Reigns Beyond foi lançado para PC (via Steam) em 17 de abril de 2024 e leva a franquia para uma viagem espacial bizarra a bordo da na Sandman. O game, desenvolvido pela Nerial e distribuído pela Digital Devolver, adiciona a sua história novos elementos de gameplay e personagens inusitados.
Que tal bater de frente com um urso espacial louco por mel ou com seres espaciais que gostariam de tocar na sua banda? Este pode ser considerado um bom exemplo das loucuras que encontramos no game. Sendo seu enredo base iniciando com a nave de nosso personagem caindo em um planeta e matando um dos integrantes de uma banda. Assim, assumimos o lugar do músico e a história tem início.
Música, estrelas e loucuras
A partir da premissa apresentada, o jogador se depara com um sistema de gameplay simples e que tem um grande impacto na narrativa. Isso ocorre porque ao escolher um das duas opções disponíveis sofremos diretamente as consequências nos status da nave dependendo o que envolve a interação. Por exemplo, um personagem que não é especializado em mecânica, mas insiste em consertar o sistema de oxigenação da nave pode trazer graves problemas ao ponto de destruir a nave.
Mas não se preocupe, pois parte da gameplay é ter sua nave destruída e reiniciar sua jornada a partir de um determinado ponto, no caso é do game a partir da estação espacial. Regenerado e vivo novamente, o jogador volta a tomar escolhas no melhor estilo roguelike, mas com conhecimento de certas consequências, o que faz com que ele possa mudar o trajeto de sua jornada.
A cada final de ciclo ficam registrados decisões importantes e personagens conhecidos. Vale comentar que a cada personagem conhecido novas cartas são adicionadas as possibilidades de diálogos, o que sem dúvidas pode trazer a situações ainda mais inusitadas ao considerar que neste universo existem desde humanos a ursos psicopatas e tubarões de terno.
Caminhando pelo diferente
Se considerarmos os jogos anteriores, Reings já é um franquia que até então havia explorado cenários medievais de diferentes culturas, passando inclusive por produções da cultura pop como a série Game oF Thrones. Um ponto de destaque é que a cada título novos elementos são explorados, criando uma identificação única ao estilo artístico do jogo.
Em Beyond não é diferente, pois a temática espacial se mescla com música e se torna basicamente uma ópera espacial. A música nãos e relaciona somente com o enredo base, mas se expande como elemento de gameplay e coloca o jogador para encontrar e colecionar guitarras. Sem falar nos momentos em que controlamos a própria guitarra em busca de completar as músicas coletando os corações, que podem representar as notas que a compõe.
A viagem vale a pena?
Reigns Beyond apresenta um enredo curioso e bem humorado, pega a simples fórmula de escolhas já usada na franquia, adiciona novos elementos que torna suas mecânicas características e cria um jogo casual extremante divertido. Mantendo as escolhas artísticas dos jogos anteriores, o game consegue situar o novo título em um novo universo, mas ainda sim carregando DNA em que o jogador pode bate o olho e identificar suas origens casa já tenha tido contato com algum dos jogos já lançados.
Sem deixar de lado a parte musical, ela caminha em consonância com o visual e gameplay de Reigns Beyond ao trazer uma trilha sonora igualmente cativante. Além disso, explora bem as possibilidades e impactos de suas decisões ao mostrar cada uma delas, juntamente com os personagens conhecidos na jornada, ao final de cada ciclo jogado. Assim, sendo um jogo divertidíssimo e casual que sem dúvida vai prender a atenção e com grande potencial para criar engajamento no jogador.
* Chave para análise enviada pela Devolver Digital
