Marionetes podem ser um pouco assustadoras, mas nessa trama que é um prequel do filme de Jim Henson de 1982, bonecos animados se mostraram bem atrativos e com um grande potencial tático.

A TRAMA

 

No game os jogadores se aventuram na trama da série O Cristal Encantado: A Era da Resistência da Netflix. No planeta Thra, a raça Gelfling descobre que seus adorados senhores, os Skeksis, são na verdade aproveitadores que estão destruindo seu mundo. Três Gelflings – Rian, Brea e Deet – inspiram uma rebelião após descobrirem o terrível segredo por trás do poder dos Skeksis, que ameaça todo seu povo.

Só pelo fato da inserção de Tactics no final do título do game, o jogo já se torna atrativo não só apenas para aqueles que gostaram da série –se é que a série tem fãs- mas pelos aficionados em um jogo de combate de turnos. E como um bom jogo tático o jogador move os personagens em um mapa gradeado selecionando os melhores ataques de acordo com o inimigo enfrentado. Vale ressaltar que para ajudar a visibilidade do jogador durante o combate, a câmera é bem flexível e pode ser ajustada ao redor do mapa apenas movendo o analógico. Por falar em analógico o jogo apresenta uma fácil jogabilidade, com botões que fornecem atalhos para os golpes.

TÁTICA EM SUA ESSÊNCIA

 

Por ser tático o jogo também acaba espantando o próprio público alvo de sua série, pois apesar de conter um sistema fácil, é muito detalhado. Se caso o jogador já for experiente nesse meio tático e obtiver uma bagagem de jogos como Fire Emblem ou até mesmo Final Fantasy Tactics, vai se sentir extremamente à vontade.

O jogo vai acompanhando a trama da série da Netflix em Thra com pequenas alterações feitas em nome da jogabilidade. Como por exemplo novos desafios para aumentar o nível do seu grupo ou para ganhar moedas para comprar novos equipamentos e aumentar suas estatísticas. Dark Crystal: Age of Resistance Tactics conta com belas cenas estáticas em quadrinhos para explicar mais sobre a trama e também se utiliza de balões de fala para detalhar cada acontecimento.

PENSE, INOVE E AJA

O jogo como falado anteriormente por ser extremamente tático permite que o jogador realize diversas combinações de habilidades para infligir danos diferenciados em seus oponentes durante as lutas.  Cada personagem pode assumir até dois “trabalhos” diferentes permitindo assim papéis diversificados que variam de cura a dano. Como por exemplo, os Soldados que podem atordoar um oponente aplicando fortes empurrões e os Escoteiros retardar os inimigos lançando espécie de bolas ou os marcando.

Apesar da música ajudar muito na ambientação e construção de cenário, muito da construção dos personagem se perde ao longo do jogo, deixando buracos que só podem ser cobertos com a série –o que não deixa de ser uma boa jogada de Marketing para atrair o público para assistir na plataforma-. Vale ressaltar que é um jogo que se encaixa perfeitamente aos moldes do Switch. 

Dark Crystal: Age of Resistance Tactics atende todos os critérios de um bom jogo tático de RPG, permitindo uma boa mistura de ataques e versatilidades. Apesar de deixar buracos em sua narrativa, ainda se mostra uma excelente experiência para os amantes de um jogo tático.

 

NOTA: 3,2 / 5