Lançado em julho de 2022 para PC (via Steam) e plataformas Mobile pela CD Projekt Red, Gwent: Rogue Mage teve um lançamento bastante atípico. Anteriormente conhecido como “Project Golden Nekker”, o game teve seu trailer de anuncio revelado com lançamento programado para poucos dias depois. Após mais de 50 horas de jogo, temos bastante para detalhar do título.
Enredo e progressão
O game single player funciona como um prequel que conta a origem dos bruxos, abordado acontecimentos que ocorreram antes mesmo da criação do primeiro bruxo. Na pele de Alzur, explore o Continente em diferentes tentativas em busca dos mutagênicos para a realização dos experimentos.
A progressão da narrativa está associada à conclusão de diversas tentativas com diferentes dificuldades. Entre elas estão o aumento da dificuldade manipulada pelo jogador ao mudar o padrão IA, adicionar carta de Maldição, omitir recursos, entre outros. Também associado as tentativas está o avanço nos níveis, estes que liberam novas cartas e itens que podem personalizar e proporcionar diferentes estratégias para as runs. Dito isso, fica claro que o jogo possui uma boa rejogabilidade.
Gameplay
Em relação a sua gameplay, Gwent: Rogue Mage apresenta as mesmas mecânicas de Gwent: The Witcher Cardgame, porém de forma mais sintética. As partidas apresentam apenas um round e são bastante rápidos. Como é padrão de jogos roguelike, o jogador escolhe um conjunto inicial fixo de cartas e vai personalizando ao longo do percurso, que é feito por pontos no mapa. Além das batalhas, no mapa são encontrados locais de poder e pontos de decisão, que podem manipular seu conjunto de cartas.
Ao todo são disponibilizados quatro conjuntos de cartas iniciais, sendo três com estratégias bem definidas e um – chamado Caos – que realiza uma mistura aleatória com as cartas que estão liberadas. Para liberar as quatro opções o jogador precisa chegar ao nível 45, sendo disponibilizado inicialmente apenas baralho.
Em relação a quantidade, o jogo apresenta opções satisfatórias e que proporcionam uma boa variedade de opções estratégicas. Isso garante uma boa rejogabilidade e utilização de baralhos iniciais de diferentes formas, ainda mais quando contamos com a influência de itens como as poções e poderes do mago Alzur, que podem trazer diversas habilidades.
Os inimigos
As batalhas são classificadas em três categorias: comuns, elite e chefe do mapa. Os inimigos são desafiadores, sendo que sua forma de jogar muda com o aumento da dificuldade, deixando suas estratégias mais ou menos agressivas. Mesmo os inimigos comuns podem surpreender e vencer os jogadores caso eles não se atentem a sua habilidade.
Um ponto que deixou a desejar foi a quantidade de chefes finais. Mesmo que as três opções sejam desafiadoras e funcionais para a história, mais opções seriam interessantes para a diversidade estratégica já presente no game. Porém, pintos como esse podem ser resolvidos com expansões e conteúdos adicionais.
Veredito
Gwent: Rogue Mage é desafiador, divertido e explora muito bem as características do roguelike e sua mistura com mecânicas do cardgame stand alone da CD Projekt Red. A utilização das cartas estão claras e pouco complicadas, sendo amigável com jogadores novos e experientes ao apresentar algumas das habilidades também presentes no cardgame stand alone. Sua história de fundo é atrativa e expande de forma informativa a lore apresentada pelo universo de The Witcher.
Além disso, sua dificuldade funciona de forma progressiva, aumentando con o avançar da história de Alzur e os testes de criação dos bruxos. Essa características torna o jogo bastante acessível e propício para o ingresso de novos jogadores neste gênero.
O game é uma indicação certa para os fãs de The Witcher, Gwent e jogadores que gostariam entrar no universo dos roguelikes. Sem dúvida, o título vai render muitas horas de diversão e desafios.
Chave cedida pela CD Projekt Red (versão para Steam)