Lançado pela QUByte com desenvolvimento empresa 2nd Boss, o jogo indie Wild Dogs resgata os melhores elementos de jogos clássicos de ação e tiro que já foram lançados para Game Boy. Na proposta do jogo, além de ser run and gun muito similar a outros já existentes, é adicionado a gameplay um dos grandes companheiros do homem, o cachorro.

Crítica: Wild Dogs é um bom jogo retrô para fãs de Game Boy e Cachorros
Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

No enredo, o jogo é ambientado em um futuro apocalíptico onde ataques aliens submetem a terra em destruição e ao domínio por diversos tipos de criaturas extraterrestres. Para salvar o planeta dessa situação, o Major Frank “Pumpkinhead” Williams e seu cachorro Teddy são convocados pelas forças armadas para a linha de frente de modo que possam derrotar esses inimigos indesejados.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss,

Carregado por um estilo retrô que opcionalmente permite a mudança de cores monocromáticas, e por um sistema de fases em plataforma 2D bastante interessante e difícil de concluir sem dar Game Over, Wild Dogs apela ao saudosismo dos jogadores. Diante disso, qual o diferencial diante de outros jogos desse mesmo sub gênero de ação 2D?

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

Bom, antes de seguirmos adiante, vale lembrar que o jogo já está disponível para venda na Steam, e nas plataformas Xbox e Nintendo Switch. Parte do valor arrecadado com as vendas será revertido como doação para as ongs Cão sem Dono e Amigos de São Franciso que ajudam animais em situação de abrigo e na adoção de cachorros no Brasil.

Jogabilidade difícil, mas estimulante

Os jogos de plataforma do sub-gênero de ação de tiro costumavam ser difíceis no Game Boy, principalmente quando não havia a possibilidade de salvar o jogo no momento em que se dá o Game Over antes de finalizar a fase, o que levava o jogador a começar novamente do zero.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

Bom, é diante desse espírito de “dificuldade” que Wild Dogs constrói toda a sua jogabilidade. Nele, é preciso que os jogadores passem por diversas fases complexas e lotadas de inimigos, além de é necessário enfrentar algum boss final com nível extremo de ataque. Parece complicado, porém durante a gameplay são oferecidas recompensas como Power Up de armamentos e vida extra, o que estimula os jogadores para que enfrentem mais fases no jogo.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

Vale ressaltar que nesse tipo de jogo requer que o jogador encontre os pontos cegos nas fases para livrar-se de algum ataque massivo e que acelere o percurso horizontal, visto que há fases lotadas de inimigos disparando armas que dificilmente poderiam ser atravessadas em uma progressão mais lenta, sem perder life.

Sistema de fases diversificado

Outro fator que pode causar interesse nos jogadores está no sistema de fases de Wild Dogs que é bastante diversificado, repleto por dinâmicas de jogos diferentes entre si, indo desde homenagens aos jogos clássicos arcade de nave espacial dos anos 80 e 90, até dinâmicas para atravessar plataformas e atirar, algo similar a jogos como Megaman, Sunset Riders ou Metal Slug. Toda essa composição variada torna a experiência de uma gameplay que não cansa os espectadores.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

Para se ter noção da variedade no jogo, em um dado momento o jogador poderá jogar somente com o cachorro Teddy em algumas fases, o que inclui pilotar robôs com ele. Em outras situações, é possível jogar com o cachorro para desbloquear passagens, e assim, avançar com o personagem do Major Frank. É um tipo de interação interessante e que está sempre pensando em alternâncias dos elementos jogáveis no jogo.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

O jogo foi projetado em perspectiva 2D para emular os jogos clássicos, e dessa maneira, ele traz tanto o formato horizontal como o vertical na configuração das fases do jogo. Em grande parte é sim um jogo com percurso atirando e caminhando na horizontal, porém Wild Dogs entrega uma espécie de encadeamentos que alternam os estilos de horizontal Run and Gun para jogo de nave na vertical ou até de tiro de cima para baixo. Tudo depende dos inimigos a serem combatidos. 

Combatendo os Aliens

Os principais inimigos do jogo são referidos como alienígenas invasores, no entanto, o design de personagens varia entre criaturas como robôs, cyborgs, mechas, gorilas, grandes besouros, e até em referências a Godzilla, grandes mechas de Gundam e Neon Genesis Evangelion. Como podem ver não há um padrão do que são essas criaturas, visualmente falando, mas o legal é não se apegar a essas informações iniciais e aproveitar as referências que de certa forma demonstram o cuidado da equipe do jogo e os elementos que lhes inspiraram.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

Existe uma certa gradação no tipo de inimigo que o jogador irá enfrentar. Há desde naves, NPCs que correm entre os cenários, até inimigos que atiram de forma inteligente contra o jogador e que portam armas mais letais, por isso é importante que o jogador observe o tipo de inimigo está enfrentando, a trajetória do tipo ou o tipo de arma, e possíveis pontos fracos deles para alcançar as fases. Isso garante mais sucesso ao percurso do usuário no jogo.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

É bom lembrar que assim como esses inimigos são constituídos por designs de formatos diferentes, os ataques de cada um deles varia bastante durante o jogo. Nesse caso, é preciso ficar atento para acertar um tiro nas naves que distribuem power ups aos jogadores.

Acessibilidade

Em primeiro momento, não há tantas configurações que forneçam uma acessibilidade maior no jogo além de configurações básicas como alteração de filtro, troca de arma automática ou manual, volume de sons e música, algumas configurações de controle ou  desabilitação de tremor de tela para quem sente tonturas.

Crítica: Wild Dogs é um bom jogo retrô para fãs de Game Boy e Cachorros
Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

De certa forma, algumas dessas funções atendem mais fortemente questões de acessibilidade como a troca de armas, volumes de sons, configurações de controle e a desabilitação de tremor.

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Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

No entanto, existe um pequeno código que habilita mais configurações de acessibilidade no jogo. Basta apertar pausa, cima, esquerda, direita, baixo, cima, baixo que será aberto um novo menu secreto. Nele, o jogador pode regular o nível de dificuldade, números de corações e a opção de invencibilidade. Ao escolher cada uma dessas funções, o jogador perderá possíveis conquistas no jogo, porém esse uso pode ser um facilitador para jogadores iniciantes e para pessoas com deficiência.

Crítica: Wild Dogs é um bom jogo retrô para fãs de Game Boy e Cachorros
Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

O jogo está configurado no idioma português brasileiro, mas para realçar esse aspecto de jogo Run and Gun antigo, existem alguns kanjis em Japonês e alguns termos em inglês espalhados no jogo, mas não relacionados aos diálogos dos personagens.

Conclusão

Wild Dogs é um jogo que atente a nostalgia por jogos de ação do subgênero Run and Gun, e adiciona a essa experiência uma variedade de estilos de jogos Shooter na companhia de um divertido cachorro.

Crítica: Wild Dogs é um bom jogo retrô para fãs de Game Boy e Cachorros
Reprodução: Wild Dogs/ 2nd Boss

Embora a jogabilidade possa parecer difícil, as recompensas estimulam a curiosidade para avançar por fases com identidades e configurações próprias. Nada é muito repetitivo, o que causa a impressão de que a jogabilidade desse game comporta diversos jogos dentro de apenas um jogo.

*Chave foi cedida pela QUByte para a redação desse texto

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Acessibilidade
critica-wild-dogs-e-um-bom-jogo-retro-para-fas-de-game-boy-e-cachorrosWild Dogs é um jogo que atente a nostalgia por jogos de ação do subgênero Run and Gun, e adiciona a essa experiência uma variedade de estilos de jogos Shooter na companhia de um divertido cachorro. Embora a jogabilidade possa parecer difícil, as recompensas estimulam a curiosidade para avançar por fases com identidades e configurações próprias. Nada é muito repetitivo, o que causa a impressão de que a jogabilidade desse game comporta diversos jogos dentro de apenas um jogo.