Crítica: Dragon Quest III HD-2D Remake — Lançado originalmente em 1988 para o Nintendinho e, posteriormente, em 1996 para o Super Nintendo, Dragon Quest III é um dos JRPGs mais icônicos da história da indústria.
Mas como revitalizar um clássico sem comprometer sua essência nos dias de hoje? Será que abusar de fórmulas modernas poderia descaracterizar a obra original? Felizmente, a Square Enix soube exatamente como equilibrar tradição e inovação para trazer de volta esse clássico.
O remake adota o estilo HD-2D, popularizado por títulos como Octopath Traveler e Live A Live, unindo personagens em pixel art com cenários 3D deslumbrantes. Essa abordagem não só dá nova vida ao game, mas também preserva a nostalgia dos fãs mais aficionados.
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Uma Nova Experiência para Velhos e Novos Jogadores
Ao longo dos anos, Dragon Quest III recebeu diversas versões para diferentes plataformas, como Game Boy Color e dispositivos móveis. No entanto, melhorias significativas de gameplay sempre foram limitadas, com as mudanças sendo principalmente nos gráficos.
Já em Dragon Quest III HD-2D Remake, além da reformulação visual, foram adicionadas diversas melhorias na qualidade de vida, tornando o jogo mais acessível para novos públicos sem perder o charme clássico.
Jogabilidade e suas mudanças
A Square Enix optou por não mexer na fórmula popular do combate clássico da franquia, mas implementou mudanças sutis e muito bem-vindas:
- Velocidade nas batalhas: Um sistema de aceleração onde os encontros aleatórios não se tornam cansativos, especialmente durante a exploração de dungeons.
- Modos de dificuldade: O jogador pode escolher entre Drakky Quest (casual), Dragon Quest (normal) e Draconian Quest (desafiador), ajustando a experiência de acordo com seu estilo de jogo.
- Mini-mapa atualizado: Agora com marcações de missões, o mapa facilita a exploração, dando um fim nas frustrações comuns aos jogadores de primeira viagem.
- Função “Memória”: É possível revisitar diálogos importantes de NPCs, algo extremamente útil para não perder informações ou itens cruciais como antigamente.
Gráficos e Visuais
A experiência visual é um espetáculo à parte. Apesar de não seguir o caminho dos gráficos 3D ultrarrealistas, a estética HD-2D brilha com:
- Sombras dinâmicas que aumentam a imersão em dungeons.
- Partículas detalhadas, presentes nos ataques e feitiços.
- Cenários 3D modernos que, embora renovados, respeitam a essência do original.
Narrativa e Personalização
A história de Dragon Quest III mantém sua simplicidade característica, mas isso é um ponto a favor, pois complementa um dos aspectos mais divertidos do jogo: a customização de personagens.
Logo no início, o jogador pode formar sua party escolhendo membros com habilidades específicas. Mais adiante, é possível alterar classes e até personalizar o visual dos companheiros, dando total liberdade para montar uma equipe ideal.
Algumas novidades
Além das melhorias citadas, o remake introduz novos elementos:
- Sistema de Domador de Monstros: Agora é possível recrutar inimigos para lutar ao seu lado em batalhas aleatórias ou nas arenas do jogo.
- Arenas de Monstros: Um modo onde os jogadores podem colocar suas equipes de monstros contra outros domadores, ganhando itens exclusivos como recompensa.
- Personalidade dos Personagens: Essa nova funcionalidade adiciona camadas de profundidade à customização, permitindo criar personagens únicos e adequados para cada tipo de jogador.
Veredito