Babylon’s Fall | Crítica – É, parece que não foi dessa vez que a Square Enix acertou. Apesar do jogo ter sido produzido também pela PlatinumGames, Babylon’s Fall está longe de ser inovador ou majestoso como foi prometido.

Nesse game depois que os Babylonians morreram, apenas a grande torre “The Ziggurat” permaneceu. Agora um novo império surgiu para para pilhar suas ruínas e descobrir seus tesouros. O Império Domitinian construiu uma nova cidade ao pé da torre, chamada Neo Babylon, onde eles enviam soldados sobre-humanos chamados Sentinelas para explorar os locais.

Apesar de uma premissa peculiar e com potencial, o jogo não faz questão de explora-la e traz uma proposta de campanha por andares cansativa que pode ser finalizada de forma solo ou online – se você conseguir encontrar outros jogadores jogando o jogo.

Babylon's Fall Crítica

A premissa

Obcecados com o lendário tesouro, eles enviam esses grupos de escavação aos locais para descobrir os tesouros. Os jogadores junto com outros sentinelas, usando a força do Gideon Coffin, uma relíquia que concede aos poucos sobreviventes poderes incomparáveis, agora tem que explorar essas diversas fases.

Não foi dessa vez, Sentinela!

O jogo se inicia após a criação do seu personagem onde é possível selecionar uma raça. Além disso determinar o seu tipo de arma inicial, o jogo oferece um total de 3 raças, são elas: Huysian (Espada), Agavian (Martelo) e Geleilion (Arco).

Durante a criação do personagem é possível se iludir com a beleza do menu e sua estética medieval com pinceladas, mas infelizmente os pontos positivos param assim quando o jogo se inicia.

O jogador imediatamente é levado para um barco onde é obrigado a assistir uma cena horripilante -e não é nem pelo fato de você ser uma cobaia/escravo naquele momento- onde o seu personagem tem o primeiro contato com o chamado Gideon Coffin, o poder sobrenatural que paira aquele mundo.

Você pode estar até se perguntando nesse momento se as coisas ocorrem rapidamente desse jeito que eu estou relatando, e minha resposta para isso é: sim! Infelizmente o jogo não soube aproveitar a sua proposta de uma forma ambiciosa e entregou um jogo que certamente dará novas dores de cabeça para a Square Enix.

Babylon's Fall Crítica

Babylon’s é memorável… não de um jeito bom

Desde o início de sua divulgação é dito que Babylon’s traria uma proposta diferente de design e marcaria a vida dos jogadores pela sua “diferença estética”, pois de fato marcou, e não foi nem um pouco positivamente.

O jogo mira em uma estética com uma proposta de design de pintura a óleo, mas acaba acertando uma estética preguiçosa e muito semelhante aos jogos de PlayStation 2 com cenários inacabados, personagens pouco carismáticos com feições “quadradas” e que as vezes lembram a Kitty Pryde com suas roupas atravessando as pessoas ou até mesmo o chão.

Perdeu a chance de explorar o potencial de uma trama que se apresentou ser bem curiosa, mas pelo modelo proposto de “andares” a historia acaba não tendo relevância e entrega o mais do mesmo em seus diversos andares.

Algo de bom?

Se tem algo que se salva em Babylon’s Fall é certamente a trilha sonora que pode te manter com o jogo aberto no menu ou talvez na estalagem para apreciar uma boa trilha épica e um folk medieval.

E por falar em estalagem, após as missões somos sempre levados de volta para esse local para falar com a Sylvi e o Gallagher -que tem diálogos extremamente convenientes- , algo que se torna repetitivo e cansativo.

Logo no início da sua jornada como Sentinela é perceptível o quanto o jogo é desinteressante e não faz a mínima questão de criar um vínculo emocional entre jogador e personagens fixos daquela trama. Tudo ainda se torna mais cansativo quando você está sozinho e percebe que as missões se resumem apenas a luta de andares.

Babylon's Fall

No jogo é possível que você também encontre massivamente os mesmos designs de inimigos, ou seja, nada de muita pluralidade por aqui! E isso também se estende para os cenários, que são andares extremamente parecidos e um tanto quanto preguiçosos, já que todos parecem ser um só.

O jogo tem uma premissa de ser um “multijogador online cooperativo para até 4 jogadores”, mas boa sorte na missão de achar uma pluralidade grande de players para jogar ao seu lado.

Com uma jogabilidade pouco ambiciosa, enquanto os jogadores escalam fortalezas utilizando o poder do Gideon Coffin -que literalmente permite que o jogador termine uma batalha apenas com dois botões sem ter que pensar muito- você deve explorar diversos tesouros espalhados nos mapas.

A sua estrutura de missão consiste em passar por diversas arenas coletando tesouros e derrotando inimigos quase sempre iguais para retornar ao ponto de partida para se inscrever em uma nova missão.

Já dizia o mito fundador…

Assim como o conhecido mito fundador da Torre de Babel, Babylon’s Fall tenta inovar e fazer algo grandioso, mas se perde em sua própria construção e esquece do seu principal alicerce, um elemento atrativo que capte jogadores.

Apesar da palavra grandeza estar bastante enraizada na lore e no material promocional do jogo, infelizmente não vemos nada de excepcional ou majestoso em Babylon’s Fall. O game de fato é memorável e não de um jeito positivo. Além disso, vale frisar que Babylon’s Fall não é um jogo acessível para pessoas PCD.

Key: cedida pela Square Enix

REVER GERAL
Mecânicas de Combate
Design
Trilha Sonora
Enredo
Direção
Thai Spierr
Crítica, criadora de chocobo e consumidora de animes e games em tempo integral. Especialista em estudos sobre acessibilidade e classificação etária em jogos
babylons-fall-criticaAssim como o conhecido mito fundador da Torre de Babel, Babylon's Fall tenta inovar e fazer algo grandioso, mas se perde em sua própria construção e esquece do seu principal alicerce, um elemento atrativo que capte jogadores.