A história The Witcher: Ronin foi publicada originalmente em dezembro de 2022 pela Dark Horse Manga e em janeiro de 2024 chegará no Brasil pela editora Excelsior. O material é escrito por Rafal Jaki, ilustrado por Hataya e tem 120 páginas. Como o próprio nome da editora original indica trata-se de um mangá, formato até então inédito nos materiais de leitura do universo de The Witcher.

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Quando comparada aos jogos e aos títulos anteriormente publicados no formato de quadrinhos americanos, a narrativa pode se encaixar cronologicamente entre o final de The Witcher 3 e antes da HQ ‘A Maldição dos Corvos’, uma vez que nesta HQ temos a presença do trio Geralt, Yennefer e Ciri. Ronin se passa no Japão no período Edo e acompanhamos Geralt e sua Yennefer em busca de Ciri, enfrentando pelo caminho muitos inimigos novos para a franquia e que mostra como The Witcher apresenta um bom potencial expansivo.

Ainda em relação ao roteiro, a escolha de posicionamento cronológico pode prejudicar um pouco referências que afetam o protagonista Geralt. Dito isso, para quem não é familiarizado com o universo da franquia é interessante buscar um pouco mais de informações acerca dos eventos passados.

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Falando em inimigos e o potencial expansivo da história, seus capítulos mostram batalhas bastante interessantes, dinâmicas e fazendo um bom uso do folclore japonês. Assim como no universo de The Witcher, o tema bem e mal é bastante dúbio, por exemplo, ao mostrar situações que se tornam agressivas devido ao comportamento humano frente a criaturas que habitavam pacificamente a região. Este aspecto é bastante interessante, pois mantém a essência do universo como um todo, torna os acontecimentos coerentes e bem interligados com o momento cronológico que representa.

Em relação as ilustrações, The Witcher: Ronin apresenta uma arte diferenciada e bastante distinta quando comparado com os quadrinhos, lembrando bastante a arte de mangás tradicionais de temática samurai. Exemplo destas referencias podem ser encontrados nos poucos detalhes do rosto e ambientes, porém com bastante ênfase nas batalhas, o que consegue transmitir uma boa sensação de rapidez e agilidade. A utilização de cores mais frias e pouco vibrantes foi uma escolha acertada, pois consegue mostrar uma falsa passividade de uma ambiente que pode se tornar caótico rapidamente. 

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Veredito

The Witcher: Ronin é uma história boa que apresenta um roteiro consistente e ilustrações impressionantes. As criaturas do folclore japonês estão bem representadas e Geralt cai como uma luva neste cenário intimista e que aos poucos se mostra cada vez mais cheio de perigos. Quando falamos da questão da localização cronológica da história, se propor como uma continuação direta de The Witcher 3 pode ser perigoso, pois ao mesmo tempo que agrada muitos fãs também pode deixar uma parcela que não conhece os eventos passados um pouco perdidos. 

Sem dúvida vale muito a pena a leitura! Caso você seja um fã já calejado da franquia, será um prato cheio de batalhas e referências. Porém, caso seja um leitor com pouco contato com o universo do bruxão, é valido buscar um pouco mais de informações para ficar por dentro dos eventos e pegar mais detalhes. 

REVER GERAL
Arte
Roteiro
Ambientação
Imersão no universo
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
critica-the-witcher-roninThe Witcher: Ronin é uma história boa que apresenta um roteiro consistente e ilustrações impressionantes. As criaturas do folclore japonês estão bem representadas e Geralt cai como uma luva neste cenário intimista e que aos poucos se mostra cada vez mais cheio de perigos.