Lançado em 25 de outubro de 2024, Call of Duty: Black Ops 6 chegou para as plataformas Xbox One, Xbox Series X|S, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC. O game foi bastante aguardado, não só por ser um COD, mas também por ser o primeiro a ser publicado após a compra da Activision Blizzard pela Microsoft. Assim, implicando que o jogo seja disponibilizado day-one Game Pass para os tiers Ultimate e PC da assinatura.
Frente a isso, o que ficava em questão não era a qualidade do jogo, mas sim como seriam as vendas e a recepção do público já que para Xbox e PC o jogo poderia ser acessado de forma integral pela assinatura. Felizmente, após seu lançamento, o jogo se mostrou rentável e aumentou o número de assinantes do serviço da Microsoft, além de figurar entre a lista dos mais vendidos entre diferentes plataformas.
Porém, após uma breve descrição dos acontecimentos de mercado do título, é hora de entrarmos em mais detalhes de sua história, modos de jogo e desempenho. Vem conferir nossas impressões do game!
Golpes e armações
Como é esperado de um típico Black Ops, o sexto game da linha segue a mesma ideia de propor uma ação militar permeada por plot twists bem construídos e envolvendo projetos secretos e conspirações. Na pele do agente Case, o jogo tem início em 1991 no Iraque com nosso protagonista em missão para capturar um membro do governo que possui informações sobre uma arma biológica. Na missão também estão presentes os agentes Jane Harrow e Troy Marshall.
Tudo ia bem e o alvo foi capturado com sucesso. É aí que começam os mistérios com o aparecimento do grupo paramilitar Panteão, que também busca o membro do governo iraquiano. Apesar disso, os agentes americanos chegam até seu veículo de fuga até que em um momento decisivo, o já conhecido Russell Adler aparece e mata o prisioneiro, se rendendo logo na sequência. O jogo então segue para o interrogatório em que é passado para Woods o recado de Adler: “Bispo pega a Torre”.
Com essa frase, Woods entende o recado e leva Case e Marshall para uma fortaleza abandonada. A partir daí a narrativa se aprofunda, novos personagens são recrutados e uma nova equipe é formada para investigar a situação que envolve agentes da CIA corrompidos, grupo paramilitar e a arma biológica chamada Berço.
Dado alguns detalhes do início da narrativa, Call of Duty: Black Ops 6 impressiona em como ele liga os acontecimentos e cria um clima tenso e imersivo. Sim, como é esperado, iremos ver uma trama com diversas reviravoltas e eventos cinematográficos que criam um clima de ação, porém o jogo sabe trabalhar esses momentos sem cair na mesmice. Por mais que já tenhamos outros Black Ops, o sexto título da franquia consegue se destacar em sua narrativa por criar bons ganchos, trazer soluções criativas e justificadas para o que é apresentado.
O que ajuda ainda mais na construção narrativa é a interpretação das personagens que estão boas e convincentes. Mesmo não sendo todos com múltiplas camadas, como é o caso Woods e Marshall que seguem um estereótipo mais “soldado patriota”, eles estão funcionais e são parte fundamental para trazer o espírito de um bom COD e com referências – ou consequências – de outros títulos desta linha de jogos. Vale comentar que o game está completamente dublado e legendado em português do Brasil.
Gameplay e modos de jogo
Quando o assunto é gameplay, podemos dividi-la em dois pontos de vista: a gameplay geral e o diferencial de cada modo de jogo disponível (campanha, multijogador e Zombies). Em um ponto de vista geral, a gameplay está bem balanceada e apresenta muitos elementos imersivos, como a emulação do impacto das balas e da arma em si após o disparo. A movimentação é ágil e é parte que caracteriza toda a dinâmica do jogo.
Modo campanha
Em relação ao Modern Warfare III (MW3), a campanha de Black Ops 6 está mais longa e sabe balancear de forma mais equilibrada as sequências entre as fases lineares e as que permitem maiores explorações. Por mais que em MW3 tínhamos o mapa aberto mais amplo, as missões secundárias que poderíamos realizar pareciam ser mais exaustivas. Já em BO6, temos um mapa mais limitado, mas que apresenta atividades com diferentes objetivos, rápidos de serem cumpridos e que não parecem forçar a barra para estender a campanha.
Inclusive, a realização destes objetivos secundários são recompensadoras para a obtenção de recursos, não somente para conquistas. Por exemplo, ao salvarmos um esquadrão que estava encurralado após um acidente de helicóptero, temos acesso ao míssil que é arremessado por um avião e é muito útil para eliminar grupos grandes de inimigos em pontos específicos.
Além disso, até as fases lineares estão com maiores possibilidades de abordagem. Isso pode ser visto logo no começo do jogo, ao entrar em contato com a personagem Sev, devemos ajudá-la a eliminar os líderes de um quartel. Todos estão em um restaurante e a execução do plano fica por conta do jogador, assim, sendo possível utilizar métodos mais furtivos ou confronto direto por qualquer uma de suas múltiplas entradas.
Ainda sobre a campanha, é válido comentar a variedade dos variados tipos de missões que iremos realizar. Entre sequências de ação desenfreada e tiroteios, seremos colocados em situações investigativas e outras que a furtividade será a chave para a solução.
Multijogador
Suas mecânicas se mantiveram bastante padrão ao que se espera de uma partida de COD. Partidas rápidas e com muitas movimentações, variedade de mapas e diferentes objetivos para serem cumpridos. Entre eles estão o todos contra todos, defesa de pontos estratégicos, duelo entre times, entre outros. No momento em que este texto está sendo publicado, novas adições já foram adicionadas ao game. Entre elas está o clássico mapa Nuketown.
Zombies
Até o momento, o modo conta com dois mapas (Terminus e Liberty Falls) com a dinâmica de rounds em que infectados são adicionados para caçar os jogadores. Diferente do modo multijogador, aqui temos uma dinâmica de colaboração em que o time se une contra os mobs e deve sobreviver e realizar pequenos objetivos.
Em cada mapa disponível temos formas diferentes de se jogar, pois enquanto Liberty Falls se passa em uma cidade e proporciona maior liberdade e pontos variados para encontrar os objetivos, lembrando Left 4 Dead pela amplitude que o mapa fornece.
Já Terminus é mais claustrofóbico e fornece uma experiência mais próxima do que já foi mostrado nos jogos anteriores. Na data de publicação desta análise já foi adicionado o “Party Mode”, que mostra a dinâmica de um jogador infectado que deve contaminar os demais.
Desempenho
Em nossas análises recebemos a chave para PlayStation 5, porém também testamos o jogo no Xbox Series S com ele instalado. Em ambas as plataformas o título teve um bom desempenho e mostrou um gráfico digno para a nova geração de consoles.
Assim, temos elementos detalhados e que sofrem o impacto de forma realista em meio a cenários interessantes e bem trabalhados. O fato de apresentar uma boa execução em plataformas distintas indica que o game está bem otimizado e aproveitando bem os recursos e hardware de cada plataforma.
Veredito
Call of Duty: Black Ops 6 exalta a essência dos melhores jogos da franquia quando o assunto é narrativa e mostra a que veio em seus modos multijogadores consistentes e divertidos. Em relação ao geral de sua gameplay, ela é consistente e se mostra competente tanto em suas facetas de ação, quanto nos trechos que envolvem investigações e abordagens furtivas. Durante a gameplay não tivemos problemas de bugs ou travamentos, assim, mostrando o bom desempenho do game.
Sem dúvida o game é uma indicação certa para os jogadores que gostam de um ótimo jogo de tiro em primeira pessoa, seja na forma de campanha e multijogador. para aqueles que gostam mais do colaborativo, o Modo Zombies é uma pedida certa após o término da história principal.
*Chave para análise enviada para PlayStation 5 pela Activision Blizzard