Desenvolvido pelo estúdio polonês One More Level e publicado pela 505 Games, o jogo Ghostrunner 2 chega para trazer uma frenética ação em primeira pessoa, dificuldades graduais, violência brutal, gráficos polidos e uma trilha sonora eletrizante.

Ambientado em um universo cyberpunk e moldado ao estilo hack and slash, o novo jogo de Ghostrunner ganha uma duração ainda maior que o jogo anterior, um condução de enredo com mais reviravoltas e uma gameplay mais desafiadora que só pode ser terminada em modo speedrun, ou seja, quando o jogador tenta finalizar as fases da maneira mais rápida possível.

Crítica: Ghostrunner 2 entrega uma gameplay frenética
Reprodução: Ghostrunner 2

Alguns elementos da nova gameplay tornam essa experiência melhor que do primeiro jogo de Ghostrunner, como a uma caixa maior de habilidades/poderes, o combate corpo a corpo na motocicleta, parkour ainda mais intenso, maior variedade de inimigos e chefes finais, e um enredo que permite o jogador a entrar numa instigante investigação. Para que entendam cada uma das especificidades, nos próximos parágrafos iremos detalhar cada um dos elementos que citamos aqui.

Um cyberpunk frenético

Nessa distopia cyberpunk, 1 ano após os eventos do primeiro jogo, a Torre Dharma, o último refúgio da humanidade, estava em liberdade, comandada pela Interface Council, porém, com o vácuo de poder deixado por Mara, um novo Keymaster surge, então o segundo ghostrunner precisa se unir a Interface para derrotar os numerosos inimigos que invadem o sistema criado pelo Arquiteto.

Crítica: Ghostrunner 2 entrega uma gameplay frenética, mas repetitiva
Reprodução: Ghostrunner 2

O enredo pode não parecer essencial para um jogo que valoriza o speedrun na gameplay, e que pode ser tranquilamente jogado sem devida atenção aos textos do jogo, ou ainda sem um conhecimento prévio do jogo anterior. No entanto, essa simples narrativa do jogo interliga-se aos elementos de jogabilidade. É nos diálogos que um jogador novato pode se situar em Ghostrunner 2, podendo então montar o quebra cabeça do fluxo narrativo do jogo.

Crítica: Ghostrunner 2 entrega uma gameplay frenética, mas repetitiva
Reprodução: Ghostrunner 2

Em alguns diálogos, após a realização de algumas fases, é possível liberar algumas habilidades ao dialogar com personagens, como por exemplo o Shuriken. Além disso, o jogador pode pegar algumas dicas de como atravessar algumas fases e habilitar upgrades importantes. 

Habilidades e Movimentação no jogo

Em Ghostrunner 2, as movimentações são similares ao primeiro jogo da franquia. O jogador terá que caminhar por paredes, saltar em plataformas,  jogar laços para alcançar regiões altas, desviar de obstáculos no percurso, mirar em elementos, tudo isso numa espécie de parkour não muito realista, mas coerente com o universo cyberpunk proposto no jogo com cyborgs e máquinas.

Crítica: Ghostrunner 2 amplia sua gameplay frenética e viceral
Reprodução: Ghostrunner 2

Trata-se de um jogo de ação de combate corpo a corpo na perspectiva em primeira pessoa, com um gatilho de mira no campo central da tela. Nele, o jogador pode marcar os inimigos e executar algumas habilidades no jogo, como uso de lasers, atirar Shurikens nos inimigos, o modo Sensory Boost para atordoar inimigos, ou ainda habilitar o modo sombra para ficar invisível por alguns segundos, entre outros. Cada uma das habilidades são adquiridas gradualmente, conforme o jogador avança as fases.

Uma das novidades dessa continuação, é que o jogador agora poderá pilotar uma motocicleta e utilizá-la em fases de batalha para derrotar os múltiplos tipos de inimigos do jogo. É possível correr em altas velocidades, além de pilotar e atirar simultaneamente.

Crítica: Ghostrunner 2 amplia sua gameplay frenética e visceral
Reprodução: Ghostrunner 2

A caixa de habilidades dessa vez é muito maior em relação ao jogo anterior. Elas podem ser configuradas conforme o jogador conquistar novas habilidades. Os upgrades das habilidades são compradas por uma espécie de moedas ou pontos conquistados através de itens colecionáveis espalhados pelas fases, ou pontuações pelo tempo record de finalização de uma finalização dessas fases e de inimigos derrotados. Tudo isso aumenta pontos que podem ser trocados por possíveis upgrades. O jogador pode alternar as habilidades através das setas.

As habilidades facilitam os segmentos das fases mas não interferem na dificuldade do jogo, que é extremamente alta. Nesse tipo de jogo, morrer é uma coisa esperada. Apenas um tiro ou golpe é capaz de derrotar o usuário que joga equipado com uma katana tecnológica, enquanto inimigos possuem precisão nos tiros.

É possível desviar desses golpes, mas tudo isso está interligado a barra de estamina. Nesse caso, o jogador precisa atravessar as fases o mais rápido possível, além de eliminar cada um dos inimigos espalhados nas fases.

Crítica: Ghostrunner 2 amplia sua gameplay frenética e viceral
Reprodução: Ghostrunner 2

Como no jogo anterior, o usuário pode paralisar lentamente o tempo por alguns segundos, enquanto salta desviados dos golpes. Existe também a maneira de correr e saltar mais rápido, além de agachar e escorregar no chão para ganhar impulso de velocidade. Essas funções estão interligadas à barra de estamina, e limitadas pela extensão dela. Por isso, é preciso que seja usada com parcimônia para não esgotá-la.

Qualidade Gráfica

A qualidade gráfica no jogo buscou manter o desempenho do gameplay em primeira pessoa. Nas especificações técnicas, o jogo está configurado em 120 frames por segundo, com resolução em 2160p em qualidade e performance, e 1080p de frame rate. O jogador por configurar nos modos qualidade ou desempenho.

Crítica: Ghostrunner 2 amplia sua gameplay frenética e viceral
Reprodução: Ghostrunner 2

A modelagem dos personagens apresenta nitidez, de maneira altamente superior ao primeiro jogo. Os gráficos dos cenários também são construídos de maneira detalhada, com várias camadas tridimensionais que, de certo modo, alcançam um realismo estético cyber futurista.

No entanto, problemas de desempenho são sentidos quando vários inimigos compõem os cenários. É possível verificar algumas quedas bruscas de fps, bugs de parede e alguns problemas de otimização, mas em todos os momentos que ocorreram esses problemas, rapidamente o jogo restabeleceu-se, sendo então um detalhe ocorrido em curtos períodos.

Trilha sonora eletrizante

A trilha sonora instrumental era um dos elementos mais fortes do primeiro jogo. Em Ghostrunner 2, esse elemento é potencializado com composições musicais ainda mais viscerais, com faixas realizadas pelo produtor musical Dan Terminus.

Essa eletrizante trilha sonora, carregada pelo estilo eletrônico com recursos digitais e sintetizadores sonoros que garantem uma gameplay fluida. As batidas encaixam-se perfeitamente com o senso de urgência que ambientam as fases do jogo. A combinação em design sonoro e trilha sonora instrumental permite um alinhamento interessante, mantendo o perigo e riscos possíveis no jogo, o que mexer de forma positiva e frenética com a sensação de adrenalina do jogador.

Acessibilidade 

O jogo possui localização legendada em português brasileiro, contendo uma excelente dublagem em inglês que garante certa profundidade na construção dos personagens, porém, infelizmente não há uma configuração de acessibilidade satisfatórias para jogadores com deficiência.

Crítica: Ghostrunner 2 amplia sua gameplay frenética e viceral
Reprodução: Ghostrunner 2

O layout do menu principal com tipografias minúsculas também não facilita para a entrada de usuários com deficiência, deixando a desejar nesse aspecto de inclusão para a diversidade de possíveis novos jogadores.

As funções do controle se restringem aos campos de visão, vibração, sensibilidade e mapeamento da curva de resposta do controle sem fio, e as áreas interativas do lado direito e esquerdo do controle.

Conclusão

Verificamos que Ghostrunner 2 é um altamente superior ao primeiro jogo da franquia. A duração mais longa, a utilização de novas habilidades, e um enredo interessante, mesmo ainda simples, tornam esse um jogo ainda mais visceral e frenético que o anterior.

A ambientação com a trilha sonora e os elementos gráficos dos level designs continuam excelentes, impulsionando o jogador para um gameplay ágil, veloz e até viciante.

O jogo também parece maior no quesito expansão dos cenários, fases e escopo. Morrer não é um problema no jogo, pois é estimulado retorno e as novas tentativas no percurso das fases, por mais que a dificuldade esteja aqui em níveis altíssimos. A sensação de conquista é capaz de garantir imensa satisfação ao jogador.

* Chave da Brutal Edition para PS5 cedida pela One More Level e 505 Games 

REVER GERAL
Direção
Trilha Sonora
Design e cenários
Enredo
Jogabilidade
Acessibilidade
critica-ghostrunner-2-amplia-sua-gameplay-frenetica-e-viceralGhostrunner 2 é um altamente superior ao primeiro jogo da franquia. A duração mais longa, a utilização de novas habilidades, e um enredo interessante, mesmo ainda simples, tornam esse um jogo ainda mais visceral e frenético que o anterior. A ambientação com a trilha sonora e os elementos gráficos dos level designs continuam excelentes, impulsionando o jogador para um gameplay ágil, veloz e até viciante. O jogo também parece maior no quesito expansão dos cenários, fases e escopo. Morrer não é um problema no jogo, pois é estimulado retorno e as novas tentativas no percurso das fases, por mais que a dificuldade esteja aqui em níveis altíssimos. A sensação de conquista é capaz de garantir imensa satisfação ao jogador.