Bunny Battle Nemesis foi lançado para Xbox One e Xbox Series X|S em setembro de 2024, sendo desenvolvido e publicado pelo DCF Studios. O game tenta abordar toda sua ambientação de forma cômica e traz em sua essência o que se pode esperar de beat ‘em ups: ação e pancadaria com personagens para lá de peculiares. Mas será que toda essa mistura deu certo?

Vem conferir nossa análise para ficar por dentro do jogo!

História?

Pegando desde sua descrição, sua linha narrativa já fica bastante vaga, sendo colocada como: “Ficção científica, coelhos sanguinários e os poderes de uma Deusa ao seu dispor! Este é Bunny Battle Nemesis. Experimente ação intensa, explosões e caos enquanto defende o Reino dos Leporídeos da destruição iminente.”. Durante toda a gameplay entramos e saímos do game sem incrementar muito mais do que a descrição oferece.

Quando falamos de beat ‘em ups isso não é necessariamente um problema. Porém, se pegarmos outros jogos do gênero como Capitão Commando, Battletoads e Double Dragon, temos uma estrutura que pode não incrementar, mas cria uma sensação de início, meio e fim com os eventos que se desenrolam. Em Bunny Battle Nemesis isso não acontece e parece ser apenas um amontoado de fases que pode ser escolhido a partir de uma lista de canários templates.

Assim como base da narrativa, seus personagens trazem detalhes peculiares, mas se mostram bastante sem sal pelo contexto em que são colocados. Tentando buscar o impacto pela fofura que coelhos apresentam em um imaginário coletivo e a forma grotesca de suas representações no game, o título contrapõe tal visão e adiciona mais violência, mas para no meio do caminho e não atinge a ambientação desejada pelos contrapontos abordados.

Bunny Battle Nemesis -2
Reprodução/DCF Studios

Cenário x Gameplay

Um ponto que é funcional nos personagens são suas classes. Cada um deles apresenta características diferentes e podem ter seus atributos melhorados a partir de pontos obtidos nas fases. Neste aspecto, cada um deles apresenta gameplays distintos e que tornam diferentes a experiência na jogatina ao contar com ritmo de ataques diferentes e variados alcances de poderes.

A gameplay é responsiva e funciona bem, porém a estrutura dos cenários podem confundir ao apresentar uma profundidade que não distingue bem suas dimensões e as animações parecem bastante engessadas. Assim, fazendo com que o jogador não consiga saber ao certo em que posição os inimigos se localizam. Ainda sobre os cenários, tal qual os menus do jogo, parecem uma série de templates que apresentam alguma diferenciação entre si, mas muito básica.

Bunny Battle Nemesis - 1
Reprodução/DCF Studios

Sobre os inimigos não há muito o que falar, pois são bastante repetitivos e os que são adicionados no meio de uma fase se mostram uma versão reforçada de algum anteriormente enfrentado. A questão da repetição também acontece com os chefes, ou melhor, a chefe do jogo. Isso porque ao final de cada fase enfrentamos basicamente o mesmo chefe, mas com equipamentos diferentes.

Assim como foi dito sobre a questão de narrativas em beat ‘em ups, a questão da repetição do chefe também não é necessariamente um problema. O que incomoda é que a mecânica para derrotá-la é sempre a mesma. Juntamente com outras repetições e elementos que parecem template é criado um contexto em que o loop de gameplay se torna repetitivo e enjoativo muito antes de liberar todas as fases.

Boss
Reprodução/DCF Studios

Veredito

Bunny Battle Nemesis é repetitivo e ao tentar mesclar o contraste do imaginário coletivo de coelho com uma representação bizarra e violência, atinge apenas uma estranheza que para no meio do caminho. Tanto seus menus como os visuais de suas fases se assemelham muito a templates e não empolgam. Por fim, seu loop de gameplay acaba caindo na mesmice e enjoa rapidamente.

*Chave para review enviada para Xbox Series pela DCF Studios

REVER GERAL
Evolução
Gameplay
Personagem
Cenários
Ambientação
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
critica-bunny-battle-nemesis-para-no-meio-do-caminhoBunny Battle Nemesis é repetitivo e ao tentar mesclar o contraste do imaginário coletivo de coelho com uma representação bizarra e violência, atinge apenas uma estranheza que para no meio do caminho.