O game Fallen Knight, desenvolvido pela FairPlay Studios e publicado pela PQube, foi lançado em 20 de julho para as plataformas PC (via Steam), Xbox One, Nintendo Switch e PlayStation 4. Apresentando uma gameplay que se enquadra no gênero 2D de ação e pitada de hack’n slash, percebe-se uma chuva de referências aos títulos de Megaman e Might Number 9, seja na questão visual ou mecânicas básicas.

Plano de fundo

Durante a narrativa acompanhamos dois descendentes dos lendários cavaleiros da Távola Redonda em um mundo futurista. Os atuais cavaleiros e portadores de armaduras ultra tecnológicas são Lancelot ou Galahad. Durante a jornada, os cavaleiros enfrentarão cavaleiros igualmente poderosos e corrompidos em busca de eliminar o mal.

Gameplay clássica

Sabe aqueles jogos do Megamen? Então, se você jogou algum deles provavelmente estará familiarizado com as mecânicas de Fallen Knight. Aqui temos protagonistas com ataques parecidos com o de Zero (o Megaman Vermelho) e que podem navegar pelo cenário correndo pelas paredes ou pulando de forma ágil. Uma mecânica que se destaca é a de parry, realizada no tempo correto pode ser fatal e eliminar inimigos comuns na mesma hora. Durante os embates também é carregada uma barra de energia que pode ser usada para regenerar vida, ela é muito útil principalmente em trechos com muitos inimigos e batalhas de final de fase.

Fallen Knight -2

Após a fase podemos realizar melhorias e adicionar itens que dão novos bonus a Lancelot, tal etapa busca adicionar elementos de RPG ao plataformer 2D. Entretanto, acaba não causando um real impacto e torna o upgrade de vida e de algumas habilidades o ponto mais importante de melhoria. Já falamos em Megamen? Sim! Então, vale o comentário de que a escolha de fases também funciona da mesma forma, selecionamos uma região e derrotamos os chefes de forma sucessiva até o chefe final.

Em relação aos modos de jogo, a campanha principal é jogada com Lancelot e segue uma forma linear e pouco punitiva. Já a gameplay com Galahad funciona mais como uma boss rush com elementos de rogue lite. Por mais que passe por lutas diferentes e novos cenários, a parte de Galahad não acrescenta muito a história principal, sendo um ponto que pode trazer maior longevidade ao jogo pelo desafio proposto.

Fallen Knight -3

Estética plastificada

A primeira vista o visual do jogo parece bem plastificado e deixa a sensação de falta de naturalidade nos movimentos e ações dos protagonistas e inimigos. Após alguns minutos jogando é fácil ignorar tal sensação, pois o bom funcionamento de suas mecânicas trazem uma velocidade e fluidez que compensam a aparência plastificada dos personagens.

Por mais que o visual incomode no início é de se admirar o design dos inimigos, principalmente dos chefes de cada fase. Os inimigos mais comuns, máquinas em quase toda totalidade, são bem feitos, mas se repetem ou apresentam pouca diferença ao mudar de nível. Se tratando de ambientes diferentes seria muito bem vindo inimigos tematizados com a fase ou que seguissem uma linha estética do chefe que tem que ser derrotado.

Fallen Knight -1

Veredito

Fallen Knight é um jogo divertido, rápido e que não apresenta muitos diferenciais em suas mecânicas. Sua gameplay é fluida e as inspirações nos títulos de Megaman são gritantes, principalmente quando comparamos Lancelot e Galahad com Zero. Os chefes apresentam um design e padrões de ataque que chamam a atenção, porém os inimigos comuns são muito repetitivos e pouco diferenciados entre as fases.

Por mais que seja um título praticamente sem problemas técnicos, o jogo sofre com a grande proximidade com suas influencias. Mais mecânicas únicas, ou que adicionassem novas características, trariam maior frescor ao jogo e uma melhor receptividade tanto por parte dos mais saudosistas como por parte de uma geração que só tenha ouvido falar de Megaman.

Chave de Xbox One cedida pela PQube

REVER GERAL
Narrativa
Gráficos
Sonoridade
Gameplay
Design
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
fallen-knight-e-a-paixao-por-megaman-criticaO game é interessante e explora bem as mecânicas clássicas dos plataformers. O design do personagem principal e dos chefes são de impressionar.