Os jogos do estilo arcade cativam diversas gerações pela sua gameplay casual e desafiadora e dificilmente pecam no quesito diversão pela sua gameplay dinâmica e visual retro. Seguindo esta ideia, Iron Meat chega para as plataformas Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, PC, Xbox Series X|S em setembro de 2024 e traz consigo esses elementos que remetem a títulos como Metal Slug e Contra.
De volta aos anos 90?
Desenvolvido pelo estúdio Retroware e Ivan Valeryevich Suvorov e publicado pela Retroware, o game traz uma narrativa que funciona bem como um plano de fundo para o run-and-gun proposto. No que é contado, um ser biológico escapa de sua prisão e começa a realizar simbiose com seres vivos e objetos. Assim, transformando humanos em monstros e possuindo objetos ao deixar parte de sua carne neles. Agora, cabe ao nosso protagonista resolver a situação na base da bala, eliminando praticamente tudo que se mexe com o variado arsenal que nos é oferecido.
Um ponto que também chama a atenção na parte narrativa são as animações que foram produzidas para o game. Por mais que mantenham a mesma ideia de reforçar o background sem se aprofundar muito, apresenta um aspecto dos anos 90 que remete bem ao estilo do jogo.
Assim, são divertidas e relembra o jogador o que ele pode esperar de jogos arcade com run-and-gun que acabam focando quase que exclusivamente na gameplay. Já que falamos das animações, vale a pena estender para a parte visual, que se mostra bastante caprichada com seu 2D bem polido e acompanhado por uma trilha sonora que climatiza bem o jogador a toda ação que é proposta.
Correndo e atirando
Como já comentado anteriormente, durante o game enfrentamos inimigos que estão sob controle da criatura e objetos ao qual sua carne se agarrou e são usados por ela. Nesta toada enfrentamos não só os monstros, mas também veículos e robôs que possuem cada um suas peculiaridades.
Entre os inimigos é comum que os chefes de finais de fase se destacam, sendo bastante temáticos, ataques únicos e pontos fracos específicos para sofrerem maior quantidade de dano. Além dos inimigos, o jogador será confrontado constantemente com armadilhas, que diga-se de passagem, tornam alguns momentos mais desafiadores que muitos chefes devido ao padrão aplicado a elas.
Quando pensamos no gameplay, os jogadores podem esperar algo simples como correr e atirar. Porém, isso não significa que sua jornada será fácil, pois mesmo podendo escolher o modo de jogo, o desafio se mantém e o game over continua significando reiniciar a fase, uma vez que não há checkpoints ao longo dela. Isso já é esperado pelo estilo arcade de Iron Meat e proporciona o mesmos sentimento de jogar nos fliperamas, o cuidado e a dinamicidade de avançar pelas fases para ver o tempo que demorou e a pontuação obtida.
Por obter uma pontuação, o jogador avança em um ranking com os pontos acumulados, o que resulta na liberação de novos personagens para serem utilizados. Vale comentar que o game traz a opção de co-op local, o que torna ainda mais atrativo a liberação de personagens para a escolha dos jogadores. A variedade também pode favorecer a rejogabilidade, que por serem fases rápidas, pode se tornar o tipo de jogo para se jogar casualmente.
Sprint final
Iron Meat traz consigo um ar noventista agradável em sua gameplay e visual, sendo destacado suas animações que aparentam ser feitas com bastante cuidado para se encaixar bem no conceito base do jogo. Sua jogabilidade é gostosa, fácil de ser entendida e desafiadora como sua proposta sugere. O game é uma surpresa que não inova em suas mecânicas, mas coloca os jogadores em um ambiente já a bastante tempo conhecido de forma agradável e com potencial de agradar a muitos públicos pela sua abordagem casual e deixa o gosto de “por que não mais uma tentativa?”.
*Chave para review enviado para Xbox Series pela Retroware