Estrelado pelo ator Nicolas Cage, o filme Willy’s Wonderland foi lançado em 2021. Sim, o game em questão tem como base um filme que se inspira em Five Nights At Freddy ‘s em sua premissa, porém com elementos trash que lembram um misto de ação com slasher. Com premissa semelhante, a versão jogo do que foi apresentada nas telonas foi lançada em junho de 2024 para as plataformas PC, PlayStation 4, PlayStation 5, xbox Series X|S, Xbox One e Nintendo Switch, sendo desenvolvido pelo Mito Games, QUByte Interactive e publicado pela QUByte Interactive.

Em relação a sua história, o jogo não nos dá muitos detalhes e apenas coloca o jogador para espancar animatronics em um cenário 2.5D. Porém, trazendo um pouco do que mostra o longa metragem no qual o game se baseia, temos uma narrativa em que nosso protagonista tem problemas com seu carro em uma pequena cidade. Sem recursos para o concerto, ele recebe uma proposta de trabalhar por uma noite no concerto e faxina do Willy’s Wonderland. O local se caracteriza como um negócio abandonado por um motivo obscuro.

Willy’s Wonderland - 2
Reprodução/QUByte Interactive

Espancando geral

A gameplay mostrada é bastante direta  simples, se caracterizando bem ao se propor ser um beat and up 2.5D. Logo no menu já podemos escolher nosso personagem – The Jenitor ou Liv – e então somos jogados na fase para começar a pancadaria. Ao todo temos 9 níveis, sendo as ambientações diferentes e com chefes que mostram características próprias. Com relação aos inimigos, eles são variados e ao com o avançar dos níveis novos são adicionados, sendo cada um deles com mecânicas características próprias e jeitos diferentes de se combater.

Por exemplo, temos inimigos mais comuns que apenas os golpes resolvem os problemas. Porém, não demora muito para serem adicionados outros que são mais rápidos ou que apresentem proteções que devem ser destruídas antes do combate.

Willy’s Wonderland - 1
Reprodução/QUByte Interactive

Se os inimigos mostram alguma variação, o mesmo não acontece com os protagonistas que podemos escolher. Aparentando ser apenas uma mudança de skin, tanto Jenitor como Liv apresentam o mesmo conjunto de golpes comuns e especiais. Por mais que o objetivo seja andar para frente e bater em inimigos, a variação viria a calhar e traria maiores justificativas para terminar o jogo mais vezes sem ser por motivos de conquistas/troféus. A equivalência das personagens transforma a gameplay maçante em um curto espaço de tempo.

Além disso, o combate aparenta ter problemas com hitbox e interrupções de ação diversas vezes mesmo próximo aos inimigos os golpes aparentam transpassá-los e não causar dano ou impacto. Já as interrupções são unilaterais, assim, o jogador não consegue quebrar nenhuma sequência de golpes, mas pode ser interrompido a qualquer momento.

Ambientação

Quando pensamos no visual e ambientação, o game captura bem a essência do filme e consegue transmitir toda bizarrice do estabelecimento quando transitamos pelas fases. A ação é praticamente incessante, o que contrasta de forma coerente com o material base e o clima de terror proposto pelo Willy’s Wonderland. De forma geral, o visual se enquadra bem  com estilo proposto e é agradável.

Vale comentar que o jogo pode ser jogado em até dois players localmente. Este recurso é interessante e essencial para ser mais divertido.

combat
Reprodução/QUByte Interactive

Veredito

Willy’s Wonderland vai direto ao ponto e foca em sua gameplay, podendo ser considerado um bom aproveitamento quando olhamos o material base. Seu visual é chamativo, porém sua gameplay peca em aspectos como alcance de hitbox e interrupção de ataques de inimigos. A possibilidade de ser jogado localmente por até dois jogadores aumenta seu potencial mesmo com a questão dos protagonistas serem apenas uma troca de skins.

Caso você seja um fã de beat and up ou entusiasta do material que deu origem ao game, o título é uma pedida a ser considerada. Suas conquistas/troféus são tranquilas de serem obtidas, sendo em sua maioria liberadas com o avanço dos níveis e ações simples de serem realizadas.

*Chave para review enviada para Xbox Series pela QUByte Interactive

REVER GERAL
Narrativa
Gameplay
Variedade
Ambientação
Adaptação
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
critica-willys-wonderland-the-game-coloca-o-player-contra-robos-macabrosWilly’s Wonderland vai direto ao ponto e foca em sua gameplay, podendo ser considerado um bom aproveitamento quando olhamos o material base. Seu visual é chamativo, porém sua gameplay peca em aspectos como alcance de hitbox e interrupção de ataques de inimigos.