Lançado no final de setembro, Realm of Ink é um game de ação com mecânicas de roguelike desenvolvido e distribuído pelo Leap Studio.
Seguindo a fórmula de sucesso de Hades, Realm of Ink apresenta a heroína Red, uma espadachim que, ao perseguir uma raposa, descobre ser apenas uma personagem fictícia em uma coleção de histórias.
Para entender o que acontece ao seu redor e desvendar os segredos do reino de tinta, Red conhecerá diversos personagens que habitam esse lugar e lutará contra poderosos inimigos que estarão em seu caminho.
Pintura em movimento
Como o nome sugere, o grande diferencial em termos visuais de Realm of Ink é sua temática de pintura e tinta, que está presente no game desde os nomes de seus itens até os pontos centrais de seu enredo.
Após descobrir que faz parte apenas de uma história, Red conhece a deusa Raposa e aprende como utilizar seus poderes derivados de tinta para viajar pelas chamadas Story Relics, que são diferentes cenários comandados por chefes da história.
A temática está em todo lugar, fazendo parecer que o game é menos um jogo e mais uma série de pinturas em movimento, especialmente quando observamos os cenários e os movimentos dos personagens.
Nesse quesito, podemos fazer a comparação óbvia com Hades, conhecido também por seus belos visuais: Realm of Ink não perde em nada para o excelente game da Supergiant, incorporando partes do folclore chinês de forma extremamente elegante, fazendo com que cada tela pareça uma obra de arte feita a mão.
O loop de gameplay
Como todo bom roguelike, Realm of Ink utiliza a mecânica de morte para construir uma estrutura de aprendizado e melhorias. Cada run é única: o jogador pode escolher entre nove diferentes formas e armas, além de ter mais de 22 habilidades chamadas Ink Gem, que fornecem diferentes status para seus ataques como veneno, fogo e mais.
Além disso, o jogador pode encontrar mais de 130 Perks, habilidades passivas que também trabalham diferentes status da personagem. O jogador também tem acesso aos Ink Pets, animais de estimação feitos de tinta que também são afetados pelas Ink Gems, podendo assumir até 15 formas diferentes que aplicam movimentos de ataque, defesa, recuperação e mais durante o combate.
Falando em combate, é importante ressaltar a boa variedade de inimigos em cada um dos grandes cenários do game, variando entre as Buddhist Forests, o Monkey Kingdom e mais, onde cada chefe aguarda o jogador atrás de uma boa horda de inimigos.
Esses inimigos estão em mais de 20 tipos diferentes, todos inspirados no folclore chinês e que apresentam uma boa variação de dificuldade. Os chefes no final de cada nível, em particular, tem movimentos extremamente característicos que combinam bem com suas personalidades mostradas na história.
Outros NPCs também seguem a mesma linha: antes de cada grande embate ou quando o jogador morre, temos acesso aos outros personagens que compõem a história e que oferecem bons diálogos que nos ajudam a entender melhor o mundo ao nosso redor.
Veredito
Devido a popularidade do gênero roguelike, não podemos dizer que Realm of Ink inova: se você é familiarizado de alguma forma com o gênero, não terá problema nenhum em entender o game logo em seu início.
Seu combate oferece boas variações de estilo e contempla diferentes tipos de jogadores, seus inimigos possuem uma boa curva de aprendizado e dificuldade, e sua estrutura narrativa lembra muito outros grandes exemplos do gênero.
O grande diferencial do game, entretanto, é a sua parte estética – sua temática de pintura e tinta é incorporada em cada aspecto do jogo, desde parte mais óbvias como cenários e design de personagens, até partes intrínsecas do enredo.
Dentre os pouquíssimos pontos negativos, podemos destacar a falta de localização para português-brasileiro: para um jogo que tem tanta história para contar, ter uma localização para o nosso idioma seria o ideal. Vale destacar também que o game ainda está em acesso antecipado, então mudanças podem ser esperadas.
Realm of Ink está disponível em acesso antecipado para Playstation, Nintendo Switch, Xbox e PC.
*Key para review cedida por Leap Studio