Lançado no último dia 20 para todas as plataformas atuais, Rendering Ranger: R2 [Rewind] surge como uma tentativa de reviver o clássico dos anos 90 que mesclava elementos de run ‘n’ gun com shoot ‘em up.
Desenvolvido pela Limited Run Games, conhecida por seus relançamentos de títulos retro, a nova versão do game promete modernizar a experiência original sem perder a essência nostálgica.
Direção visual e artística
O ponto alto do jogo está em sua direção artística. A Limited Run Games optou por preservar a estética pixelada clássica, mas com upgrades significativos: resolução 4K, animações fluidas e efeitos de iluminação dinâmicos.
As fases alternam entre cenários urbanos destruídos, bases alienígenas e ambientes verticais, todos ricos em detalhes que homenageiam o estilo dos anos 90. A paleta de cores vibrantes e os designs de inimigos — desde drones mecânicos até criaturas biônicas — são criativos e coerentes com o tom cyberpunk da narrativa.
Um destaque é o uso inteligente de perspectivas dinâmicas. Em certos momentos, a câmera alterna entre visão lateral e cenários isométricos, ampliando a sensação de profundidade. No entanto, em combates mais caóticos, a sobrecarga visual pode atrapalhar a identificação de projéteis, especialmente em telas menores.
![Rendering Ranger: R2 [Rewind]](https://www.omegascopio.com.br/wp-content/uploads/2025/03/ss_5eba9d9f1aa681ab52c891f3bb79b10f0b6b23dc.jpg)
Gameplay fiel e difícil
A jogabilidade mantém a essência do título original, com controles precisos e responsivos. O protagonista, equipado com um arsenal variado, enfrenta hordas de inimigos em fases que alternam entre segmentos terrestres e seções aéreas. A transição entre esses modos é suave, mas exige adaptação rápida do jogador, o que pode ser desafiador para iniciantes.
A variedade de armas é um acerto: desde metralhadoras básicas até lasers teleguiados, cada uma oferece vantagens táticas. O sistema de combos, que recompensa sequências de acertos sem dano, incentiva agressividade e domínio mecânico. Já os chefes, embora impressionantes visualmente, seguem padrões de ataque previsíveis, reduzindo a complexidade estratégica em níveis mais altos.
A dificuldade, porém, é um divisor de águas. Enquanto fãs do gênero apreciam o desafio old-school, jogadores casuais podem se frustrar com a curva abrupta a partir da metade do jogo. A ausência de opções de dificuldade ajustável limita o apelo a um público mais amplo.
![Rendering Ranger: R2 [Rewind]](https://www.omegascopio.com.br/wp-content/uploads/2025/03/ss_6d318d313e09736641cb342908bbefe8867f509d.jpg)
Veredito
Rendering Ranger: R2 [Rewind] cumpre seu propósito como uma relíquia modernizada, capturando a magia dos jogos de ação 2D com competência técnica e estética. Os fãs do original certamente apreciarão os aperfeiçoamentos visuais e a jogabilidade fiel, enquanto novos jogadores podem se encantar pela intensidade do combate.
Tecnicamente, o jogo é sólido. A versão para PlayStation 5 roda a 120 FPS sem quedas de frames perceptíveis, enquanto o Nintendo Switch enfrenta limitações em portabilidade (720p em modo handheld). O tempo de carregamento é praticamente inexistente, e o suporte a cross-save entre plataformas é um acréscimo bem-vindo.
Entretanto, podemos apontar a resistência em abraçar mecânicas contemporâneas e a curva de dificuldade desigual como defeitos, até certo ponto, que impedem o título de brilhar entre os grandes nomes do gênero.
Mesmo assim, o jogo é recomendação certeira para entusiastas de retro gaming, ainda possuindo grande parte da magia que apresentava nos anos 90 – mas com ressalvas para quem busca inovação ou uma experiência mais acessível.
*Chave para PC para escrita da análise cedida por Ziggurat Games