Já pensou o que aconteceria se o universo samurai entrasse em confronto com os exércitos de Cthulhu? Essa proposta, inicialmente estranha, é o que nos é apresentado em Musashi vs Cthulhu, game desenvolvido pela Cyber Rhino Studios e publicado pela QUByte Interactive

Trazendo uma gameplay cativante, o título coloca o jogador na pele de Miyamoto Musashi que deve enfrentar hordas e mais hordas de inimigos que obedecem a Cthulhu, inclusive enfrentando a própria criatura tão famosa dos contos de H.P Lovecraft. O título está disponível para PlayStation 5, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows, Xbox Series X and Series S.

Entre pontos e tentativas

Sua gameplay consiste basicamente de apertar botões e desferir ataques, hora do lado esquerdo da tela, hora do lado direito. Enquanto que os botões realizam ações do lado esquerdo do personagem na tela, os direcionais (ou analógico esquerdo) são utilizados para golpear o lado direito. Assim, nosso protagonista não anda, mas se move no sentido dos ataques que utilizamos e assim vamos progredindo de cenário. Sobre a distribuição dos comandos, utilizar os direcionais garante uma precisão melhor para a jogabilidade, uma vez que o analógico realiza mais facilmente o sentido diagonal, o que atrapalha acertar o golpe no local correto e pode comprometer sua run.

Musashi vs Cthulhu - 1
Reprodução/QUByte Interactive

Acertar os golpes nos locais corretos é fundamental, pois cada inimigo apresenta uma marcação de seu ponto fraco em uma determinada altura do corpo. Desta forma, é necessário apertar o botão correto para que o golpe seja desferido na mesma altura do ponto fraco. Por exemplo, pensando em um controle de Xbox, ‘A’ indica um golpe baixo à esquerda do personagem, com ‘B’ e ‘Y’ sendo os ataques nas alturas média e alta. Inicialmente as mecânicas podem parecer um pouco confusas por fugir do padrão mais tradicional, porém não difícil se adaptar. Inclusive, o game oferece um indicativo de quais botões devem ser pressionados nos primeiros inimigos para posteriormente deixar o jogador por conta própria.

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Reprodução/QUByte Interactive

Em relação ao inimigos de Musashi vs Cthulhu, temos ao todo 16 tipos diferentes que podem aparecer com pontos fracos em diferentes alturas, incluindo mais de um ponto fraco para ser derrotado. Somando a mudança na localização e quantidade de pontos fracos, mais a quantidade de inimigos, temos muitas possibilidades e uma exigência de atenção por parte do jogador. Tal atenção é de muita importância, pois o game não é focado em narrativa, mas sim, para a obtenção de pontuação e colocação no ranking.

Se a movimentação de Musashi ocorre por um cenário 2D, seus cenários de fundo apresentam profundidade e adicionam mais detalhes. Assim, é extremamente interessante progredir nas batalhas, acumulando pontos e vendo novas paisagens que conseguem trazer um ar de horror cósmico pela sua atmosfera pesada, cores propositalmente decadentes e apagas.

As conquistas/troféus não são tão difíceis de serem obtidas e podem ser pegas de forma bastante natural em algumas tentativas. Isso é válido para a maior parte, exceto para aquelas relacionadas ao acúmulo de pontos, que exigirão do jogador um empenho e concentração bem maior.

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Reprodução/QUByte Interactive

No fio da espada

Musashi vs Cthulhu tem uma gameplay divertida, diferente e prende o jogador facilmente em seu ciclo de gameplay por ser cativante, incentivando-o a tentar novamente e obter maiores posicionamentos no ranking de jogadores. Sua mecânica de movimentação 2D automática para os lados a partir dos ataques, combinado com seus cenários com profundidade, trazem um visual bem único e caprichado ao game. Assim, contrastando as temáticas samurai e horror cósmico que o jogo une de forma a não precisar de um sentido exato, mas sim, por serem diferentes o suficiente para gerarem bons embates e desafios.

O visual único dos games também é acompanhado de inimigos tão caprichados quanto os cenários aos quais somos apresentados e conseguem transmitir uma aura característica do horror cósmico. Voltando aos inimigos, eles estão em uma quantidade boa e parecem ser acrescentados de forma progressiva e natural para o aumento da dificuldade de aumentar o número de monstros mortos. Suas conquistas são em sua maioria fáceis de serem obtidas, sendo exceção aquelas que exigem tentativas que testam a paciência e concentração do jogador, sendo um exemplo a de eliminar 600 inimigos em uma única run.

Mas vale a pena? Para o jogador que busca um título leve, com conquistas alcançáveis em sua maioria e casual, sem dúvida! O game roda sem travamentos ou bugs, sendo divertido e com alta rejogabilidade.

*Chave para review enviada para Xbox Series pelo QUByte Interactive

REVER GERAL
Gameplay
Inimigos
Rejogabilidade
Ambientação
Efeitos sonoros
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Jogador de Gwent for fun e Mestre em Ciência da Computação.
critica-musashi-vs-cthulhu-e-simples-mas-efetivo-na-diversaoMusashi vs Cthulhu tem uma gameplay divertida, diferente e prende o jogador facilmente em seu ciclo de gameplay por ser cativante, incentivando-o a tentar novamente e obter maiores posicionamentos no ranking de jogadores. Sua mecânica de movimentação 2D automática para os lados a partir dos ataques, combinado com seus cenários com profundidade, trazem um visual bem único e caprichado ao game.