Lançado hoje (12) para consoles e PC, Contra: Operation Galuga chega para tentar revitalizar a clássica franquia run n’gun da Konami.
Além de seu lançamento completo, o game também está com uma demo disponível, onde podemos experimentar a primeira fase do modo história e também jogar com diferentes personagens no modo arcade.
Confira nossas impressões da demo e o que esperar do game completo abaixo.
Receita seguida à risca
Mesmo com pouco conteúdo em sua demo, podemos ver que Operation Galuga não busca virar a clássica estrutura da franquia Contra de cabeça para baixo, mantendo-se no característico modelo de plataforma side-scroller com inimigos que atacam o jogador a medida que ele anda na fase.
As mecânicas são todas as mesmas que já conhecemos: corre, desvia, atira, repete. Trata-se de algo não só desafiador, mas também consumidor de tempo, ideal para aqueles que gostam de masterizar a gameplay da forma que só jogos antigos permitem. É bom destacar: Galuga é uma releitura da franquia.
Ainda assim, existem alguns aspectos que podem facilitar a vida de quem não quer se estressar tanto aprendendo e jogando o game.
Uma pequena colher de chá
Os Contras de antigamente são conhecidos por serem cruéis no quesito vidas e continues, sendo necessário o uso de conhecimento externo para facilitar as coisas, como o famoso Código Konami.
No caso de Operation Galuga, o estúdio seguiu uma linha que tem sido utilizada nos últimos anos quando games antigos são trazidos de volta para o presente: existem elementos de jogo que tornam Contra um pouco mais justo, adicionando barra de HP que diminui a medida que o jogador é atingindo ao invés de morrer instantaneamente; ou oferecendo itens que podem ser escolhidos na tela de seleção de personagem que salvam armas, aumentam HP e mais.
A ideia é que o jogo também seja, de certa forma, mais acessível, não se tratando só de oferecer uma experiência difícil com grande recompensa, mas sim de tornar as tentativas divertidas.
Entenda também que essas “facilitadas” são puramente opcionais: é plenamente possível jogar Operation Galuga da forma que a franquia era jogada tantos anos atrás.
O que fica e o que esperar
O fato da Konami ter escolhido manter Operation Galuga nos mesmos moldes que alavancaram a franquia lá nos distantes anos 90 pode ser lido de dois jeitos – por um lado, aqueles que já são fãs dos jogos antigos não terão do que reclamar em termos de mudanças de gameplay, já que ainda se trata de Contra.
Por outro lado, fica claro, mesmo pela demo, que a Konami perdeu a oportunidade de reinventar a franquia, ou ao menos tentar algo novo. Não que isso seja um problema, pelo contrário, mas talvez um pouco de ar fresco fosse justamente o que Contra precisa para voltar aos holofotes.
Mesmo assim, vale destacar que o game promete boas horas de diversão tanto solo quanto multiplayer. Falando particularmente do modo história, seu enredo é definitivamente interessante para quem curte a franquia, principalmente quando podemos acompanhar essa história completamente legendada em português-brasileiro.
A sua parte sonora e visual são boas quando comparadas com o que a franquia já produziu, mas não se destacam particularmente. Sua gameplay também é ok, responsiva o suficiente e que não costuma deixar o jogador na mão na execução dos movimentos dos personagens.
Um ponto negativo que destacamos é seu preço: dado que o game completo tem 8 fases, de acordo com a própria Konami, ver o preço cobrado por ele ser de R$200,00 não deixa um gosto bom na boca. Claro que é levado em consideração o fator replay, que sempre foi um dos grandes elementos da franquia Contra, mas ainda sim não parece justo com o consumidor, principalmente se tratando da falta de inovações do jogo.
Também é importante lembrar que essas opiniões são baseadas apenas na demo do game.
Contra: Operation Galuga já está disponível para Playstation, Xbox, Nintendo Switch e PC.