Com lançamento programado para 27 de fevereiro, Two Point Museum apresenta o gerenciamento de museus de forma dinâmica, divertida e com belos visuais. O game, desenvolvido pela Two Point Studios e publicado pela SEGA, será lançado para Xbox Series X|S, PlayStation 5 e PC, sendo uma boa oportunidade para adentrar a este universo de jogos de gerenciamento devido a suas mecânicas didáticas e gameplay que incrementa suavemente sua dificuldade.
Canários variados
No final de 2024, pudemos experimentar a prévia do game em que haviam três cenários diferentes: Pré-Histórico, Assombrado e Vida Marinha. Agora, em sua versão final, as possibilidades se expandiram e temos disponíveis cinco tipos com a adição da temática Espacial e Científica aos três citados anteriormente. A forma de liberar novos museus permanece a mesma, ao atingirmos o nível básico de fama podemos partir para o gerenciamento de um novo museu, com uma nova temática.
Ainda da mesma forma que foi dita na análise da prévia, é possível alterar o gerenciamento entre os museus de formas bastante simples. Assim, permitindo que foque no desenvolvimento do mais recente, mas evoluindo os demais com o gerenciamento de pessoas, realização de pesquisa e adição de novas peças. O aspecto de poder gerenciar a situação financeira de cada um de forma individualizada é positivo, pois exige do jogador a otimização em cada um deles para o sucesso.
Por fim, sobre os novos cenários, o aspecto de mecânicas únicas em seus funcionamentos também se mantiveram. Por exemplo, no cenário assombrado os fantasmas aparecem e podem afetar sua exposição. Assim, temos especialistas que podem capturá-los e integrá-los à exposição. Da mesma forma, a temática de Vida Marinha traz mecânicas de agrupamentos de peixes que geram mais pontos de burburinho.
Obs: o burburinho funciona como o nível de atração para a visitação dos elementos da exposição. Assim, quanto mais burburinho mais as pessoas tendem a ir visitar seu museu.
Dificuldade e gameplay
Por mais que as mecânicas de gameplay de Two Point Museum sejam intuitivas, jogadores que tiveram pouco ou nenhum contato com jogos de gerenciamento podem encontrar barreiras no aspecto de onde achar cada tipo de informação. Neste ponto, o game acerta bastante ao colocar tutoriais detalhados e que apresentam todas as possibilidades de forma incremental.
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Por exemplo, a construção de salas e especialização de funcionários são elementos fundamentais para completar missões e avançar nas buscas por novas peças de exposição. Cada uma das construções são pedidas de forma separada após eventos que exigem seu uso. Essa abordagem já consegue deixar claro que em outros museus tais salas também serão necessárias e o jogador deve construí-las. Desta forma mais demonstrativa e sem excessos de texto não há necessidade de repetir tutoriais ao abrir novos museus, o que não tira a dinamicidade que toma conta do jogo.
Falando em dinamicidade, com a evolução dos seus museus mais visitantes passam a frequentá-los, porém nem tudo são flores. A maior quantidade de peças permite que as áreas sejam expandidas e que suas exposições fiquem mais visadas por ladrões por se tornarem cada vez mais valiosas. Neste ponto brilha a adição de dificuldade do game, pois insere elementos que exige maior cuidado financeiro e gerenciamento de pessoal após ambientar o jogador e inseri-lo em um cenário que múltiplos museus estão sob seu comando.
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Melhorias da prévia
Comparando a versão final com a prévia é possível ver melhorias na fluidez do jogo. Como comentado em nossa análise da prévia, não tivemos problemas de travamento durante a gameplay ou fechamentos inesperados. De forma geral, a experiência anterior já tinha se mostrado otimizada até certo ponto. O que mais chamava a atenção era um pequeno travamento na transição de cutscenes para gameplay na troca de museus. Realizando as mesmas ações que causavam o problema na prévia, a versão final se mostrou mais fluida e otimizada neste aspecto.
Em relação ao visual, ele se manteve basicamente o mesmo. O que é um ponto bastante positivo por estar bastante detalhado, podendo ser conferido detalhes das peças e visitantes com o zoom in e zoom out.
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Veredito
Two Point Museum é um jogo muito divertido e fácil passar horas entretido, evoluindo seus museus. Assim como sua versão de teste, que pudemos experimentar no final de 2024, a versão final está consistente com a proposta ao trazer mecânicas que encaixam o título como um jogo único no gênero de gerenciamento ao mostrar elementos próprios de gameplay. Entre estes elementos está a forma com que se lida com a temática proposta e seus diferentes cenários de forma criativa e variações de mecânicas dentro de cada um deles.
Ainda comparando com a versão teste, o jogo trouxe melhorias consideráveis em relação a sua fluidez ao corrigir pequenos travamentos que ocorriam nas transições entre os museus. Quanto a parte visual, ela continua tão detalhada quanto o que pudemos experimentar antes, permitindo se aproximar dos cenários e observar mais de perto o quão detalhadas as peças e npcs podem ser.
Outro ponto que já chamou a atenção em seu teste – e também em outros jogos do Two Point Studios – é a didática de seus tutoriais. Assim, introduzindo as mecânicas e dificuldades de forma gradual para ambientar o jogar. Essa escolha é acertada ao ponto que torna Two Point Museum bastante acessível até mesmo para jogadores que nunca tiveram contato ou que acreditam que jogos de gerenciamento não são para todos.
*Chave para análise enviada pela SEGA para PC (via Steam)