Lançado em dezembro de 2020, o game Call of The Sea foi desenvolvido pelo estúdio Out of the Blue Games S.L. e distribuído pela Raw Fury, chegando para as plataformas PC, Xbox One e Xbox Series X|S. O jogo usa premissas e referencias do horror cósmico de uma forma leve e divertida, colocando puzzles acessíveis e muita exploração. 

Seu enredo é bastante simples, misterioso e se desenvolve bem ao longo das fases. O game tem inicio com a protagonista, chamada Norah, indo para uma ilha misteriosa em busca de Harry, seu marido. Ele, um experiente explorador, foi a ilha junto com sua equipe em busca da cura para a misteriosa doença  de sua esposa. Porém, após algum tempo ele não mandou mais cartas e aparentemente algo deu errado. Chegando na ilha, Norah se depara com uma cultura antiga, mostrada em murais, e se depara com parte de sua própria história.

Call of The Sea - 1

Gameplay 

Durante toda gameplay as variedades de ações realizadas pela personagem podem ser consideradas pequenas, pois iremos explorar e resolver quebra-cabeças baseados nas informações dos ambientes. A descoberta de elementos importantes para as resoluções são registradas  no diário, assim, podendo ser consultada a qualquer momento. Além disso, a personagem também possui o livro de registros, onde fica armazena das informações sobre a história que encontramos em documentos, painéis ou outros itens no ambiente.

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Muitas referencias

Como já dito anteriormente, o universo criado por H. P. Lovecraft tem muita influencia nos elementos do jogo. Entretanto, podemos estender essas referencias como sendo a base fundamental do jogo, pois encontramos informações suficientes que vão desde pequenos easter eggs até elementos que formam a cultura do povo da ilha. 

Em relação aos “pequenos detalhes”, temos a importância da música na história, mostrada repetidas vezes com uma caixa que pertencia a protagonista. O fator da música se consolida ao encontrarmos quando Norah se depara com um disco do músico Erich Zann, que os leitores podem identificar como o misterioso protagonista do conto “A música de Erich Zann”. Já o fator cultural se liga ao universo do horror cósmico com o fato da cultura local ser devota a Dagon, originário do de mesmo nome. Inclusive, em uma das fases temos clara visão da entidade.  

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Veredito

Call of The Sea é um jogo simpático, com uma boa trilha sonora e com puzzles com média dificuldade para resolução. Seu visual é bonito e sua história desperta a curiosidade do jogador, fazendo muitas referencias ao universo do horror cósmico de H. P. Lovecraft. Trabalhando com este universo que costuma ser denso e sombrio, o jogo opta por ameniza  o clima pesado ao focar em cenários diurnos e pensamentos esperançosos da protagonista. Os momentos em que a parte mais sombria é evocada são mais intensos, mesmo assim, eles mantém o clima mais ameno proposto para o jogo.

REVER GERAL
Enredo
Gameplay
Gráfico
Trilha sonora
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
call-of-the-sea-e-um-horror-espacial-light-criticaO jogo desperta a curiosidade com um enredo misterioso e que é bem desenvolvido. A gameplay é simples e desafiadora, porém bem funcional para o que se propõe. Com uma dificuldade balanceada, a resolução dos puzzles exige exploração sem ser mirabolante ou impossível.