A versão para PC de Final Fantasy XVI chegou no último dia 17 de setembro, pouco mais de um ano após seu lançamento inicial no PS5.
Considerado como um dos melhores games de 2023, o 16º título da linha principal da franquia Final Fantasy introduziu diversas novidades para os fãs, como sua gameplay totalmente voltada para a ação e seu mundo que, apesar de não ser aberto, é altamente explorável.
Seu lançamento para PC trouxe também, além do jogo base, suas duas DLCs, Echoes of the Fallen e The Rising Tide, e diversos bônus dependendo da versão do jogo que for adquirida.
Tivemos a oportunidade de conferir o game na íntegra a convite da Square Enix – acompanhe abaixo.
*Esta análise não contará com nenhum tipo de spoiler
Recapitulando o Épico
Dentre todas as formas de tentativa de definição de FF16, talvez a melhor delas seja a palavra Épico: tudo que cerca o game tem ares dos épicos gregos, com seus protagonista passando por diversas tragédias e jornadas de vingança e salvação.
Para quem não lembra ou está conhecendo pela primeira vez, o game acompanha a história de Clive Rosfield, membro da família real de Rosaria e que detém o título de Primeiro Escudo de seu irmão mais novo, Joshua, o Dominante da Fênix.
Muito da composição do seu mundo lembra histórias mais recentes centradas em temas de Idade Média, como Game of Thrones ou até mesmo O Senhor dos Anéis, com diversas tramas políticas, guerras entre diferentes reinos e um mundo de seres fantásticos que convive lado a lado com a parte mais “pé no chão” de sua história.
Sua longa duração também fica em linha com esta ideia de uma história épica: Clive passará por muitos tipos de situações diferentes que fazem o jogador se apegar ao elenco de personagens ao longo de, no mínimo, 40 horas de conteúdo.
O jogo Final Fantasy XVI
Como história, FF16 não é nada menos que fantástico, sendo uma das melhores experiências recente do mundo dos games. Já como jogo, XVI oscila entre momentos incríveis de combate e missões principais, e períodos repetitivos com missões secundárias que não acrescentam grande relevância a progressão da história.
Apesar disso, vale falar que essas mesmas missões secundárias guardam muito potencial para quem curte se aprofundar nos mundos dos jogos: existem muitos pequenos detalhes, informações e mais escondidos tanto sobre Valisthea quanto sobre o elenco de personagens nessas missões.
Do outro lado da moeda, FF16 tem seus melhores momentos quando consegue misturar as situações intensas de sua história com sua gameplay de ação refinada. A forma como os Eikons (as invocações do game) funcionam complementam perfeitamente o estilo de Clive: por exemplo, os poderes que derivam da Fênix dão um ar mais agressivo ao combate do jogador, ao passo que outros Eikons que Clive encontra durante o game tem estilos diferentes focados em velocidade ou ataques em área, por exemplo.
Ter esta gama grande de Eikons permite que o jogador consiga não só adaptar Clive a sua forma de jogar, mas também ter maior variedade de combos apoiados pelo sistema diverso de equipamentos do game.
O port para PC
Todos já sabemos sobre a qualidade que FF16 tem, não a toa sendo indicado a Jogo do Ano no The Game Awards em 2023 e também ganhando várias outras categorias na premiação. Porém, o aspecto mais importante a ser considerado desta vez é a qualidade do port para PC feito pela Square Enix.
Mantendo o seu padrão de qualidade, a SE mais uma vez traz um excelente port para computadores dos seus games. FF16 foi muito bem adaptado para a plataforma, e não apresenta grandes falhas ou problemas para ser executado, uma vez que os requisitos mínimos são atendidos (Processador AMD Ryzen 5 1600 / Intel Core i5-8400; 16 GB de RAM; Placa de vídeo AMD Radeon RX 5700 / Intel Arc A580 / NVIDIA GeForce GTX 1070; e SSD).
Vale destacar, no caso de FF16, a importância de um SSD para armazenar o jogo – a Square Enix frisa, quando fala dos requisitos mínimos, que o uso de SSD não é apenas recomendável, mas requerido. Durante os testes de desempenho feitos para esta review, tentamos instalar o game em um HD ao invés de um SSD, o que deixou o título injogável, nem chegando a passar da primeira cena da história.
Apesar da qualidade do port, encontramos alguns pequenos problemas como artefatos na imagem e queda repentina de quadros em situações específicas, e apenas um problema maior digno de menção: em uma cena por volta da metade da história do game, o jogo trava e fecha automaticamente. O jogo segue normalmente caso o jogador pule dita cena (que não mencionaremos aqui para evitar spoilers), mas isso deve ser resolvido no próximo patch de correção.
Veredito
Para a surpresa de ninguém, a versão para PC de Final Fantasy XVI foi muito bem produzida pela Square Enix. Mesmo com as questões de queda de quadros em alguns momentos durante a gameplay, o jogo não apresenta nenhum grande problema de desempenho e também não precisa de um computador potente para rodar.
Sua história e gameplay, assim como falado desde seu lançamento, são de excelente qualidade, oferecendo aos jogadores um elenco de personagens interessantes e um mundo de história vasta, além de um combate customizável e satisfatório.
Vale destacar que, assim como em seu lançamento no Playstation 5, o jogo tem uma grande quantidade de opções de acessibilidade na forma, por exemplo, de customização de layouts, interface, sons, imagens e controles, além de também possuir diversos itens que facilitam a gameplay de quem não está muito acostumado com jogos de ação.
Em suma, é um jogo que vale muito a pena e entrega uma das melhores experiências de 2023, agora nos computadores.
Final Fantasy XVI já está disponível para PC via Steam e Epic Games Store, assim como para Playstation 5.
*Key de review para PC cedida por Square Enix