perda financeira para os jogadores e também para a própria história dos videogames. Quantos não são os jogos que ficaram presos a uma única plataforma e após descontinuada não puderam ser jogados novamente?

Dado este panorama, vamos adentrar ao ponto principal: como será a retro compatibilidade do Switch com o Switch 2? Os cartões serão compatíveis? Como os jogos digitais serão utilizados? Abordaremos estes tópicos separadamente. Os tópicos abordados foram mostrados no trailer do recurso.

Cartuchos compatíveis?

Como era de se esperar, a utilização de cartuchos de jogos irá ocorrer da mesma forma que o empréstimo de cds e dvds. Assim, para os donos de Nintendo Switch, basta pegar o jogo e colocá-lo em seu console. Da forma com que foi mostrado a sua utilização não estará vinculada a contas, o que remove barreiras como estar em um grupo de família e permitindo a utilização por terceiros.

Virtual Game Card - 1

O funcionamento do digital

A versão digital dos jogos é a que mais sofrerá mudanças, pois as modificações serão aplicadas ainda ao Nintendo Switch, tornando-o praticamente pareado ao Switch 2 em questão de sistema. Entre as modificações mais visíveis está na exibição dos jogos vinculados a conta e a transformação do jogo em Virtual Game Card.

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A forma com que vemos os títulos vinculados a nossa conta será alterada, ganhando um ícone na barra inferior da tela principal. Com os jogos digitais representados como cartucho, haverá um indicativo de qual console está com a posse do jogo. No caso de um jogador que tem mais de um console será necessário parear os aparelhos uma vez para então jogos adquiridos em um possa ser passado para o outro.

Já no caso de contas família, o dono do jogo também deverá parear os aparelhos, podendo transferir temporariamente o título. Quem for jogar o game digital “emprestado” terá até 14 dias, pois passado este período ele retornará ao seu dono. Também é destacado que após emprestar o jogo ficará indisponível para novos empréstimos até a devolução.

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Opinião

Ao anunciar e detalhar o recurso Virtual Game Card a Nintendo consolida o literal empréstimo de jogos digitais. Mesmo que limitado a pessoas próximas – como mostra o trailer por exigir conexão na mesma rede wi-fi e sincronização de consoles – seu método difere tanto da forma feita pela Microsoft e Sony.

Enquanto que as contas Xbox e PlayStation podem ser usadas de forma primária e secundária, assim, permitindo o acesso aos jogos alocados nelas de forma compartilhada e simultânea, a Nintendo limita o aspecto simultâneo. Da mesma forma, a utilização de mais de um aparelho pelo mesmo jogador implica na mudança física de um jogo digital em uma mesma conta.

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Pelo ponto de vista mercadológico, a decisão é boa e bem pensada, já que os jogos emprestados não serão acionados por duas pessoas ao mesmo tempo e talvez impulsionando a compra após o empréstimo. Porém, a aplicação de limitações deste tipo a produtos que podem ser simplesmente removidos caso as empresas queiram, tomando Concord como exemplo, mostra a fragilidade da situação do jogador frente a preços exorbitantes.